Experiências na infância e psicopatia : que relação?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Joana Beatriz Sampaio
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13549
Resumo: As experiências adversas na infância têm vindo a ser empregues na investigação direcionadas para a compreensão do seu impacto na saúde pública, o que possibilitou o seu reconhecimento como fator de risco para o desenvolvimento de inúmeras patologias. Paralelamente, têm surgido linhas de investigação que compreendem as experiências positivas na infância como fatores protetores da adversidade. Os fatores ambientais aparentam desempenhar um papel causal significativo na génese da psicopatia, pelo que se nota urgente a avaliação precisa e consistente destas experiências, a fim de otimizar a avaliação e intervenção desta psicopatologia. Por forma a avaliar estes construtos, foi administrado um questionário on-line abrangendo o Adverse Childhood Experiences Questionnaire (ACE), a Benevolent Childhood Experiences Scale (BCE) e o Self-Report Psychopathy Scale – Short Form (SRP-SF). Os resultados apontam uma relação dose-resposta entre estas experiências e a subsistência de perturbação mental. Adicionalmente, evidenciam-se correlações significativas entre estas experiências e as facetas, bem como diferenças significativas entre grupos ao nível da psicopatia. O abuso revelou-se como a variável preditora mais significatica. As experiências positivas aparentam moderar a relação entre a adversidade e a psicopatia. Conclui-se pela necessidade de prevenção da adversidade na infância e promoção de experiências positivas no curso da vida.
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