Discretização espacial do inventário nacional de emissões atmosféricas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Maria de Fátima Pinto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/11382
Resumo: A correta avaliação da qualidade do ar depende de uma caracterização detalhada das emissões atmosféricas. Em Portugal, é elaborado anualmente, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas (INERPA) que compila os totais de emissões atmosféricas de poluentes gasosos e particulados ao nível do concelho e por setor de atividade. Contudo, esta informação pode nem sempre ser a mais correta, quando se pretende efetuar uma análise mais pormenorizada, ao nível de uma freguesia ou de um local. Na presente dissertação é efetuada uma análise das emissões atmosféricas a nível de freguesia e por setor de atividade, através da desagregação espacial do atual Inventário de Emissões Atmosféricas, referente a 2009, e seguindo uma metodologia “top-down”. A elaboração deste trabalho envolveu várias etapas. Numa fase inicial, foi analisada a evolução temporal, de 2003 a 2009, das emissões totais por fontes naturais e antropogénicas, e por setor de atividade, de cada poluente englobado no inventário. Esta análise permitiu concluir quais as atividades que mais contribuem para a emissão de poluentes. Numa fase seguinte, procedeu-se à pesquisa e seleção dos indicadores sócio-económicos mais adequados para utilizar como fatores de desagregação, para cada setor de atividade. Finalmente, foi realizada a discretização das emissões, isto é, a desagregação das emissões por freguesia, utilizando o software SIG para análise e tratamento dos dados. Relativamente à tendência evolutiva das emissões entre o período de 2003 a 2009, conclui-se que existem poluentes como o dióxido de enxofre, dióxido de carbono e o óxido nitroso que apresentam uma diminuição significativa ao longo dos anos em estudo, refletindo os resultados positivos da implementação de estratégias de controlo de efluentes gasosos. No entanto, essa tendência não é visível em todos os poluentes, o que traduz a necessidade de um maior detalhe nos dados de emissão, de modo a perceber-se onde e como atuar de forma mais eficaz. Para a desagregação espacial, foram selecionados os indicadores sócio-económicos, disponíveis por freguesia (como o total de indivíduos residentes, o número de indústrias por freguesia, a superfície agrícola utilizada, etc.). Verificou-se que a discretização efetuada tendo por base indicadores sócio-económicos é bastante distinta de uma desagregação feita unicamente tendo por critério a área da freguesia. Este facto é compreensível principalmente quando se trata de setores relacionados com a indústria, em que a grande quantidade de emissões estimadas provêm do local onde o complexo industrial se encontra. Este trabalho revela, assim, a importância dos indicadores usados na aplicação de uma metodologia “top-down” para aumento da resolução de um inventário de emissões, fundamental para uma análise mais detalhada das fontes emissoras e suporte a estudos de modelação e estratégias de redução de emissões atmosféricas.
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Numa fase inicial, foi analisada a evolução temporal, de 2003 a 2009, das emissões totais por fontes naturais e antropogénicas, e por setor de atividade, de cada poluente englobado no inventário. Esta análise permitiu concluir quais as atividades que mais contribuem para a emissão de poluentes. Numa fase seguinte, procedeu-se à pesquisa e seleção dos indicadores sócio-económicos mais adequados para utilizar como fatores de desagregação, para cada setor de atividade. Finalmente, foi realizada a discretização das emissões, isto é, a desagregação das emissões por freguesia, utilizando o software SIG para análise e tratamento dos dados. Relativamente à tendência evolutiva das emissões entre o período de 2003 a 2009, conclui-se que existem poluentes como o dióxido de enxofre, dióxido de carbono e o óxido nitroso que apresentam uma diminuição significativa ao longo dos anos em estudo, refletindo os resultados positivos da implementação de estratégias de controlo de efluentes gasosos. No entanto, essa tendência não é visível em todos os poluentes, o que traduz a necessidade de um maior detalhe nos dados de emissão, de modo a perceber-se onde e como atuar de forma mais eficaz. Para a desagregação espacial, foram selecionados os indicadores sócio-económicos, disponíveis por freguesia (como o total de indivíduos residentes, o número de indústrias por freguesia, a superfície agrícola utilizada, etc.). Verificou-se que a discretização efetuada tendo por base indicadores sócio-económicos é bastante distinta de uma desagregação feita unicamente tendo por critério a área da freguesia. Este facto é compreensível principalmente quando se trata de setores relacionados com a indústria, em que a grande quantidade de emissões estimadas provêm do local onde o complexo industrial se encontra. Este trabalho revela, assim, a importância dos indicadores usados na aplicação de uma metodologia “top-down” para aumento da resolução de um inventário de emissões, fundamental para uma análise mais detalhada das fontes emissoras e suporte a estudos de modelação e estratégias de redução de emissões atmosféricas.The correct evaluation of air quality depends on a detailed characterization of atmospheric emissions. In Portugal, the Portuguese Environment Agency (APA) produces every year the National Atmospheric Emissions Inventory (INERPA) that compiles total atmospheric emissions of gaseous and particulate pollutants per municipality and per activity sector. However, this information may not always be completely accurate when a more detailed analysis, by submunicipality or place, is required. In this dissertation a study of the emissions, by submunicipality and by sector, was made through the spatial disaggregation of the current National Emissions Inventory, for 2009, and following a "top-down" methodology. During the development of this project several tasks were carried out. Firstly, the analysis of the pollutant emissions trends, by natural and anthropogenic sources, was performed, from 2003 to 2009, for total emissions and by activity sector. This analysis allowed obtaining the main activities currently responsible for pollutant emissions. The following step was the selection of the most appropriate socio-economic indicators to use as disaggregation factors for each activity sector. The selected socio-economic indicators included total resident population, the number of industries by submunicipality, the agricultural area, etc. Emissions were discretized by submunicipality using GIS software. The analysis of the emissions trend in the period between 2003 and 2009 shows there are pollutants (such as sulphur dioxide, carbon dioxide and nitrous oxide) which have a significant decrease over the years, as a result of the implementation of control strategies of gaseous effluents. However, this trend is not visible for all pollutants, reflecting the need for a greater detail in emissions data, in order to understand where and how to act more effectively. From the analysis of results, it can be concluded that the discretization performed by submunicipality is quite different from a disaggregation by municipality. This is expected especially for the sectors related to the industry, where emissions are allocated to the specific industrial sources location. This work reveals the importance of the indicators used in the application of a methodology "top-down" to increase the resolution of an emissions inventory, essential for a more detailed analysis of emission sources and to support modelling studies and emissions reduction strategies.Universidade de Aveiro2013-11-13T11:30:44Z2013-01-01T00:00:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/11382TID:201584700porMonteiro, Maria de Fátima Pintoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:20:27Zoai:ria.ua.pt:10773/11382Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:47:49.363888Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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