Cancro do pulmão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Mariana Marinho
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/986
Resumo: O aumento da incidência de Cancro do pulmão (0,5% ao ano) 2,5 ocorre, em paralelo, com o aumento do consumo de tabaco, 2-4,17 embora o envelhecimento cada vez maior da população também seja um factor importante. 1 Existem aspectos particulares dos pacientes jovens com CP que diferem dos idosos: incidência aumentada nas mulheres, incidência aumentada de adenocarcinomas e pior prognóstico. 21 Num artigo recente de Sarah Payne, «Smoke like a man, die like a man?: a review of the relationship between gender, sex and lung cancer», esta considera que a especificidade inerente ao sexo feminino advém de factores ligados ao sexo (diferenças biológicas condicionadas pelas variações hormonais) e de factores ligados ao género, ou seja, padrões de comportamento condicionados pela sociedade e cultura envolventes. 15 Objectivo geral: • Investigar o efeito da idade em variáveis clínicas e sócio -demográficas em dois grupos etários de doentes definidos como extremos numa amostra de doentes com CP seguidos na Unidade Oncológica do Hospital Sousa Martins, no período de 1 de Janeiro de 2003 a 31 de Dezembro de 2008 com idade 55 anos e 75 , fazendo o enquadramento na população local e nos seus hábitos de vida. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos processos dos utentes seleccionados segundo critérios de inclusão e exclusão em dois grupos: Jovens (idade 55 anos - GJ) e Idosos (idade ≥75 anos - GI). Resultados: No período considerado foram seguidos 135 doentes com o diagnostico de cancro do pulmão dos quais 24,4% (33) do sexo feminino e 75,5% (102) do sexo masculino. O grupo jovem e o grupo de idosos estudados representam respectivamente 6,7% e 30,4% do global de doentes com seguimento no período considerado. Verificou-se um predomínio de doentes do sexo masculino no grupo de idosos, enquanto que o grupo de jovens foi integralmente constituído apenas pelo sexo masculino. O tabaco foi um factor de risco evidenciado no grupo de jovens 77,7% e em 66,7% do grupo de idosos. Registou-se uma carga tabágica elevada nos dois grupos 36,4 UMA e 26,8 UMA respectivamente no GI e GJ. Não se identificaram hábitos tabágicos no sexo feminino. Predominaram os carcinomas de não pequenas células em ambos os grupos sendo a variante epidermóide mais frequente nos homens do grupo de idosos. Nas mulheres o tipo de neoplasia mais frequente foi o adenocarcinoma que esteve presente em 100% dos casos. O carcinoma de células pequenas ocorreu em 11,1% no GJ e 12,1% no grupo de idosos. Em ambos os grupos, géneros e tipos histológicos predominaram os estádios avançados não passíveis de terapêuticas potencialmente curativas. Verificou-se uma demora média de diagnóstico superior no grupo de adultos jovens (7±5,84 meses) comparativamente ao grupo de idosos (4±2,87meses). Dentro do grupo dos idosos a demora média de diagnóstico foi menor no sexo feminino. Em termos de sobrevida esta foi superior no grupo de idosos (11,7±9,56meses) do que no grupo jovem (10,9±9,56 meses). Dentro do grupo de idosos as mulheres apresentaram melhor sobrevida: (12,2±8,53 meses versus 11,5±10,09 meses nos homens do mesmo grupo) Conclusão: • A idade é um factor de risco bem documentado de cancro do pulmão, considerando diferença significativa na representatividade de elementos em grupos extremos. O grupo jovem e o grupo de idosos estudados representam respectivamente 6,7% e 30,4% do global de doentes com seguimento no período considerado. • No nosso estudo encontraram-se diferenças acentuadas nas variáveis analisadas em relação aos dois grupos (jovens versus idosos) já bem documentados na literatura. Não se verificou significado estatístico para a maioria das variáveis o que se deve ao reduzido numero de elementos da amostra sobretudo do grupo jovem. • A caracterização da amostra e os achados nos dois grupos distanciados por duas décadas permitiu conhecer algumas particularidades da população da região que podem justificar a não concordância com alguns dados da literatura, devido a factores ligados ao género, que determinam padrões de comportamento condicionados pela sociedade e cultura envolvente de uma população envelhecida diferente de populações de predomínio urbano. • A investigação em pequenas unidades regionais reveste-se de interesse não pelo significado estatístico de variáveis, que geralmente são bem evidentes nos grandes estudos da literatura, mas pelo conhecimento de amostras com características inerentes a uma região, determinadas por padrões de comportamento condicionados pela sociedade e cultura envolventes. Este conhecimento é fundamental na compreensão da nossa realidade comparada com achados por vezes discrepantes da literatura, sobretudo em doenças onde a predisposição genética interaja como ambiente como no cancro do pulmão.
