A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.3217 |
Resumo: | Este artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, realizada no bairro Lavapiés, região central de Madrid, voltada a apreender a constituição de suas distintas espacialidades e os sentidos que elas geram na cultura. A discussão aqui proposta terá como objeto a praça Nelson Mandela, um dos principais pontos de encontro de imigrantes na região, com o intuito de verificar de que maneira ocorre a emersão de espacialidades pautadas pelos intercâmbios e tensionamentos entre os diferentes grupos que frequentam o espaço. Para tanto, a análise terá por base a ambivalência que caracteriza o funcionamento da fronteira semiótica, tal como ela foi definida pelo semioticista da cultura Iuri Lotman (1996). A deriva situacionista e a observação participante foram utilizadas como método de pesquisa. Na praça, nota-se a presença de duas espacialidades distintas: uma marcada por um distanciamento que resulta em relações pautadas por aquilo que Richard Sennett (2018/2019) indica ser o “próximo-estranho” e outra caracterizada por intercâmbios tradutórios pelos quais se constrói uma cidade diferente daquela planejada pelo urbanismo. Por meio da discussão, objetiva-se ainda pontuar de que maneira, por meio da fronteira, se torna possível apreender formas de constituição da cidade pidgin (Careri, 2016/2017), que emergem em meio a relações marcadas pela imprevisibilidade e pelo erro, decorrentes das interações estabelecidas entre distintas alteridades. |
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A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em FronteiraNelson Mandela Square: Spatialities in a FrontierArtigos temáticosEste artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, realizada no bairro Lavapiés, região central de Madrid, voltada a apreender a constituição de suas distintas espacialidades e os sentidos que elas geram na cultura. A discussão aqui proposta terá como objeto a praça Nelson Mandela, um dos principais pontos de encontro de imigrantes na região, com o intuito de verificar de que maneira ocorre a emersão de espacialidades pautadas pelos intercâmbios e tensionamentos entre os diferentes grupos que frequentam o espaço. Para tanto, a análise terá por base a ambivalência que caracteriza o funcionamento da fronteira semiótica, tal como ela foi definida pelo semioticista da cultura Iuri Lotman (1996). A deriva situacionista e a observação participante foram utilizadas como método de pesquisa. Na praça, nota-se a presença de duas espacialidades distintas: uma marcada por um distanciamento que resulta em relações pautadas por aquilo que Richard Sennett (2018/2019) indica ser o “próximo-estranho” e outra caracterizada por intercâmbios tradutórios pelos quais se constrói uma cidade diferente daquela planejada pelo urbanismo. Por meio da discussão, objetiva-se ainda pontuar de que maneira, por meio da fronteira, se torna possível apreender formas de constituição da cidade pidgin (Careri, 2016/2017), que emergem em meio a relações marcadas pela imprevisibilidade e pelo erro, decorrentes das interações estabelecidas entre distintas alteridades.This article presents the partial result of a broader research, carried out in the Lavapiés neighborhood, central Madrid, aimed at apprehending the constitution of its distinct spatialities and the meanings they generate in culture. The object of discussion hereby proposed is Nelson Mandela square, one of the main meeting points of immigrants in the region, in order to verify how the emergence of spatialities based on exchanges and tensions among the different groups spending time at the venue occurs. To this end, the analysis will be based on the ambivalence that characterizes the functioning of the semiotic frontier, as defined by the culture cultural semiotician Iuri Lotman (1996). The research method includes situationist drift and the participant observation. In the square, the presence of two distinct spatialities is noticed: one marked by a distancing resulting in relationships guided by what Richard Sennett (2018/2019) indicates as the “close-stranger” and another one characterized by translational exchanges by which a city is built differently from the one planned by urbanism. Through the discussion, it is also aimed to point out how, through the frontier, it becomes possible to apprehend forms of constitution of the pidgin city (Careri, 2016/2017), which emerges in the midst of relationships marked by unpredictability and error, resulting from the interactions established between different alterities.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2021-06-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.3217por2183-08862184-0458Nakagawa, Regiane Miranda de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:55Zoai:journals.uminho.pt:article/3217Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:21.487940Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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