Colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina em instituições hospitalares europeias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/10864 |
Resumo: | Staphylococcus aureus é uma bactéria de Gram positivo, que pode ser encontrada em cerca de 20-40% da população. É responsável por inúmeras infeções dos tecidos moles (piodermites superficiais, piodermites profundas) e infeções potencialmente fatais. Após a descoberta da Penicilina G, a resistência a este antibiótico emergiu rapidamente em S. aureus, devido à produção de -lactamases plasmídicas. Em alternativa, a meticilina começou a ser utilizada na prática clínica, sendo a única penicilina semissintética resistente às β-lactamases. Contudo, cerca de um ano mais tarde, foram isoladas as primeiras estirpes de S. aureus resistentes à meticilina, passando desta forma a designar-se de MRSA (Staphylococcus aureus resistentes à meticilina). A colonização de doentes por MRSA é altamente prevalente em todo o mundo. Nesta revisão bibliográfica, avaliou-se, em termos epidemiológicos, a prevalência de colonização por MRSA nas unidades hospitalares europeias. Atualmente, as taxas de colonização por HA-MRSA têm vindo a diminuir na maioria dos países europeus, incluindo Portugal. Acredita-se que esta diminuição se deve à implementação de protocolos e normas de controlo e prevenção da transmissão de MRSA, como a implementação de rastreios de colonização por MRSA, descolonização e Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI). A disseminação de CA-MRSA é uma preocupação global, uma vez que se caracteriza por maior virulência, devido à capacidade de produção da toxina PVL e pelo facto de que esta estirpe se poder disseminar pelas unidades de cuidado de saúde. Isolados de MRSA em animais para consumo humano, LA-MRSA, principalmente em suínos, têm vindo a aumentar nos últimos anos devido ao uso excessivo de antibióticos na pecuária. Este estudo concluiu que é essencial a realização de rastreios de colonização por MRSA na admissão para internamento e a procura de alternativas farmacológicas para a descolonização por MRSA, dado o aumento significativo nas resistências à mupirocina. Atualmente, encontram-se em desenvolvimento vacinas, podendo tornar-se numa medida eficaz de prevenção de colonização e infeção por MRSA. |
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Colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina em instituições hospitalares europeiasHA-MRSAβ-lactâmicosMupirocinaResistênciasDescolonizaçãoβ-lactamsResistancesDecolonizationDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina BásicaStaphylococcus aureus é uma bactéria de Gram positivo, que pode ser encontrada em cerca de 20-40% da população. É responsável por inúmeras infeções dos tecidos moles (piodermites superficiais, piodermites profundas) e infeções potencialmente fatais. Após a descoberta da Penicilina G, a resistência a este antibiótico emergiu rapidamente em S. aureus, devido à produção de -lactamases plasmídicas. Em alternativa, a meticilina começou a ser utilizada na prática clínica, sendo a única penicilina semissintética resistente às β-lactamases. Contudo, cerca de um ano mais tarde, foram isoladas as primeiras estirpes de S. aureus resistentes à meticilina, passando desta forma a designar-se de MRSA (Staphylococcus aureus resistentes à meticilina). A colonização de doentes por MRSA é altamente prevalente em todo o mundo. Nesta revisão bibliográfica, avaliou-se, em termos epidemiológicos, a prevalência de colonização por MRSA nas unidades hospitalares europeias. Atualmente, as taxas de colonização por HA-MRSA têm vindo a diminuir na maioria dos países europeus, incluindo Portugal. Acredita-se que esta diminuição se deve à implementação de protocolos e normas de controlo e prevenção da transmissão de MRSA, como a implementação de rastreios de colonização por MRSA, descolonização e Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI). A disseminação de CA-MRSA é uma preocupação global, uma vez que se caracteriza por maior virulência, devido à capacidade de produção da toxina PVL e pelo facto de que esta estirpe se poder disseminar pelas unidades de cuidado de saúde. Isolados de MRSA em animais para consumo humano, LA-MRSA, principalmente em suínos, têm vindo a aumentar nos últimos anos devido ao uso excessivo de antibióticos na pecuária. Este estudo concluiu que é essencial a realização de rastreios de colonização por MRSA na admissão para internamento e a procura de alternativas farmacológicas para a descolonização por MRSA, dado o aumento significativo nas resistências à mupirocina. Atualmente, encontram-se em desenvolvimento vacinas, podendo tornar-se numa medida eficaz de prevenção de colonização e infeção por MRSA.Staphylococcus aureus is a Gram positive bacteria that can be found in about 20-40% of the population. It is responsible for numerous such (superficial pyodermitis, deep pyodermitis) and potentially fatal infections. After the discovery of Penicilin G, resistance to this antibiotic quickly emerged in S. aureus, due to the production of plasmid β-lactamases. Alternatively, methicillin began being used regularly in clinical practice as it was the only semi-synthetic penicillin resistant to -lactamases producced by S. aureus. However, about a year later, the first methicillin-resistant S. aureus strains were isolated, thus renamed MRSA (methicillin-resistant Staphylococcus aureus). Colonization of patients by MRSA is highly prevalent worldwide. In this literature review, we evaluated, in epidemiological terms, the prevalence of colonization by MRSA in European hospitals. Currently, HA-MRSA colonization rates have been decreasing in most European countries, including Portugal. It is believed that this decline is due to the implementation of protocols and standards for the control and prevention of MRSA transmission, such as the implementation of MRSA colonization screenings, decolonization and Basic Infection Control Precautions (PBCI). The spread of CA-MRSA is a global concern as it is characterized by greater virulence due to the production capacity of the PVL toxin, and the fact that this strain can spread to health care units. MRSA isolates in animals for human consumption, LA-MRSA, have been increasing in recente years due to the excessive use of antibiotics in livestock, although the pig population is the main reservoir of LA-MRSA. This study concluded that screening for MRSA colonization on hospital admissions and the search for pharmacological alternatives for MRSA decolonization is essential, as a significant increase in mupirocin resistant has been observed. Vaccines are currently under development and could become an effective measure to prevent colonization and infection by MRSA.Machado, ElisabeteRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaGomes, Diana Beatriz Conceição2022-03-14T10:24:46Z2021-10-21T00:00:00Z2021-10-21T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10864porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:10:08Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10864Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:47:37.577957Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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