Desenvolvimento de micro e nanopartículas para o encapsulamento de EGCG: estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Joana Isabel Ferreira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/387
http://hdl.handle.net/20.500.11816/387
Resumo: O chá verde é produzido a partir das folhas da planta Camellia sinensis, e tem sido associado a muitos benefícios na saúde, incluindo a prevenção e tratamento de patologias como cancro, obesidade, diabetes, infeções bacterianas e virais, entre outras. Muitos dos efeitos benéficos do chá verde estão relacionados com a atividade das suas catequinas, nomeadamente a (-)-epigalocatequina galato (EGCG), que é um dos seus principais componentes. Há cerca de 20 anos, que se desenvolvem estudos para revelar as atividades biológicas e mecanismos de ação do chá verde e do EGCG. Sabe-se que muitos dos potenciais efeitos do EGCG têm sido fortemente limitados devido à sua baixa biodisponibilidade e estabilidade, o que dificulta o desenvolvimento de aplicações nutracêuticas ou terapêuticas. Neste sentido, no presente estudo pretendeu-se encapsular o composto EGCG de forma a torna-lo mais biodisponível e estável. Devido ao facto de este composto não apresentar uma solubilidade total em água, foram abordados dois métodos distintos de encapsulação. Por um lado, foram desenvolvidas várias formulações de micropartículas de isolado proteico de soja (IPS) e alginato pelo método de emulsificação/gelificação; e por outro, foram desenvolvidas nanopartículas de lípidos sólidos (NLS) pelo método da dupla emulsão. Como resultado do estudo da encapsulação do EGCG em micropartículas de IPS/alginato obtiveram-se partículas com tamanhos pequenos (entre 16,34 e 24,21µm), com uma boa eficiência de encapsulação (entre 62,41 e 99,72), no entanto, não foi possível avaliar a sua atividade antioxidante. Por sua vez, como resultado da encapsulação do EGCG em NLS conclui-se que nas condições estudadas não foi possível obter-se nanopartículas, mas sim partículas na gama dos micrometros (entre 913,8 ± e 1488,4 nm) no entanto, obtiveram-se partículas com uma boa eficiência de encapsulação (entre 90,06 e 95,58%) e com uma boa capacidade antioxidante (entre 91,01 e 97,02%). Foi desenvolvido e validado um método de cromatografia líquida de alta eficiência, para quantificação de EGCG de forma a permitir a aplicação em estudos de formulação, estabilidade e mesmo farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Por fim, foi possível concluir que os dois métodos estudados apresentaram resultados promissores para o encapsulamento do EGCG. No entanto, é importante salientar que este estudo foi exploratório, sendo necessário o desenvolvimento de estudos adicionais de forma a garantir que esta linha de estudo é efetivamente eficiente para encapsulação, estabilização e entrega do composto.
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