AVC Isquémico: Impacto do Tratamento de Fase Aguda no Outcome Clínico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11346 |
Resumo: | Introdução: Em 2019, o Acidente Vascular Cerebral foi a segunda principal causa de morte e a segunda principal causa de incapacidade em Portugal. (2) A realização de tratamento de fase aguda está associada a melhores outcomes clínicos (menor incapacidade) após Acidente Vascular Cerebral isquémico. (5) A Direção Geral de Saúde (15) determinou como meta de saúde para 2020 aumentar o número de doentes submetidos a terapêutica fibrinolítica ou a reperfusão endovascular. O objetivo deste estudo é averiguar o outcome clínico obtido em doentes com Acidente Vascular Cerebral isquémico de acordo com o tipo de tratamento de fase aguda realizado e, adicionalmente, identificar outros fatores que podem influenciar o outcome clínico destes doentes. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo e observacional que incluiu doentes com diagnóstico de alta de Acidente Vascular Cerebral isquémico, internados na unidade de AVC do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, entre janeiro de 2015 e julho de 2020. Resultados: Verificou-se a existência de associações estatisticamente significativas entre o outcome clínico à data de alta e a idade (p-value < 0,001), o sexo (p-value = 0,004), o tempo desde inicio de sintomas até chegada ao hospital (p-value = 0,016), a escala de NIHSS (p-value < 0,001), sinais precoces de isquemia em TAC (hiperdensidade da artéria ocluída (p-value = 0,003), perda de diferenciação matéria branca-matéria cinzenta / hipodensidade subcortical (p-value < 0,001) e o apagamento dos núcleos da base (p-value = 0,021)), sinais imagiológicos de AVC prévio em TAC (pvalue = 0,036), a escala OCSP (p-value = 0,001), o território vascular ocluído (p-value < 0,001), a etiologia (p-value = 0,002), dislipidemia (p-value < 0,001), tabagismo (pvalue = 0,010), fibrilhação auricular (p-value = 0,001) e complicações intrahospitalares (transformação hemorrágica (p-value < 0,001), pneumonia (p-value < 0,001), infeção respiratória (p-value < 0,001) e infeção do trato urinário (p-value < 0,001). Nos doentes submetidos a tratamento de fase aguda, o outcome clínico à data de alta encontra-se significativamente associado à idade (p-value = 0,002), escala NIHSS (p-value = 0,013), sinais imagiológicos de AVCs prévio em TAC (p-value = 0,011), território vascular ocluído (p-value = 0,032), dislipidemia (p-value = 0,012) e complicações intrahospitalares (transformação hemorrágica (p-value = 0,007) e infeções respiratórias (p-value = 0,001)) Conclusão: Doentes submetidos a tratamento de fase aguda apresentam maior probabilidade de atingir um outcome clínico favorável que os outros doentes. Contudo, não foi possível associar estatisticamente outcomes clínicos favoráveis a um dos tratamentos de fase aguda em particular. |
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AVC Isquémico: Impacto do Tratamento de Fase Aguda no Outcome ClínicoAvc IsquémicoIncapacidadeIndependência Nas Atividades da Vida Diária.Outcome ClínicoTratamento de Fase AgudaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Em 2019, o Acidente Vascular Cerebral foi a segunda principal causa de morte e a segunda principal causa de incapacidade em Portugal. (2) A realização de tratamento de fase aguda está associada a melhores outcomes clínicos (menor incapacidade) após Acidente Vascular Cerebral isquémico. (5) A Direção Geral de Saúde (15) determinou como meta de saúde para 2020 aumentar o número de doentes submetidos a terapêutica fibrinolítica ou a reperfusão endovascular. O objetivo deste estudo é averiguar o outcome clínico obtido em doentes com Acidente Vascular Cerebral isquémico de acordo com o tipo de tratamento de fase aguda realizado e, adicionalmente, identificar outros fatores que podem influenciar o outcome clínico destes doentes. