Caracterização mecânica e térmica de um biocompósito à base de fungos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Daniela Filipa Ferreira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8737
Resumo: As questões ambientais geram grande preocupação a nível mundial. Várias são as tentativas de reduzir a dependência dos produtos de origem petrolífera, como o Poliestireno Expandido (EPS). Torna-se também preocupante a poluição que estes produtos causam no meio ambiente e o tempo que demoram a degradar. Por esta razão muitos são os estudos que promovem a substituição destes materiais. São várias as soluções que tem vindo a ser tentadas, desde caixas biodegradáveis até materiais usados em isolamento térmico processados a partir de fibras naturais. Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento mecânico e térmico de um biocompósito. Este material é de origem natural, apresenta-se como uma opção muito interessante no que diz respeito à conservação do meio ambiente, garantindo assim a sua biodegradabilidade. O biocompósito é constituído por uma matriz de resíduos florestais, reforçada com micélio (fungo). O micélio desenvolve-se utilizando a matriz como fonte de nutrientes. A espécie fúngica utilizada neste estudo foi o Ganoderma lingzhi. O substrato era constituído por em serrim de pinho. A par da produção deste biocompósito, e com o mesmo objetivo, foi também testado um segundo tipo de material, produzido utilizando resíduos agroflorestais, cogumelos secos e fécula de batata. Para avaliar as propriedades destes materiais foram realizados ensaios de compressão, absorção de água, densidade e porosidade. Ao nível do comportamento térmico foram feitos ensaios recorrendo à técnica de calorimetria diferencial de varrimento (DSC) e para avaliar a sua microestrutura, morfologia e composição química elementar, recorreu-se à microscopia eletrónica de varrimento (MEV) (Scanning Electron Microscopy - SEM) e espectroscopia por energia dispersiva (EDS). Os resultados obtidos revelaram que os dois tipos de biocompósito apresentaram diferentes características podendo o biocompósito à base de resíduos florestais e micélio ser mais adequado a aplicações que exigem mais baixa densidade e maior porosidade e o biocompósito composto por resíduos florestais, cogumelos e fécula de batata mais vantajoso quando as propriedades mecânicas são mais exigentes.
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