O Estigma da Doença Mental: Que Caminho Percorremos?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25752/psi.4102 |
Resumo: | O estigma da doença mental tem sido alvo de crescente atenção nos últimos anos, com um aumento exponencial de publicações sobre o tema. Este fenómeno constitui para os doentes uma fonte de sofrimento, representando um obstáculo à concretização de projectos pessoais e à integração social plena, objectivo principal da prática psiquiátrica actual. Neste artigo, os autores fazem uma revisão selectiva do tema do estigma da doença mental, abordando as suas definições, origens, repercussões, vivências dos doentes e abordagens para o combater. A literatura revela tratar-se de um fenómeno complexo, cujas definições provêm de diferentes campos do conhecimento (sociologia, psicologia e psiquiatria). O seu impacto na vida das pessoas com doença mental é evidente, condicionando perda de oportunidades, prejuízo da auto-estima e auto-conceito, qualidade de vida, suporte social e empowerment e actuando como uma barreira ao desempenho dos papéis sociais habituais. O estigma parece ainda comprometer o acesso a cuidados de saúde, não apenas ao tratamento psiquiátrico, mas também a cuidados médicos gerais, com aumento da morbilidade e mortalidade desta população vulnerável. Tem sido dedicado um considerável esforço à compreensão deste fenómeno e ao delinear de estratégias anti-estigma, que passam também pela sensibilização dos profissionais de saúde para o tema, tendo em vista a melhoria da prática clínica e qualidade dos cuidados prestados. |
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O Estigma da Doença Mental: Que Caminho Percorremos?O Estigma da Doença Mental: Que Caminho Percorremos?Artigos de RevisãoO estigma da doença mental tem sido alvo de crescente atenção nos últimos anos, com um aumento exponencial de publicações sobre o tema. Este fenómeno constitui para os doentes uma fonte de sofrimento, representando um obstáculo à concretização de projectos pessoais e à integração social plena, objectivo principal da prática psiquiátrica actual. Neste artigo, os autores fazem uma revisão selectiva do tema do estigma da doença mental, abordando as suas definições, origens, repercussões, vivências dos doentes e abordagens para o combater. A literatura revela tratar-se de um fenómeno complexo, cujas definições provêm de diferentes campos do conhecimento (sociologia, psicologia e psiquiatria). O seu impacto na vida das pessoas com doença mental é evidente, condicionando perda de oportunidades, prejuízo da auto-estima e auto-conceito, qualidade de vida, suporte social e empowerment e actuando como uma barreira ao desempenho dos papéis sociais habituais. O estigma parece ainda comprometer o acesso a cuidados de saúde, não apenas ao tratamento psiquiátrico, mas também a cuidados médicos gerais, com aumento da morbilidade e mortalidade desta população vulnerável. Tem sido dedicado um considerável esforço à compreensão deste fenómeno e ao delinear de estratégias anti-estigma, que passam também pela sensibilização dos profissionais de saúde para o tema, tendo em vista a melhoria da prática clínica e qualidade dos cuidados prestados.Mental illness stigma has been the focus of increasing attention in the past few years, with an exponential increase in scientific publications on the subject. This phenomenon is a source of suffering for the patient undermining the achievement of personal goals and full social integration. In this article, the authors present a selective review of the literature on mental illness stigma, going through its definition, origins, repercussions, patients’ subjective experiences and strategies to challenge stigma. The literature presents stigma as being a complex phenomenon, whose definitions derive from different epis- temological roots (sociology, psychology and psychiatry). Its impact on the lives of people with a mental illness is well acknowledged and seems to translate into decreased opportunities, loss of self-esteem and self-concept, decreased quality of life, social support and empowerment, thus limiting the adoption or performance of regular social roles. Stigma has also been shown to compromise access to health care, not only psychiatric treatment but also general medical care, thus increasing the morbidity and mortality in this vulnerable population. A considerable amount of effort has been put into the comprehension of this phenomenon and to designing strategies for fighting stigma, which also include promoting health-care professionals’ awareness of the topic in order to improve clinical practice and global quality of care.Departamento de Saúde Mental | Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE2014-06-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25752/psi.4102por2182-31461646-091XXavier, SaloméKlut, CatarinaNeto, AnaPonte, Guida daMelo, João Carlosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-16T14:11:56Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/4102Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:57:07.048170Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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