Infeções respiratórias virais na criança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Sara Roque
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Constant, Carolina, Almeida, Sofia, Gil, Joana, Bandeira, Teresa, Fernandes, Ricardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3154
Resumo: Exmo. Sr. Diretor da Acta Pediátrica Portuguesa, Lemos com interesse o estudo de Antunes et al1. sobre infeções respiratórias virais na criança, recentemente publicado na Acta Pediátrica Portuguesa. Este trabalho levanta questões relevantes relacionadas com a fiabilidade e utilidade na prática clínica da identificação viral nas infeções respiratórias da criança. A amostra estudada envolve um significativo número de doentes, mas o desenho do estudo e a metodologia contêm aspetos omissos relativamente a critérios utilizados para o diagnóstico, internamento, utilização de terapêuticas, indicação para identificação viral, assim como métodos utilizados na colheita da amostra e seu tratamento laboratorial. Assim, as conclusões e comentários do estudo apresentam limitações que importa considerar. Este estudo apresenta uma baixa proporção de identificação viral (40,4%), que em nosso entender é inerente à utilização da técnica de imunofluorescência direta (IFD). A representação de vírus não identificados por IFD e da coinfeção viral nesta amostra é, assim, muito limitada. Dados por nós previamente apresentados que comparavam as técnicas de IFD e polymerase chain reaction (PCR) em amostras de crianças internadas com infeção respiratória baixa, mostravam que apenas 30% eram positivas com IFD, comparativamente a 93% com PCR2. Resultados preliminares de estudo prospetivo com pedido protocolado de pesquisa viral por PCR foram recentemente por nós apresentados e confirmam, no nosso contexto epidemiológico, a importância do rinovírus nas infeções respiratórias baixas nas crianças internadas (2º vírus mais frequentemente identificado), assim como da coinfeção viral, presente em 35% dos doentes3,4. Gostaríamos também de acrescentar que não existe evidência clara da utilidade
id RCAP_9f323cda878a06cb717e20f1fa7257c1
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3154
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Infeções respiratórias virais na criançaLetters to the EditorExmo. Sr. Diretor da Acta Pediátrica Portuguesa, Lemos com interesse o estudo de Antunes et al1. sobre infeções respiratórias virais na criança, recentemente publicado na Acta Pediátrica Portuguesa. Este trabalho levanta questões relevantes relacionadas com a fiabilidade e utilidade na prática clínica da identificação viral nas infeções respiratórias da criança. A amostra estudada envolve um significativo número de doentes, mas o desenho do estudo e a metodologia contêm aspetos omissos relativamente a critérios utilizados para o diagnóstico, internamento, utilização de terapêuticas, indicação para identificação viral, assim como métodos utilizados na colheita da amostra e seu tratamento laboratorial. Assim, as conclusões e comentários do estudo apresentam limitações que importa considerar. Este estudo apresenta uma baixa proporção de identificação viral (40,4%), que em nosso entender é inerente à utilização da técnica de imunofluorescência direta (IFD). A representação de vírus não identificados por IFD e da coinfeção viral nesta amostra é, assim, muito limitada. Dados por nós previamente apresentados que comparavam as técnicas de IFD e polymerase chain reaction (PCR) em amostras de crianças internadas com infeção respiratória baixa, mostravam que apenas 30% eram positivas com IFD, comparativamente a 93% com PCR2. Resultados preliminares de estudo prospetivo com pedido protocolado de pesquisa viral por PCR foram recentemente por nós apresentados e confirmam, no nosso contexto epidemiológico, a importância do rinovírus nas infeções respiratórias baixas nas crianças internadas (2º vírus mais frequentemente identificado), assim como da coinfeção viral, presente em 35% dos doentes3,4. Gostaríamos também de acrescentar que não existe evidência clara da utilidadeSociedade Portuguesa de Pediatria2014-01-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2013.3154por2184-44532184-3333Pinto, Sara RoqueConstant, CarolinaAlmeida, SofiaGil, JoanaBandeira, TeresaFernandes, Ricardoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:53:45Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3154Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:02.918502Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Infeções respiratórias virais na criança
title Infeções respiratórias virais na criança
spellingShingle Infeções respiratórias virais na criança
Pinto, Sara Roque
Letters to the Editor
title_short Infeções respiratórias virais na criança
title_full Infeções respiratórias virais na criança
title_fullStr Infeções respiratórias virais na criança
title_full_unstemmed Infeções respiratórias virais na criança
title_sort Infeções respiratórias virais na criança
author Pinto, Sara Roque
author_facet Pinto, Sara Roque
Constant, Carolina
Almeida, Sofia
Gil, Joana
Bandeira, Teresa
Fernandes, Ricardo
author_role author
author2 Constant, Carolina
Almeida, Sofia
Gil, Joana
Bandeira, Teresa
Fernandes, Ricardo
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Sara Roque
Constant, Carolina
Almeida, Sofia
Gil, Joana
Bandeira, Teresa
Fernandes, Ricardo
dc.subject.por.fl_str_mv Letters to the Editor
topic Letters to the Editor
description Exmo. Sr. Diretor da Acta Pediátrica Portuguesa, Lemos com interesse o estudo de Antunes et al1. sobre infeções respiratórias virais na criança, recentemente publicado na Acta Pediátrica Portuguesa. Este trabalho levanta questões relevantes relacionadas com a fiabilidade e utilidade na prática clínica da identificação viral nas infeções respiratórias da criança. A amostra estudada envolve um significativo número de doentes, mas o desenho do estudo e a metodologia contêm aspetos omissos relativamente a critérios utilizados para o diagnóstico, internamento, utilização de terapêuticas, indicação para identificação viral, assim como métodos utilizados na colheita da amostra e seu tratamento laboratorial. Assim, as conclusões e comentários do estudo apresentam limitações que importa considerar. Este estudo apresenta uma baixa proporção de identificação viral (40,4%), que em nosso entender é inerente à utilização da técnica de imunofluorescência direta (IFD). A representação de vírus não identificados por IFD e da coinfeção viral nesta amostra é, assim, muito limitada. Dados por nós previamente apresentados que comparavam as técnicas de IFD e polymerase chain reaction (PCR) em amostras de crianças internadas com infeção respiratória baixa, mostravam que apenas 30% eram positivas com IFD, comparativamente a 93% com PCR2. Resultados preliminares de estudo prospetivo com pedido protocolado de pesquisa viral por PCR foram recentemente por nós apresentados e confirmam, no nosso contexto epidemiológico, a importância do rinovírus nas infeções respiratórias baixas nas crianças internadas (2º vírus mais frequentemente identificado), assim como da coinfeção viral, presente em 35% dos doentes3,4. Gostaríamos também de acrescentar que não existe evidência clara da utilidade
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-01-11
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3154
url https://doi.org/10.25754/pjp.2013.3154
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2184-4453
2184-3333
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133512799879168