Púrpura de Henoch-Schönlein – Casuística de um Hospital Central, 1996 – 2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rios, Helena
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Rodrigues, Fernanda, Januário, Luís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2009.4530
Resumo: Introdução: A púrpura de Henoch-Schönlein (PHS) é a vasculite mais comum nas crianças. Tem geralmente uma evolução benigna com resolução espontânea, sendo a corticoterapia controversa. Objectivos: Caracterizar os casos de PHS diagnosticados num serviço de urgência. Métodos: Revisão casuística (Janeiro/1996 a Dezembro/2006), com análise do sexo, idade, distribuição anual e sazonal. Nos últimos sete anos foram também analisadas situações clínicas precedentes e/ou acompanhantes, manifestações clínicas, orientação terapêutica e evolução. Resultados: Nos onze anos identificaram-se 230 casos de PHS, 118 (51%) dos quais em crianças do sexo feminino. A idade média foi cinco anos e nove meses. A distribuição anual teve uma mediana de 21 casos/ano. Entre Janeiro/2000 e Dezembro/2006, foram analisados 98 casos. Febre e/ou infecção respiratória prévias estavam registadas em 41 (42%). A púrpura esteve presente em todas as crianças, constituindo a forma de apresentação mais comum (81; 83%). Vinte e quatro crianças (24%) necessitaram de internamento por envolvimento renal ou gastrointestinal, 19 das quais (79%) na Unidade de Internamento de Curta Duração. Receberam corticóides 19 (19%). Mantiveram vigilância na consulta de medicina/nefrologia 22 crianças (22%) por proteinúria e/ou hematúria persistentes e uma criança (1%) por insuficiência renal aguda. Das 22 crianças seguidas no hospital, oito (36%) apresentaram recidiva, sendo que cinco destas oito (63%) crianças tiveram o episódio inaugural de PHS após os seis anos. Discussão: O número de diagnósticos por ano, com algumas oscilações, tem-se mantido relativamente estável. A evolução na maioria das crianças foi favorável no episódio agudo. No entanto, algumas crianças, pelo envolvimento renal e/ou gastrointestinal exuberante necessitaram de internamento. A incidência de recidivas foi maior no grupo de crianças que teve o primeiro episódio de PHS após os 6 anos.
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