Imigrantes angolanas em São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.2/8014 |
Resumo: | Este trabalho foi realizado com o objetivo de compreendermos como se dá a integração social de imigrantes angolanas em São Paulo. A cidade de São Paulo, a maior metrópole do país, é cada vez mais o destino de mulheres angolanas que imigram para estudar com intuito de regressar a Angola após o período de formação que varia de quatro a seis anos e mulheres que vêm sozinhas ou com os filhos e/ou com toda a família: marido e filhos (neste trabalho o último caso ocorreu em menor proporção), em busca de uma vida melhor, nesta situação o tempo de permanência se torna indefinido. A título de investigação realizámos pesquisa qualitativa por meio de entrevistas a quinze mulheres: sete estudantes e oito não estudantes. Num primeiro momento as mulheres compartilharam aspectos da situação anterior ao projeto migratório para o Brasil e posteriormente revelaram princípios norteadores de sua integração junto à sociedade de acolhimento. As mulheres não estudantes foram entrevistadas em um único bairro chamado Jardim Piratininga, um local que guarda peculiaridades como a de ser um bairro onde vivem centenas de imigrantes africanos. As estudantes foram entrevistadas em três bairros distintos. Em relação à vida pregressa a chegada no Brasil, as imigrantes apresentaram similitude quanto experiências de infância, memórias familiares, condições socioeconômicas de origem, no entanto, em relação ao projeto imigratório, as famílias das estudantes participaram efetivamente do processo enquanto as mulheres não estudantes imigraram sem necessariamente contar com a atuação de suas famílias. As imigrantes angolanas estão parcialmente integradas à sociedade de acolhida, uma vez que até o presente momento esta não lhes permitiu desenvolver mecanismos de sobrevivência através de um trabalho digno, bem como por ser uma sociedade onde as imigrantes não conseguem consolidar laços comunitários consistentes, ao contrário são vítimas de racismo e preconceito em larga escala, culminando a soma desses elementos num estado de vulnerabilidade social. |
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Num primeiro momento as mulheres compartilharam aspectos da situação anterior ao projeto migratório para o Brasil e posteriormente revelaram princípios norteadores de sua integração junto à sociedade de acolhimento. As mulheres não estudantes foram entrevistadas em um único bairro chamado Jardim Piratininga, um local que guarda peculiaridades como a de ser um bairro onde vivem centenas de imigrantes africanos. As estudantes foram entrevistadas em três bairros distintos. Em relação à vida pregressa a chegada no Brasil, as imigrantes apresentaram similitude quanto experiências de infância, memórias familiares, condições socioeconômicas de origem, no entanto, em relação ao projeto imigratório, as famílias das estudantes participaram efetivamente do processo enquanto as mulheres não estudantes imigraram sem necessariamente contar com a atuação de suas famílias. As imigrantes angolanas estão parcialmente integradas à sociedade de acolhida, uma vez que até o presente momento esta não lhes permitiu desenvolver mecanismos de sobrevivência através de um trabalho digno, bem como por ser uma sociedade onde as imigrantes não conseguem consolidar laços comunitários consistentes, ao contrário são vítimas de racismo e preconceito em larga escala, culminando a soma desses elementos num estado de vulnerabilidade social.This work was carried out with the objective of understanding how the social integration of Angolan immigrants in São Paulo occurs. The city of São Paulo, the largest metropolis in the country, is increasingly the destination of Angolan women who immigrate to study in order to return to Angola after the period of training ranging from four to six years and women who come alone or with the children and / or the whole family: husband and children, (in this work the last case occurred to a lesser extent), in search of a better life, in this situation the time of permanence becomes indefinite. As research we conducted qualitative research and through interviews fifteen women being seven students and eight non-students were interviewed. At first, women shared aspects of the situation prior to the migration project for Brazil and later revealed guiding principles of their integration with the host society. The non-student women were interviewed in a single neighborhood called Jardim Piratininga, a place that holds peculiarities such as being a neighborhood where hundreds of African immigrants live. The students were interviewed in three different neighborhoods. In relation to the previous life of arrival in Brazil, the immigrants showed similarity as childhood experiences, family memories, socioeconomic conditions of origin, however, in relation to the immigrant project, the families of the students participated effectively in the process while the non-female students immigrated without necessarily counting on the performance of their families. Angolan immigrants are partially integrated with the host society, as it has not allowed them to develop survival mechanisms through decent work, as well as being a society where immigrants can not consolidate consistent community ties, in contrast are victims of racism and prejudice on a large scale, culminating the sum of these elements in a state of social vulnerability.Magano, OlgaRepositório AbertoPaula, Valéria Sanchez de2019-03-06T17:26:59Z2018-12-072019-03-062018-12-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.2/8014TID:202195872porPaula, Valéria Sanchez de - Imigrantes angolanas em São Paulo. [S.l.]: [s.n.], 2018. 202 p.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-16T15:28:49Zoai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/8014Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:48:10.336739Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de compreendermos como se dá a integração social de imigrantes angolanas em São Paulo. A cidade de São Paulo, a maior metrópole do país, é cada vez mais o destino de mulheres angolanas que imigram para estudar com intuito de regressar a Angola após o período de formação que varia de quatro a seis anos e mulheres que vêm sozinhas ou com os filhos e/ou com toda a família: marido e filhos (neste trabalho o último caso ocorreu em menor proporção), em busca de uma vida melhor, nesta situação o tempo de permanência se torna indefinido. A título de investigação realizámos pesquisa qualitativa por meio de entrevistas a quinze mulheres: sete estudantes e oito não estudantes. Num primeiro momento as mulheres compartilharam aspectos da situação anterior ao projeto migratório para o Brasil e posteriormente revelaram princípios norteadores de sua integração junto à sociedade de acolhimento. As mulheres não estudantes foram entrevistadas em um único bairro chamado Jardim Piratininga, um local que guarda peculiaridades como a de ser um bairro onde vivem centenas de imigrantes africanos. As estudantes foram entrevistadas em três bairros distintos. Em relação à vida pregressa a chegada no Brasil, as imigrantes apresentaram similitude quanto experiências de infância, memórias familiares, condições socioeconômicas de origem, no entanto, em relação ao projeto imigratório, as famílias das estudantes participaram efetivamente do processo enquanto as mulheres não estudantes imigraram sem necessariamente contar com a atuação de suas famílias. As imigrantes angolanas estão parcialmente integradas à sociedade de acolhida, uma vez que até o presente momento esta não lhes permitiu desenvolver mecanismos de sobrevivência através de um trabalho digno, bem como por ser uma sociedade onde as imigrantes não conseguem consolidar laços comunitários consistentes, ao contrário são vítimas de racismo e preconceito em larga escala, culminando a soma desses elementos num estado de vulnerabilidade social. |
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