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Material e métodos: Estudo retrospectivo dos processos dos utentes seleccionados segundo critérios de inclusão e exclusão em dois grupos: Jovens (idade 55 anos - GJ) e Idosos (idade ≥75 anos - GI). Resultados: No período considerado foram seguidos 135 doentes com o diagnostico de cancro do pulmão dos quais 24,4% (33) do sexo feminino e 75,5% (102) do sexo masculino. O grupo jovem e o grupo de idosos estudados representam respectivamente 6,7% e 30,4% do global de doentes com seguimento no período considerado. Verificou-se um predomínio de doentes do sexo masculino no grupo de idosos, enquanto que o grupo de jovens foi integralmente constituído apenas pelo sexo masculino. O tabaco foi um factor de risco evidenciado no grupo de jovens 77,7% e em 66,7% do grupo de idosos. Registou-se uma carga tabágica elevada nos dois grupos 36,4 UMA e 26,8 UMA respectivamente no GI e GJ. Não se identificaram hábitos tabágicos no sexo feminino. Predominaram os carcinomas de não pequenas células em ambos os grupos sendo a variante epidermóide mais frequente nos homens do grupo de idosos. Nas mulheres o tipo de neoplasia mais frequente foi o adenocarcinoma que esteve presente em 100% dos casos. O carcinoma de células pequenas ocorreu em 11,1% no GJ e 12,1% no grupo de idosos. Em ambos os grupos, géneros e tipos histológicos predominaram os estádios avançados não passíveis de terapêuticas potencialmente curativas. Verificou-se uma demora média de diagnóstico superior no grupo de adultos jovens (7±5,84 meses) comparativamente ao grupo de idosos (4±2,87meses). Dentro do grupo dos idosos a demora média de diagnóstico foi menor no sexo feminino. Em termos de sobrevida esta foi superior no grupo de idosos (11,7±9,56meses) do que no grupo jovem (10,9±9,56 meses). Dentro do grupo de idosos as mulheres apresentaram melhor sobrevida: (12,2±8,53 meses versus 11,5±10,09 meses nos homens do mesmo grupo) Conclusão: • A idade é um factor de risco bem documentado de cancro do pulmão, considerando diferença significativa na representatividade de elementos em grupos extremos. O grupo jovem e o grupo de idosos estudados representam respectivamente 6,7% e 30,4% do global de doentes com seguimento no período considerado. • No nosso estudo encontraram-se diferenças acentuadas nas variáveis analisadas em relação aos dois grupos (jovens versus idosos) já bem documentados na literatura. Não se verificou significado estatístico para a maioria das variáveis o que se deve ao reduzido numero de elementos da amostra sobretudo do grupo jovem. • A caracterização da amostra e os achados nos dois grupos distanciados por duas décadas permitiu conhecer algumas particularidades da população da região que podem justificar a não concordância com alguns dados da literatura, devido a factores ligados ao género, que determinam padrões de comportamento condicionados pela sociedade e cultura envolvente de uma população envelhecida diferente de populações de predomínio urbano. • A investigação em pequenas unidades regionais reveste-se de interesse não pelo significado estatístico de variáveis, que geralmente são bem evidentes nos grandes estudos da literatura, mas pelo conhecimento de amostras com características inerentes a uma região, determinadas por padrões de comportamento condicionados pela sociedade e cultura envolventes. Este conhecimento é fundamental na compreensão da nossa realidade comparada com achados por vezes discrepantes da literatura, sobretudo em doenças onde a predisposição genética interaja como ambiente como no cancro do pulmão.The increased incidence of lung cancer (0.5% per year) 2,5 occurs in parallel with the increase of tobacco consumption, 2-4,7 although the increasingly aging population is also an important factor.1 There are aspects of young patients with lung cancer that differ from the elderly: increased incidence in women, increased incidence of adenocarcinomas and worse prognosis. 21 In a recent article by Sarah Payne, «Smoke like a man, die like a man?: A review of the relationship between gender, sex and lung cancer», the author considers that the specificity inherent in the female comes with factors related to sex (differences influenced by hormonal biological changes) and factors related to gender, or patterns of behavior conditioned by the society and the surrounding culture. 