Testemunhos de violência nos ossos humanos: um possível caso detectado num esqueleto romano exumado da Quinta da Torrinha/Quinta de Santo António – Monte da Caparica (séc. III‑V d.C.)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/13735 |
Resumo: | O trauma é responsável por alguma incapacidade física entre os humanos actuais, tal como terá sido entre os nossos ancestrais. Apesar desta presença constante, a interpretação das lesões e a respectiva etiologia é bastante difícil em populações do passado, senão mesmo impossível, principalmente no que concerne ao estudo da violência interpessoal. Neste trabalho, as evidências de trauma foram investigadas num esqueleto bem preservado, exumado da necrópole romana da Quinta da Torrinha/Quinta de Santo António (Monte da Caparica) (séculos III‑V d.C.). O indivíduo idoso do sexo masculino, provavelmente um soldado romano, exibia múltiplas fracturas focalizadas na clavícula e no primeiro metacárpico direitos, nas costelas esquerdas, nas vértebras e no sacro. O perónio direito apresentava um crescimento ósseo, eventualmente secundário a uma luxação. A morfologia e a distribuição das lesões poderão sugerir violência interpessoal. O facto das evidências osteológicas não serem conclusivas, impede que se exclua a hipótese dos traumatismos decorrerem de acidentes. |
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Testemunhos de violência nos ossos humanos: um possível caso detectado num esqueleto romano exumado da Quinta da Torrinha/Quinta de Santo António – Monte da Caparica (séc. III‑V d.C.)PaleopatologiaTraumaViolência interpessoalEsqueleto romanoPaleopathologyTraumaInterpersonalViolenceRoman skeletonO trauma é responsável por alguma incapacidade física entre os humanos actuais, tal como terá sido entre os nossos ancestrais. Apesar desta presença constante, a interpretação das lesões e a respectiva etiologia é bastante difícil em populações do passado, senão mesmo impossível, principalmente no que concerne ao estudo da violência interpessoal. Neste trabalho, as evidências de trauma foram investigadas num esqueleto bem preservado, exumado da necrópole romana da Quinta da Torrinha/Quinta de Santo António (Monte da Caparica) (séculos III‑V d.C.). O indivíduo idoso do sexo masculino, provavelmente um soldado romano, exibia múltiplas fracturas focalizadas na clavícula e no primeiro metacárpico direitos, nas costelas esquerdas, nas vértebras e no sacro. O perónio direito apresentava um crescimento ósseo, eventualmente secundário a uma luxação. A morfologia e a distribuição das lesões poderão sugerir violência interpessoal. O facto das evidências osteológicas não serem conclusivas, impede que se exclua a hipótese dos traumatismos decorrerem de acidentes.Trauma has incapacitated humans and their ancestors throughout time. Although, the interpretation of injuries aetiology among past populations is very difficult, if not impossible, especially in what concerns the study of interpersonal violence. In this paper, the evidence of trauma was investigated in a well‑preserved skeletal from the roman necropolis of Quinta da Torrinha/Quinta de Santo António (Monte da Caparica) (AD III‑V). The skeleton of an elderly male, and probably a roman soldier, exhibits multiple fractures focalized in the right clavicle and first metacarpal bone, left ribs, vertebrae and sacrum. The right fibula exhibits a bone growth, eventually secondary to a muscle pull. The morphology and distribution of the lesions may suggest interpersonal violence, however, the skeletal evidence is rarely conclusive and the possibility of being the result of daily hazards can not be rejected.Universidade de Coimbra. Centro de Investigação em Antropologia e Saúde2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/13735http://hdl.handle.net/10316/13735porAntropologia Portuguesa 22/23 (2006) 177-2060870-0990Assis, Sandrainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-03-30T09:37:28Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/13735Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:56:11.449960Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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