A Produção Oleira Romana no Algarve.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/30444 |
Resumo: | A produção oleira romana no Algarve encontra-se repartida por toda a região, ainda que se fixe no litoral e, na maior parte dos casos, em relação directa com os centros produtores de preparados piscícolas. Conhece-se cerca de uma dúzia de centros oleiros que produziram ânforas, cerâmica doméstica e de construção. A maior parte destes centros oleiros surgem a partir do século III, dedicando-se principalmente à produção de contentores para transporte de preparados de peixe, ainda que, nas olarias do Algarve oriental de S. Bartolomeu de Castro Marim e da Manta Rota, tenha ocorrido ainda no Alto Império. A produção tardia local deste tipo de recipientes tem sido relacionada com diversos factores, sendo sugerido que a região recorreu durante os primeiros séculos da nossa Era a ânforas oriundas da vizinha Bética para envasar os seus produtos piscícolas. Só a partir de então, como reacção ao incremento da exploração local dos recursos marinhos e ao declínio das olarias da Bética, é que os centros oleiros algarvios se afirmarão. Depois de se abordarem os tipos anfóricos produzidos na região bem como a distribuição dos respectivos centros oleiros, focam-se as estruturas de produção, nomeadamente a organização da olaria do Martinhal, a maior do Algarve, que produziu ânforas, cerâmica comum e cerâmica de construção até época tardia. |
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A Produção Oleira Romana no Algarve.AlgarveRomanoProdução oleiraÂnforasCerâmica comumCerâmica de construçãoRomanPottery productionAmphoraeCommon-wareArchitectural ceramicsA produção oleira romana no Algarve encontra-se repartida por toda a região, ainda que se fixe no litoral e, na maior parte dos casos, em relação directa com os centros produtores de preparados piscícolas. Conhece-se cerca de uma dúzia de centros oleiros que produziram ânforas, cerâmica doméstica e de construção. A maior parte destes centros oleiros surgem a partir do século III, dedicando-se principalmente à produção de contentores para transporte de preparados de peixe, ainda que, nas olarias do Algarve oriental de S. Bartolomeu de Castro Marim e da Manta Rota, tenha ocorrido ainda no Alto Império. A produção tardia local deste tipo de recipientes tem sido relacionada com diversos factores, sendo sugerido que a região recorreu durante os primeiros séculos da nossa Era a ânforas oriundas da vizinha Bética para envasar os seus produtos piscícolas. Só a partir de então, como reacção ao incremento da exploração local dos recursos marinhos e ao declínio das olarias da Bética, é que os centros oleiros algarvios se afirmarão. Depois de se abordarem os tipos anfóricos produzidos na região bem como a distribuição dos respectivos centros oleiros, focam-se as estruturas de produção, nomeadamente a organização da olaria do Martinhal, a maior do Algarve, que produziu ânforas, cerâmica comum e cerâmica de construção até época tardia.Roman pottery production in the Algarve was mainly located in the coast, although it was distributed in the whole region and was directly related to the fish sauce production units. About a dozen production centers are known which produced amphorae, domestic and construction pottery. Most of these pottery production centers arise from the third century onwards, devoting primarily to the production of amphoras for transportation of fish sauces, though the pottery production of the eastern Algarve, such as in S. Bartolomeu de Castro Marim and in Manta Rota have occurred in the High Empire. The late production of amphoras has been related to several factors, and it has been suggested that the region would have used baetican amphoras to transport the regionaly manufactured fish products. Only afterwards, in response to increased local exploitation of marine resources and due to the decline of the potteries of the Baetican region, have the Algarve potters centers asserted themselves. After addressing the amphora types produced in the region, as well as the distribution of the production centers, we will focus on the structures of production, namely the organization of pottery production in Martinhal, the most extensive production center in the Algarve, which produced amphorae and ceramic construction until late Roman period.Repositório da Universidade de LisboaBernardes, João PedroViegas, Catarina2018-01-12T11:17:10Z20172017-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/30444porBernardes, J. P., & Viegas, C. (2017). A Produção Oleira Romana no Algarve. In C. Fabião, J. Raposo, A. Guerra, & F. Silva (Eds.), Olaria Romana. Seminário Internacional e Ateliê de Arqueologia Experimental / Roman Pottery Works: international seminar and experimental archaeological workshop (pp. 239-256). Lisboa: UNIARQ/CMS/CAA.978-989-99146-4-3info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T17:38:30Zoai:repositorio.ul.pt:10451/30444Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T17:38:30Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A produção oleira romana no Algarve encontra-se repartida por toda a região, ainda que se fixe no litoral e, na maior parte dos casos, em relação directa com os centros produtores de preparados piscícolas. Conhece-se cerca de uma dúzia de centros oleiros que produziram ânforas, cerâmica doméstica e de construção. A maior parte destes centros oleiros surgem a partir do século III, dedicando-se principalmente à produção de contentores para transporte de preparados de peixe, ainda que, nas olarias do Algarve oriental de S. Bartolomeu de Castro Marim e da Manta Rota, tenha ocorrido ainda no Alto Império. A produção tardia local deste tipo de recipientes tem sido relacionada com diversos factores, sendo sugerido que a região recorreu durante os primeiros séculos da nossa Era a ânforas oriundas da vizinha Bética para envasar os seus produtos piscícolas. Só a partir de então, como reacção ao incremento da exploração local dos recursos marinhos e ao declínio das olarias da Bética, é que os centros oleiros algarvios se afirmarão. Depois de se abordarem os tipos anfóricos produzidos na região bem como a distribuição dos respectivos centros oleiros, focam-se as estruturas de produção, nomeadamente a organização da olaria do Martinhal, a maior do Algarve, que produziu ânforas, cerâmica comum e cerâmica de construção até época tardia. |
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