Aceitabilidade e preferências de mulheres sobreviventes de cancro da mama relativamente a programas de reabilitação cognitiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Loureiro, Liliana Magalhães
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/39633
Resumo: O cancro de mama é um dos mais frequentes tipos de cancro a ser diagnosticado no mundo. Em Portugal, desde 2018, não é o mais letal, no entanto é um dos mais incidentes, sendo primordial considerar a qualidade de vida nos sobreviventes. Os sobreviventes de cancro de mama, frequentemente apresentam alterações cognitivas, designadas na literatura de “comprometimento cognitivo relacionado com o cancro” (CRCI). Essas alterações têm um impacto significativo na sua qualidade de vida. Estudos indicam que a reabilitação cognitiva (RC) é eficaz para minimizar o CRCI. Assim o presente estudo, de natureza descritiva e inferencial, teve como objetivo principal explorar a aceitabilidade e as preferências em relação aos programas de RC por sobreviventes de cancro da mama. As variáveis relevantes para este objetivo foram exploradas comparando os grupos de sobreviventes de curta e longa duração. A amostra do presente estudo transversal foi constituída por 120 mulheres com diagnóstico de cancro da mama, com idades compreendidas entre 29-63 anos e média 47.08 (DP=7.8). Em relação aos grupos, a amostra de sobreviventes de curta duração foi constituída por 84 participantes, enquanto o grupo de sobreviventes de longa duração foi constituído por 36 participantes. As participantes foram recrutadas online e questionadas acerca de informações clínicas, conhecimento pré-existente e acesso a suporte para lidar com o CRCI, barreiras e facilitadores para participar em programas de RC e aceitabilidade aos mesmos. Também se avaliou o funcionamento cognitivo percebido através do Functional Assessment of Cancer Therapy- FACT-Cog e a sintomatologia depressiva e ansiogénica através da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar- HADS. Para 78.9% das sobreviventes, as alterações cognitivas estão “totalmente/muito relacionadas” com o diagnóstico/tratamento(s) para o cancro, mas 38.8% consideram estar “pouco/nada” familiarizadas com as queixas. Apenas 11.4% recebem/receberam apoio para lidar com as dificuldades, e o principal apoio recebido foi o acompanhamento psicológico. O principal motivo para não frequentarem nenhuma intervenção é a falta de informação acerca da sua existência ou de como usufruir destes programas. 61.5% consideram receber RC, apontando “lidar melhor com as queixas” e o “autocuidado” como principais motivadores e o desconhecimento/falta de informação como barreiras. Os resultados deste estudo apoiam a aceitabilidade dos sobreviventes em relação aos programas de RC e fornecem informações que podem apoiar os profissionais de saúde e investigadores no desenvolvimento de intervenções que aumentem a adesão a esses programas.
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As variáveis relevantes para este objetivo foram exploradas comparando os grupos de sobreviventes de curta e longa duração. A amostra do presente estudo transversal foi constituída por 120 mulheres com diagnóstico de cancro da mama, com idades compreendidas entre 29-63 anos e média 47.08 (DP=7.8). Em relação aos grupos, a amostra de sobreviventes de curta duração foi constituída por 84 participantes, enquanto o grupo de sobreviventes de longa duração foi constituído por 36 participantes. As participantes foram recrutadas online e questionadas acerca de informações clínicas, conhecimento pré-existente e acesso a suporte para lidar com o CRCI, barreiras e facilitadores para participar em programas de RC e aceitabilidade aos mesmos. Também se avaliou o funcionamento cognitivo percebido através do Functional Assessment of Cancer Therapy- FACT-Cog e a sintomatologia depressiva e ansiogénica através da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar- HADS. Para 78.9% das sobreviventes, as alterações cognitivas estão “totalmente/muito relacionadas” com o diagnóstico/tratamento(s) para o cancro, mas 38.8% consideram estar “pouco/nada” familiarizadas com as queixas. Apenas 11.4% recebem/receberam apoio para lidar com as dificuldades, e o principal apoio recebido foi o acompanhamento psicológico. O principal motivo para não frequentarem nenhuma intervenção é a falta de informação acerca da sua existência ou de como usufruir destes programas. 61.5% consideram receber RC, apontando “lidar melhor com as queixas” e o “autocuidado” como principais motivadores e o desconhecimento/falta de informação como barreiras. Os resultados deste estudo apoiam a aceitabilidade dos sobreviventes em relação aos programas de RC e fornecem informações que podem apoiar os profissionais de saúde e investigadores no desenvolvimento de intervenções que aumentem a adesão a esses programas.Breast cancer is one of the most common types of cancer that have ever been projected in the world. In Portugal, since 2018, it is not the most lethal, however it is one of the most incidents, and it is essential to consider the quality of life of survivors. Breast cancer survivors often had cognitive impairments, designated in the literature as “cancer-related cognitive impairment” (CRCI). These changes have a significant impact on your quality of life. Studies indicate that cognitive rehabilitation (CR) is effective in minimizing CRCI. Thus, the present study, of a descriptive and inferential nature, had as its main objective to explore the acceptability and drugs in relation to CR programs by breast cancer survivors. Relevant variables for this purpose were explored by comparing short-term and long-term survivor groups. The sample of the present cross-sectional study was composed of 120 women diagnosed with breast cancer, aged between 29-63 years and mean 47.08 (SD=7.8). Regarding the groups, a sample of short-term survivors consisted of 84 participants, while the group of long-term survivors consisted of 36 participants. Participants were recruited online and asked about clinical information, pre-existing knowledge and access to support in dealing with CRCI, barriers and facilitators to participating in CR programs and acceptability to them. Perceived cognitive functioning was also evaluated using the Functional Assessment of Cancer Therapy - FACT-Cog and depressive and anxiogenic symptoms using the Hospital Anxiety and Depression Scale - HADS. For 78.9% of survivors, cognitive changes are “totally/very related” to the diagnosis/treatment(s) for cancer, but 38.8% consider themselves to be “little/not at all” familiar with the complaints. Only 11.4% receive/received support to deal with difficulties, and the main support received was psychological support. The main reason for not attending any intervention is the lack of information about its existence or how to take advantage of these programs. 61.5% consider receiving CR, aspire to “deal better with complaints” and “self-care” as the main motivators and ignorance/lack of information as barriers. The results of this study support survivors' acceptability of CR programs and provide information that can support health professionals and researchers in developing interventions that increase adherence to these programs.2025-07-11T00:00:00Z2023-07-07T00:00:00Z2023-07-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/39633porLoureiro, Liliana Magalhãesinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:17:28Zoai:ria.ua.pt:10773/39633Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:09:47.274773Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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