Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11328/2074 |
Resumo: | Contextualizamos em breve referência a evolução cronológica da cultura castreja da Idade do Ferro, do noroeste peninsular, bem como a dos balneários-sauna. Estes são monumentos com forno, do tipo construção hipogeia, com uma arquitetura original, complexa e, apesar de possuírem alguma uniformidade construtiva, apresentam uma variedade arquitetónica significativa, associada provavelmente a diversos modelos termais. São conhecidos cerca de três dezenas, distribuídos por uma área geográfica que abrange o norte da Galiza e Astúrias e que se prolonga até à margem sul do rio Douro. A arquitetura complexa destes monumentos organiza-se estruturalmente de forma a possibilitar banhos de água fria e banhos de tipo sauna, efetuados através da produção do vapor, sendo compostos por um átrio e uma antecâmara, ao ar livre e uma câmara e uma fornalha hipogeia, ambas cobertas. As duas áreas são divididas por uma estela tectiforme, monolítica, normalmente ornamentada, que separa uma zona da outra permitindo a entrada por uma pequena abertura em semicírculo – a pedra formosa. A sua funcionalidade gerou, ao longo dos tempos, diversas publicações fruto da grande diversidade interpretativa, sendo a função balnear a mais consensual. Contudo, o papel simbólico que teriam no seio da sociedade da Idade do Ferro permanece envolto em grande misticismo, associado ao culto das águas e à sacralidade do banho purificador medicinal potenciando ainda diversa investigação. Estes monumentos, sem dúvida, os mais antigos balneários desta área geográfica, percursores do termalismo actual, possuem, um grande potencial turístico que urge desenvolver pelo que sugerimos a criação de um roteiro turístico-cultural. |
id |
RCAP_a37191962dc5c91b4720f6506fac8b4d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.upt.pt:11328/2074 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turísticoBalneários castrejosIron Age “castrejos” saunaPedras formosasSimbolismoPotencial turísticoPedra formosa (beautiful stone)SymbolismTourist potentialContextualizamos em breve referência a evolução cronológica da cultura castreja da Idade do Ferro, do noroeste peninsular, bem como a dos balneários-sauna. Estes são monumentos com forno, do tipo construção hipogeia, com uma arquitetura original, complexa e, apesar de possuírem alguma uniformidade construtiva, apresentam uma variedade arquitetónica significativa, associada provavelmente a diversos modelos termais. São conhecidos cerca de três dezenas, distribuídos por uma área geográfica que abrange o norte da Galiza e Astúrias e que se prolonga até à margem sul do rio Douro. A arquitetura complexa destes monumentos organiza-se estruturalmente de forma a possibilitar banhos de água fria e banhos de tipo sauna, efetuados através da produção do vapor, sendo compostos por um átrio e uma antecâmara, ao ar livre e uma câmara e uma fornalha hipogeia, ambas cobertas. As duas áreas são divididas por uma estela tectiforme, monolítica, normalmente ornamentada, que separa uma zona da outra permitindo a entrada por uma pequena abertura em semicírculo – a pedra formosa. A sua funcionalidade gerou, ao longo dos tempos, diversas publicações fruto da grande diversidade interpretativa, sendo a função balnear a mais consensual. Contudo, o papel simbólico que teriam no seio da sociedade da Idade do Ferro permanece envolto em grande misticismo, associado ao culto das águas e à sacralidade do banho purificador medicinal potenciando ainda diversa investigação. Estes monumentos, sem dúvida, os mais antigos balneários desta área geográfica, percursores do termalismo actual, possuem, um grande potencial turístico que urge desenvolver pelo que sugerimos a criação de um roteiro turístico-cultural.We will briefly outline the chronological evolution of the hill fort Iron Age of the northeastern peninsular, as well as the sauna resorts. These are monuments with an oven, hypogea construction type, with a unique, complex architecture; despite having some constructive uniformity, present a significant architectural variety also associated, probably, with various thermal models. There are about three dozen known saunas spread over the northwest peninsular, a geographical area covering the north of Galicia and Asturias and extending to the south of the Douro River. The complex architecture of these monuments is structurally organized to allow cold water baths and sauna baths made by steam production, being composed by an outdoor atrium and an antechamber and an indoor camera and a hypogea oven. The two areas are divided by a tectiforme stele, monolithic, usually ornamented, and that separates one area