Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxE |
Resumo: | O alívio da dor em pediatria é um tema muito debatido e investigado nos últimos anos, que envolve questões éticas e humanitárias. Contudo, apesar da existência de orientações e normas neste contexto, a prática clinica não está ainda de acordo com as recomendações actuais. A sacarose é uma intervenção de alívio da dor que pode ser utilizada em procedimentos dolorosos, tendo sido já confirmada a sua eficácia até ao primeiro ano de idade. Contudo, a sua utilização continua a ser inferior ao ideal. Com o objetivo de perceber quais as barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em procedimentos dolorosos foi realizado um inquérito a uma amostra de 131 enfermeiros de um hospital pediátrico. Os enfermeiros foram questionados quanto às suas práticas e conhecimentos na administração da sacarose. Procurou-se também desvendar quais as barreiras percebidas pelos próprios enfermeiros à utilização da sacarose em procedimentos dolorosos. Os resultados mostram que os enfermeiros referem não utilizar a sacarose frequentemente (10,7% ?quase nunca? e 6,1% ?nunca?). Relativamente aos registos desta intervenção, 38,5% dos enfermeiros quase nunca registam e 37,7% nunca fazem esse registo. A punção venosa é o procedimento em que os enfermeiros referem utilizar a sacarose com maior frequência (97,4%) sendo que noutros procedimentos essa percentagem é muito mais reduzida. Referem utilizar a sacarose até ao primeiro ano de vida 33,3% contudo 25,4% assumem utilizar apenas até aos 3 meses e 34,1% até aos 6 meses. Relativamente ao teste de conhecimentos, nenhum enfermeiro respondeu correctamente à sua totalidade sendo que a classificação média foi de 3,4 valores (entre 0 a 8). As principais razões pelas quais os enfermeiros referem não utilizar a sacarose foram a utilização de EMLA® (35,4%), não ser eficaz numa situação específica (26,0%) e não ter tempo para utilizar (15,3%). Além destes aspectos referiram ainda o factor esquecimento como uma razão frequente (13%). As barreiras que estes enfermeiros percepcionam para a não utilização desta intervenção em procedimentos dolorosos estão relacionadas com a organização do serviço (25,2%), o esquecimento (20,6%) e as necessidades formativas (18,3%). Em conclusão, os resultados indicam que a sacarose não é utilizada com a frequência desejada e existem ainda importantes lacunas no conhecimento sobre a sua utilização. Deverão, pois, ser delineadas estratégias com o objectivo de tentar introduzir uma mudança a nível dos conhecimentos e habilidades dos enfermeiros, nos valores e na organização dos serviços. |
id |
RCAP_9f26a3a63aee4bdcc6de4af43ac47fea |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.esenfc.pt:6536 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatriarecém-nascidossacaroselactentesdorenfermagemO alívio da dor em pediatria é um tema muito debatido e investigado nos últimos anos, que envolve questões éticas e humanitárias. Contudo, apesar da existência de orientações e normas neste contexto, a prática clinica não está ainda de acordo com as recomendações actuais. A sacarose é uma intervenção de alívio da dor que pode ser utilizada em procedimentos dolorosos, tendo sido já confirmada a sua eficácia até ao primeiro ano de idade. Contudo, a sua utilização continua a ser inferior ao ideal. Com o objetivo de perceber quais as barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em procedimentos dolorosos foi realizado um inquérito a uma amostra de 131 enfermeiros de um hospital pediátrico. Os enfermeiros foram questionados quanto às suas práticas e conhecimentos na administração da sacarose. Procurou-se também desvendar quais as barreiras percebidas pelos próprios enfermeiros à utilização da sacarose em procedimentos dolorosos. Os resultados mostram que os enfermeiros referem não utilizar a sacarose frequentemente (10,7% ?quase nunca? e 6,1% ?nunca?). Relativamente aos registos desta intervenção, 38,5% dos enfermeiros quase nunca registam e 37,7% nunca fazem esse registo. A punção venosa é o procedimento em que os enfermeiros referem utilizar a sacarose com maior frequência (97,4%) sendo que noutros procedimentos essa percentagem é muito mais reduzida. Referem utilizar a sacarose até ao primeiro ano de vida 33,3% contudo 25,4% assumem utilizar apenas até aos 3 meses e 34,1% até aos 6 meses. Relativamente ao teste de conhecimentos, nenhum enfermeiro respondeu correctamente à sua totalidade sendo que a classificação média foi de 3,4 valores (entre 0 a 8). As principais razões pelas quais os enfermeiros referem não utilizar a sacarose foram a utilização de EMLA® (35,4%), não ser eficaz numa situação específica (26,0%) e não ter tempo para utilizar (15,3%). Além destes aspectos referiram ainda o factor esquecimento