15 General objective: • To investigate the effect of aging on clinical and socio-demographic variables in two age groups of patients defined as extreme in a sample of patients with lung cancer followed by the Oncology Unit of Hospital Sousa Martins, a period from 1 January 2003 to 31 December 2008 aged ≤ 55 years and ≥ 75, taking into consideration the local population and their living habits. Material and methods: A retrospective study of patients clinical charts, selected according to criteria of inclusion and exclusion in two groups: young (age ≤ 55 years - GJ) and elderly (age ≥ 75 years - GI). Results: In the period considered 135 patients were followed with the diagnosis of lung cancer of which, 24.4% (33) were female and 75.5% (102) male. The young and the elderly group studied represent respectively, 6.7% and 30.4% of the overall patients in the follow-up period considered. There was a predominance of male patients in the elderly group, while the younger was only constituted by males. Tobacco was an evident risk factor in the younger group 77.7% and in 66.7% of the elderly group. There was a high smoking load in both GI and GJ, 36.4 UMA and 26.8 UMA respectively. No smoking habits were identified in females. The non-small cell carcinomas were more prevalent in both groups, being the epidermoid variant most common in the men of the elderly group. In women the most common type of malignancy was adenocarcinoma that was present in 100% of cases. The small cell carcinoma occurred in 11.1% of the GJ and 12.1% of the GI. In both groups, gender and histological types were more predominate in the advanced stages of non-potentially curative therapies. There was an average delay of diagnosis higher in the group of young adults (7±5.84 months) compared to the elderly group (4±2.87 months). Within the group of the elderly the average delay of diagnosis was lower in females. In terms of survival, it was higher in the elderly group (11.7±9.56 months) than in the young group (10.9±9.56 months). Within the elderly group the women showed better survival: (12.2 ± 8.53 months versus 11.5 ± 10.09 months in males of the same group). Conclusion: • Age is a well documented risk factor for lung cancer, considering differences in representation of elements in extreme groups. The group of elderly couple and the group studied represent respectively 6.7% and 30.4% of overall patients with follow-up period considered. • In our study we found marked differences in the variables analyzed in the two groups (young versus elderly) already well documented in the literature. There was no statistical significance for most variables; this is due to the reduced numbers of elements in the sample, mainly in the young group. • The characterization of the sample and the findings in the two groups (apart by two decades) helped to identify some particularities of the region's population that can justify the disagreement with some data in the literature, due to factors related to gender, that determine patterns of behavior conditioned by society and culture involved in an aging population, different to predominantly urban populations. • Research on small regional units is of interest, not for the statistical significance of variables, which in the literature are evident in larger studies, but for the knowledge of samples with characteristics of a region, determined by patterns of behavior conditioned by society, culture and surroundings. This knowledge is fundamental to our understanding of reality compared with sometimes divergent findings in the literature, especially in the diseases where genetic predisposition interacts with the environment such as lung cancer.Universidade da Beira InteriorLuis, Maria Filomena Simão FernandesuBibliorumMoreira, Mariana Marinho2013-02-01T10:57:04Z2009-062009-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/986porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:24Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/986Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:56.511530Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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