Inibição comportamental infantil: validação de uma medida situacional em laboratório (Lab-TAB) e a sua associação com variáveis individuais e parentais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/12603 |
Resumo: | A avaliação do temperamento infantil e dos processos psicológicos associados tem sido feita, maioritariamente, através de medidas de autorrelato da criança, dos pais e/ou dos educadores, facto que pode introduzir enviesamentos e ser obstáculo à obtenção de dados mais ecológicos. Vários são os autores que defendem o recurso a medidas de observação direta como o melhor meio para estudar o comportamento humano infantil, por proporcionarem uma descrição direta do funcionamento dos sujeitos em diversos contextos sociais. A inexistência de uma medida de avaliação situacional do temperamento em Portugal suscitou a pertinência da adaptação da Bateria de Avaliação de Temperamento Infantil em Laboratório (Lab-TAB) como o ponto central desta investigação. Objetivo: Adaptar para a população portuguesa a Lab-TAB (versão original: Goldsmith, Reilly, Lemery, Longley & Prescott, 1999; 2001) e estudar as suas qualidades psicométricas; pretendemos ainda realizar um estudo transversal sobre as variáveis (individuais e parentais) associadas às caraterísticas de inibição comportamental infantil. Método: Foram incluídas neste estudo 126 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 9 anos de idades e os seus progenitores. A avaliação do temperamento da criança foi feita por relato parental - (BIQ) Questionário de Inibição Comportamental - e situacionalmente, através da versão portuguesa da Lab-TAB. As variáveis de influência parental foram recolhidas com recurso aos seguintes questionários: (EASDIS) Escala de Ansiedade e Evitamento em situações de Desempenho e de Interação social; e a (POM) Medida de Superproteção Parental. Resultados e Discussão: A análise psicométrica da Lab-TAB permitiu considerá-la um instrumento fiável e válido para avaliar a inibição comportamental infantil. Relativamente às variáveis parentais, observámos uma relação positiva entre a ansiedade e superproteção parental e a inibição comportamental infantil; esta associação é mais forte entre o progenitor masculino nas crianças mais novas; e entre a progenitora nas crianças mais velhas da amostra. Relativamente às variáveis individuais das crianças, verificámos que as dimensões de regulação emocional apenas se relacionam com a inibição de crianças em idades escolares, com uma maior propensão para a expressão de tristeza; enquanto um alto controlo inibitório se associou positivamente às crianças temperamentalmente inibidas das duas faixas etárias consideradas. Estes resultados são discutidos com base na literatura atual acerca da avaliação do temperamento infantil e dos fatores implicados na manutenção do mesmo. Palavras-chave: Inibição Comportamental; Lab-TAB; Controlo Inibitório; Regulação Emocional; Superproteção; Ansiedade Social. |
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Inibição comportamental infantil: validação de uma medida situacional em laboratório (Lab-TAB) e a sua associação com variáveis individuais e parentaisInibição comportamentalLab-TABControlo inibitórioRegulação emocionalSuperproteçãoAnsiedade socialDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaA avaliação do temperamento infantil e dos processos psicológicos associados tem sido feita, maioritariamente, através de medidas de autorrelato da criança, dos pais e/ou dos educadores, facto que pode introduzir enviesamentos e ser obstáculo à obtenção de dados mais ecológicos. Vários são os autores que defendem o recurso a medidas de observação direta como o melhor meio para estudar o comportamento humano infantil, por proporcionarem uma descrição direta do funcionamento dos sujeitos em diversos contextos sociais. A inexistência de uma medida de avaliação situacional do temperamento em Portugal suscitou a pertinência da adaptação da Bateria de Avaliação de Temperamento Infantil em Laboratório (Lab-TAB) como o ponto central desta investigação. Objetivo: Adaptar para a população portuguesa a Lab-TAB (versão original: Goldsmith, Reilly, Lemery, Longley & Prescott, 1999; 2001) e estudar as suas qualidades psicométricas; pretendemos ainda realizar um estudo transversal sobre as variáveis (individuais e parentais) associadas às caraterísticas de inibição comportamental infantil. Método: Foram incluídas neste estudo 126 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 9 anos de idades e os seus progenitores. A avaliação do temperamento da criança foi feita por relato parental - (BIQ) Questionário de Inibição Comportamental - e situacionalmente, através da versão portuguesa da Lab-TAB. As variáveis de influência parental foram recolhidas com recurso aos seguintes questionários: (EASDIS) Escala de Ansiedade e Evitamento em situações de Desempenho e de Interação social; e a (POM) Medida de Superproteção Parental. Resultados e Discussão: A análise psicométrica da Lab-TAB permitiu considerá-la um instrumento fiável e válido para avaliar a inibição comportamental infantil. Relativamente às variáveis parentais, observámos uma relação positiva entre a ansiedade e superproteção parental e a inibição comportamental infantil; esta associação é mais forte entre o progenitor masculino nas crianças mais novas; e entre a progenitora nas crianças mais velhas da amostra. Relativamente às variáveis individuais das crianças, verificámos que as dimensões de regulação emocional apenas se relacionam com a inibição de crianças em idades escolares, com uma maior propensão para a expressão de tristeza; enquanto um alto controlo inibitório se associou positivamente às crianças temperamentalmente inibidas das duas faixas etárias consideradas. Estes resultados são discutidos com base na literatura atual acerca da avaliação do temperamento infantil e dos fatores implicados na manutenção do mesmo. Palavras-chave: Inibição Comportamental; Lab-TAB; Controlo Inibitório; Regulação Emocional; Superproteção; Ansiedade Social.Martins, Ana TeresaFaísca, LuísSapientiaFerreira, Laura Inês Monteiro2019-06-05T08:33:59Z2018-07-3020182018-07-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/12603TID:202245047porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:24:35Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/12603Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:03:55.760835Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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