como uma razão frequente (13%). As barreiras que estes enfermeiros percepcionam para a não utilização desta intervenção em procedimentos dolorosos estão relacionadas com a organização do serviço (25,2%), o esquecimento (20,6%) e as necessidades formativas (18,3%). Em conclusão, os resultados indicam que a sacarose não é utilizada com a frequência desejada e existem ainda importantes lacunas no conhecimento sobre a sua utilização. Deverão, pois, ser delineadas estratégias com o objectivo de tentar introduzir uma mudança a nível dos conhecimentos e habilidades dos enfermeiros, nos valores e na organização dos serviços.2012-03-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxEporhttp://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxEMariano, Joana Isabel Simõesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2018-02-14T00:00:00Zoai:repositorio.esenfc.pt:6536Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:12:24.806236Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
title |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
spellingShingle |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria Mariano, Joana Isabel Simões recém-nascidos sacarose lactentes dor enfermagem |
title_short |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
title_full |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
title_fullStr |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
title_full_unstemmed |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
title_sort |
Barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em pediatria |
author |
Mariano, Joana Isabel Simões |
author_facet |
Mariano, Joana Isabel Simões |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mariano, Joana Isabel Simões |
dc.subject.por.fl_str_mv |
recém-nascidos sacarose lactentes dor enfermagem |
topic |
recém-nascidos sacarose lactentes dor enfermagem |
description |
O alívio da dor em pediatria é um tema muito debatido e investigado nos últimos anos, que envolve questões éticas e humanitárias. Contudo, apesar da existência de orientações e normas neste contexto, a prática clinica não está ainda de acordo com as recomendações actuais. A sacarose é uma intervenção de alívio da dor que pode ser utilizada em procedimentos dolorosos, tendo sido já confirmada a sua eficácia até ao primeiro ano de idade. Contudo, a sua utilização continua a ser inferior ao ideal. Com o objetivo de perceber quais as barreiras à utilização da sacarose no alívio da dor em procedimentos dolorosos foi realizado um inquérito a uma amostra de 131 enfermeiros de um hospital pediátrico. Os enfermeiros foram questionados quanto às suas práticas e conhecimentos na administração da sacarose. Procurou-se também desvendar quais as barreiras percebidas pelos próprios enfermeiros à utilização da sacarose em procedimentos dolorosos. Os resultados mostram que os enfermeiros referem não utilizar a sacarose frequentemente (10,7% ?quase nunca? e 6,1% ?nunca?). Relativamente aos registos desta intervenção, 38,5% dos enfermeiros quase nunca registam e 37,7% nunca fazem esse registo. A punção venosa é o procedimento em que os enfermeiros referem utilizar a sacarose com maior frequência (97,4%) sendo que noutros procedimentos essa percentagem é muito mais reduzida. Referem utilizar a sacarose até ao primeiro ano de vida 33,3% contudo 25,4% assumem utilizar apenas até aos 3 meses e 34,1% até aos 6 meses. Relativamente ao teste de conhecimentos, nenhum enfermeiro respondeu correctamente à sua totalidade sendo que a classificação média foi de 3,4 valores (entre 0 a 8). As principais razões pelas quais os enfermeiros referem não utilizar a sacarose foram a utilização de EMLA® (35,4%), não ser eficaz numa situação específica (26,0%) e não ter tempo para utilizar (15,3%). Além destes aspectos referiram ainda o factor esquecimento como uma razão frequente (13%). As barreiras que estes enfermeiros percepcionam para a não utilização desta intervenção em procedimentos dolorosos estão relacionadas com a organização do serviço (25,2%), o esquecimento (20,6%) e as necessidades formativas (18,3%). Em conclusão, os resultados indicam que a sacarose não é utilizada com a frequência desejada e existem ainda importantes lacunas no conhecimento sobre a sua utilização. Deverão, pois, ser delineadas estratégias com o objectivo de tentar introduzir uma mudança a nível dos conhecimentos e habilidades dos enfermeiros, nos valores e na organização dos serviços. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-03-12 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxE |
url |
http://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxE |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://web.esenfc.pt/?url=OCNOGOxE |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137226367434752 |