O exercício parental durante a hospitalização do filho: modelo de intencionalidades terapêuticas de enfermagem face à parceria de cuidados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Paula Cristina
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Paiva, Abel, Pereira, Filipe Miguel Soares, Parente, Paulo, Sousa, P.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/46968
Resumo: Introdução: A parentalidade pode ser entendida como o assumir das responsabilidades de ser pai de uma criança durante o seu desenvolvimento. Isso implica um papel ativo e eficaz em que os pais se sentem ligados à criança e possuem o conhecimento e as habilidades para enfrentar os desafios. Por vezes, a condição de saúde da criança requer um episódio de hospitalização. Viver a experiência de ter um filho internado muitas vezes é difícil e complexo. A atitude dos pais ao lidar com a hospitalização do filho depende das características pessoais do filho, dos pais e dos enfermeiros. Nessa situação, a atitude dos pais depende também do tipo de ajuda que recebem da enfermagem e do estado de saúde da criança. Nos serviços de pediatria, estabelecer parceria de cuidados entre enfermeiros e pais é o melhor caminho para alcançar melhores resultados. Nos dias atuais, pais e enfermeiros necessitam de parceria de cuidados e os seus benefícios são bem evidenciados pela literatura existente. Objetivos: Identificar as intencionalidades terapêuticas dos enfermeiros quando promovem a parceria de cuidados com os pais durante a hospitalização da criança. Materiais e método: Investigação-ação envolvendo enfermeiros do serviço de internamento de pediatria do Hospital Pedro Hispano e pais de crianças hospitalizadas nesse serviço, utilizando-se questionários, análise documental, entrevistas e observação participante. Resultados: Emergiram sete tipos de intenções dos enfermeiros: (1) Promoção da participação dos pais nos cuidados do tipo desenvolvimental (cuidados habituais); (2) Promoção de competências parentais para prestar cuidados complexos; (3) Promoção de participação dos pais nos cuidados complexos quando as competências parentais foram avaliadas como eficazes; (4) Melhoria no desempenho dos pais para realizar os cuidados complexos quando um potencial de valorização de competências dos pais para realizar os cuidados complexos foi identificado; (5) Redução do nível de desgaste associado ao papel parental em pais de crianças com necessidades especiais permanentes, facilitando, durante a hospitalização, o descanso no exercício do papel; (6) Preparação dos pais para prestar cuidados complexos; (7) Preparação dos pais para promover a autonomia da criança. Conclusões: Na prática de enfermagem em pediatria e na literatura, o conceito de parceria de cuidados está amplamente difundido. Contudo, é precisa mais pesquisa para descobrir as intenções dos enfermeiros por trás dos planos de cuidados envolvendo a parceria dos pais. Esta investigação contribui para esclarecer as principais intencionalidades terapêuticas dos enfermeiros, ao promover a parceria de cuidados com os pais durante a hospitalização da criança.
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