Visões do fim do mundo em David Bowie e António Variações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Luís Carlos S.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/38438
Resumo: Irei analisar a co-relação entre a obra de David Bowie e a obra de António Variações. A intertextualidade e a intermusicalidade em Variações são questões importantes para compreendermos o verdadeiro alcance da sua obra. Ele referiu amiúde Amália Rodrigues enquanto figura tutelar, mas recusou sempre qualquer comparação com artistas estrangeiros. Será possível, porém, que alguém viajado como ele, que visitou Nova Iorque e viveu em Londres e em Amesterdão, em momentos nodais da cultura pop mundial, tenha ficado imune aos ambientes artísticos com os quais contactou de perto? O único artista estrangeiro que Variações alguma vez referiu foi David Bowie. O cantor britânico foi pioneiro na tematização do queer, sendo dos primeiros artistas a declarar-se publicamente homossexual e a incentivar o comimg out aos seus fãs. Os artistas neorromânticos dos anos 80, coevos de Variações, seguiram-lhe os passos e, entre nós, o próprio Variações assumiu corajosamente esse papel. Começarei por traçar o percurso de Bowie, cruzando-o depois com o de Variações. Dois elementos, comuns a ambos, merecerão destaque: o holismo e, intimamente ligado ao emergir da queerness, as visões apocalípticas.
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