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo e observacional que incluiu doentes com diagnóstico de alta de Acidente Vascular Cerebral isquémico, internados na unidade de AVC do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, entre janeiro de 2015 e julho de 2020. Resultados: Verificou-se a existência de associações estatisticamente significativas entre o outcome clínico à data de alta e a idade (p-value < 0,001), o sexo (p-value = 0,004), o tempo desde inicio de sintomas até chegada ao hospital (p-value = 0,016), a escala de NIHSS (p-value < 0,001), sinais precoces de isquemia em TAC (hiperdensidade da artéria ocluída (p-value = 0,003), perda de diferenciação matéria branca-matéria cinzenta / hipodensidade subcortical (p-value < 0,001) e o apagamento dos núcleos da base (p-value = 0,021)), sinais imagiológicos de AVC prévio em TAC (pvalue = 0,036), a escala OCSP (p-value = 0,001), o território vascular ocluído (p-value < 0,001), a etiologia (p-value = 0,002), dislipidemia (p-value < 0,001), tabagismo (pvalue = 0,010), fibrilhação auricular (p-value = 0,001) e complicações intrahospitalares (transformação hemorrágica (p-value < 0,001), pneumonia (p-value < 0,001), infeção respiratória (p-value < 0,001) e infeção do trato urinário (p-value < 0,001). Nos doentes submetidos a tratamento de fase aguda, o outcome clínico à data de alta encontra-se significativamente associado à idade (p-value = 0,002), escala NIHSS (p-value = 0,013), sinais imagiológicos de AVCs prévio em TAC (p-value = 0,011), território vascular ocluído (p-value = 0,032), dislipidemia (p-value = 0,012) e complicações intrahospitalares (transformação hemorrágica (p-value = 0,007) e infeções respiratórias (p-value = 0,001)) Conclusão: Doentes submetidos a tratamento de fase aguda apresentam maior probabilidade de atingir um outcome clínico favorável que os outros doentes. Contudo, não foi possível associar estatisticamente outcomes clínicos favoráveis a um dos tratamentos de fase aguda em particular.Introduction: In 2019, stroke was the second main cause of death and the second main cause of disability in Portugal. (2) Acute ischemic strokes treated with reperfusion therapies are associated with better clinical outcomes (less disabilaty). (5) The Directorate-General of Health determined as a goal for 2020 to increase the number of patients treated with fibrinolytic therapy or with endovascular reperfusion. The goal of this study is to investigate the clinical outcome in acute ischemic stroke patients according to the type of reperfusion therapy that they were treated with and, additionally, to identify other factors that may influence these patients’ clinical outcome. Materials and Methods: This is a retrospective and observational study that included patients admitted in Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, in the period between january 2015 and july 2020, with hospital discharge diagnosis of ischemic stroke. Results: There was a significant statistic association between the clinical outcome at hospital discharge and the following variables: age (p-value < 0,001), sex (p-value = 0,004), onset to door time (p-value = 0,016), a NIHSS scale (p-value < 0,001), early brain ischemia signs on CT (hiperdense artery sign (p-value = 0,003), loss of cortical grey-white differentiation / subcortical hipodensity (p-value < 0,001) and the loss of outline of basal ganglia (p-value = 0,021)), signs of previous stroke on CT (p-value = 0,036), OCSP scale (p-value = 0,001), occluded vascular territory (p-value < 0,001), etiology (p-value = 0,002), dyslipidemia (p-value < 0,001), smoking (p-value = 0,010), atrial fibrillation (p-value = 0,001) and in-hospital complications (hemorrhagic transformation (p-value < 0,001), pneumonia (p-value < 0,001), respiratory tract infection (p-value < 0,001) e urinary tract infection (p-value < 0,001). The clinical outcome at hospital discharge in patients treated with reperfusion therapies is significantly associated with age (p-value = 0,002), NIHSS scale (p-value = 0,013), signs of previous stroke on CT (p-value = 0,011), occluded vascular territory (p-value = 0,032), dyslipidemia (p-value = 0,012) and in-hospital complications (hemorrhagic transformation (p-value = 0,007) and respiratory tract infections (p-value = 0,001)). Conclusion: Patients treated with reperfusion therapies have higher chances of achieving a good clinical outcome compared with those who did no reperfusion therapy. However, it was not possible to associate a particular type of reperfusion therapy to a good clinical.Pérez, Francisco José ÁlvarezuBibliorumJacinto, Ana Filipa Assis2021-11-23T16:06:16Z2021-06-142021-04-202021-06-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11346TID:202788687porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:47Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11346Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:09.748706Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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