Direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e exploração da floresta amazônica : análise à luz da Constituição brasileira e do direito internacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/49431 |
Resumo: | O presente estudo discute os possíveis limites impostos pelo direito humano fundamental ao meio ambiente saudável para exploração econômica da floresta amazônica, à luz da Constituição brasileira e do Direito Internacional. A Amazônia é de significativa importância para o equilíbrio ecológico do Brasil e do mundo. Considerando a importância da floresta para garantia do direito ao meio ambiente e ainda o fato de 60% dela estar em território brasileiro, esta dissertação busca, à luz da Constituição brasileira e do Direito Internacional, verificar as balizas para exploração econômica da Amazônia, sob o prisma do direito humano fundamental ao meio ambiente saudável. Utiliza-se como fonte de consulta obras doutrinárias, artigos científicos, documentos, textos normativos e ainda análise jurisprudencial. Como conclusão, à luz da Constituição brasileira, possivelmente é no princípio do desenvolvimento sustentável que se encontram as balizas para exploração econômica da floresta. Já no âmbito externo, a lógica mostrou-se diversa, pois o atual estágio do Direito Internacional não nos permite afirmar que existe um direito autônomo ao meio ambiente saudável, capaz de responsabilizar os Estados em caso de violação. Assim sendo, acaba que no âmbito internacional, possivelmente o limite está na obrigação de não causar danos a outros Estados-nação. Porém, como este regramento oferece alguns óbices para aplicação efetiva, a combinação dele com as normas de direitos humanos talvez possa ter maior força e possibilitar melhor resposta aos danos provocados à floresta. Completando a análise do Direito Internacional, discutiu-se o interesse internacional na floresta e alguns dos desdobramentos deste interesse em debates no campo da soberania brasileira sobre ela, concluindo que, no atual contexto, a alternativa mais viável para proteção da Amazônia gravita em torno da necessidade de convergência entre as estruturas legais e institucionais nacionais, apoio e cooperação internacional. |
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Utiliza-se como fonte de consulta obras doutrinárias, artigos científicos, documentos, textos normativos e ainda análise jurisprudencial. Como conclusão, à luz da Constituição brasileira, possivelmente é no princípio do desenvolvimento sustentável que se encontram as balizas para exploração econômica da floresta. Já no âmbito externo, a lógica mostrou-se diversa, pois o atual estágio do Direito Internacional não nos permite afirmar que existe um direito autônomo ao meio ambiente saudável, capaz de responsabilizar os Estados em caso de violação. Assim sendo, acaba que no âmbito internacional, possivelmente o limite está na obrigação de não causar danos a outros Estados-nação. Porém, como este regramento oferece alguns óbices para aplicação efetiva, a combinação dele com as normas de direitos humanos talvez possa ter maior força e possibilitar melhor resposta aos danos provocados à floresta. Completando a análise do Direito Internacional, discutiu-se o interesse internacional na floresta e alguns dos desdobramentos deste interesse em debates no campo da soberania brasileira sobre ela, concluindo que, no atual contexto, a alternativa mais viável para proteção da Amazônia gravita em torno da necessidade de convergência entre as estruturas legais e institucionais nacionais, apoio e cooperação internacional.This study discusses the possible limits imposed by the fundamental human right to a healthy environment for economic exploitation of the Amazon rainforest, in the light of the Brazilian Constitution and International Law. The Amazon is of significant importance for the ecological balance of Brazil and the world. Considering the importance of the forest to guarantee the right to the environment and the fact that 60% of it is in Brazilian territory, this dissertation seeks, in the light of the Brazilian Constitution and International Law, to verify the beacons for economic exploration of the Amazon, under the prism of the fundamental human right to a healthy environment. Doctrinal works, scientific articles, documents, normative texts and jurisprudential analysis are used as a source of consultation. As a conclusion, in light of the Brazilian Constitution, it is possibly at the beginning of sustainable development that the goals for economic exploitation of the forest are found. At the external level, the logic was different, since the current stage of international law does not allow us to affirm that there is an autonomous right to a healthy environment, capable of holding States accountable in the event of violation. Thus, it turns out that at the international level, the limit is possibly the obligation not to cause damage to other nation-states. However, as this rule offers some obstacles for effective application, the combination of it with human rights standards may be more powerful and provide a better response to the damage caused to the forest. Completing the analysis of International Law, the international interest in the forest was discussed and some of the consequences of this interest in debates in the field of Brazilian sovereignty over it, concluding that, in the current context, the most viable alternative for protecting the Amazon gravitates around the need for convergence between national legal and institutional structures, support and international cooperation.Martins, Ana Maria GuerraRepositório da Universidade de LisboaBatista, Elizangela Divina Dias2021-09-07T09:37:21Z2021-05-122021-05-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/49431porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:53:13Zoai:repositorio.ul.pt:10451/49431Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:01:04.640684Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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