Dinâmicas conceptuais na Arte Portuguesa, 1972-1977

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Pedro Miguel Mariano
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/46162
Resumo: Esta dissertação tem por ensejo reflectir sobre três postulados teóricos tradicionalmente adjudicados às práticas artísticas mais experimentais dos anos 1960 e 1970: anti-modernismo; desmaterialização da obra de arte; e os conceptualismos. Associados usualmente, dentro da historiografia de arte, à reconsideração de determinações, de pendor formalista, que dispunham qualificativamente a obra de arte sob considerações de autonomia, unicidade e no privilégio pela exploração de essencialidades supostamente inerentes a cada meio. Reconsiderando as bases teóricas destes termos a partir da produção artística portuguesa durante esse lapso temporal, com especial pendor para os projectos expositivos engendrados por Ernesto de Sousa, procura-se evidenciar que esses paradigmas, quando aplicados a uma leitura da arte nacional em questão, apresentam simultaneamente uma inclinação disruptiva para com o sistema político e social vigente nesses anos, sobretudo durante o período que compreende o Estado Novo, até 1974. A arte deixa-se de pensar a si mesma em exclusividade, para repensar igualmente o quotidiano, propondo novos sistemas de visualização e vivência.
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