Infecção por Parasitas Intestinais numa População Pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sarmento, Alzira
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Costa, José Manuel, Valente, Carlos A. Pratas, Teixeira, Maria Elisa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2004.4977
Resumo: A infecção por parasitas intestinais é um problema de saúde pública, particularmente nos países em desenvolvimento. Todo o programa que vise o controlo da transmissão de parasitas deve assentar numa análise actual da população alvo. Em Portugal os estudos epidemiológicos sobre este tipo de infecção são insuficientes, implicando limitações na avaliação da eficácia dos esquemas terapêuticos com anti-helmínticos. Objectivos traçados: determinar a prevalência de infecção por parasitas num grupo de crianças utentes do Centro de Saúde de Ermesinde; caracterizar essa população e descrever a utilização de anti-helmínticos por parte desta.  Procedeu-se ao estudo de um grupo de crianças a frequentar a Consulta de Saúde Infantil do Centro de Saúde de Ermesinde, durante os meses de Março e Abril de 2002. Vários parâmetros foram avaliados e em cada caso foi solicitada a colheita de fezes para exame parasitológico a efectuar no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. A idade média das 88 crianças participantes no estudo foi de 43,5 meses. Oitenta e uma (92,2 %) apresentavam um estado de nutrição normal.A maioria pertencia a famílias de classe social media / baixa. Todas habitavam em casas com saneamento básico e água canalizada. Cinquenta por cento pertenciam a agregados familiares com mais de uma criança, 41 % conviviam com animais domésticos e 50 % frequentavam infantário. Do total, 55 % fez desparasitantes pelo menos uma vez, A terapêutica mais utilizada foram os derivados do Benzimidazol. A taxa de prevalência de infecção foi de 3,4 %, representando apenas casos de infecção por Giardia lamblia.  Segundo critérios da OMS, uma população com prevalência inferior a 50 % não necessita de quimioprofllaxia. A população estudada pertence à Categoria III, áreas de baixa prevalência, nas quais os desparasitantes apenas estão indicados em casos sintomáticos. O estudo actual permite-nos concluir que a utilização generalizada de anti-helmínticos poderá ser desnecessária se tivemios conhecimento sobre o tipo de população em causa. Evitando, dessa forma, gastos desnecessários, efeitos colaterais pontuais dos fármacos e problemas de saúde pública em termos de indução de fenómenos de resistência. Palavras-chave: Infecção intestinal parasitária, criança, anti-helmínticos
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