from the other, allowing entry through a small opening in a semicircle, known as beautiful stone. The functionality of these monuments has generated, through the ages, several publications resulting from a great interpretive diversity, being the most consensual sauna function at present. However, the symbolic role they would have in the Iron Age society of the peninsular Northwest remains enveloped in mysticism, associated with the worship of the waters and the sanctity of the medicinal purifying bath, while also promoting various research. These monuments, undoubtedly the most ancient resorts of this geographical area, precursors of the current thermal baths, still have a great tourist potential that is urgent to develop, so we suggest the creation a touristic-cultural itinerary.2018-01-22T12:26:55Z2018-01-222017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfSilva, M. F. M. (2017). Os primórdios do termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico. Tourism and Hospitality International Journal, 9(2), 4-28. Disponível no Repositório UPT, http://hdl.handle.net/11328/2074http://hdl.handle.net/11328/2074Silva, M. F. M. (2017). Os primórdios do termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico. Tourism and Hospitality International Journal, 9(2), 4-28. Disponível no Repositório UPT, http://hdl.handle.net/11328/2074http://hdl.handle.net/11328/2074porSilva, Fátima Matosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-07-04T02:35:49Zoai:repositorio.upt.pt:11328/2074Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-07-04T02:35:49Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
title |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
spellingShingle |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico Silva, Fátima Matos Balneários castrejos Iron Age “castrejos” sauna Pedras formosas Simbolismo Potencial turístico Pedra formosa (beautiful stone) Symbolism Tourist potential |
title_short |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
title_full |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
title_fullStr |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
title_full_unstemmed |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
title_sort |
Os primórdios do Termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico |
author |
Silva, Fátima Matos |
author_facet |
Silva, Fátima Matos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Fátima Matos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Balneários castrejos Iron Age “castrejos” sauna Pedras formosas Simbolismo Potencial turístico Pedra formosa (beautiful stone) Symbolism Tourist potential |
topic |
Balneários castrejos Iron Age “castrejos” sauna Pedras formosas Simbolismo Potencial turístico Pedra formosa (beautiful stone) Symbolism Tourist potential |
description |
Contextualizamos em breve referência a evolução cronológica da cultura castreja da Idade do Ferro, do noroeste peninsular, bem como a dos balneários-sauna. Estes são monumentos com forno, do tipo construção hipogeia, com uma arquitetura original, complexa e, apesar de possuírem alguma uniformidade construtiva, apresentam uma variedade arquitetónica significativa, associada provavelmente a diversos modelos termais. São conhecidos cerca de três dezenas, distribuídos por uma área geográfica que abrange o norte da Galiza e Astúrias e que se prolonga até à margem sul do rio Douro. A arquitetura complexa destes monumentos organiza-se estruturalmente de forma a possibilitar banhos de água fria e banhos de tipo sauna, efetuados através da produção do vapor, sendo compostos por um átrio e uma antecâmara, ao ar livre e uma câmara e uma fornalha hipogeia, ambas cobertas. As duas áreas são divididas por uma estela tectiforme, monolítica, normalmente ornamentada, que separa uma zona da outra permitindo a entrada por uma pequena abertura em semicírculo – a pedra formosa. A sua funcionalidade gerou, ao longo dos tempos, diversas publicações fruto da grande diversidade interpretativa, sendo a função balnear a mais consensual. Contudo, o papel simbólico que teriam no seio da sociedade da Idade do Ferro permanece envolto em grande misticismo, associado ao culto das águas e à sacralidade do banho purificador medicinal potenciando ainda diversa investigação. Estes monumentos, sem dúvida, os mais antigos balneários desta área geográfica, percursores do termalismo actual, possuem, um grande potencial turístico que urge desenvolver pelo que sugerimos a criação de um roteiro turístico-cultural. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-01-01T00:00:00Z 2018-01-22T12:26:55Z 2018-01-22 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
Silva, M. F. M. (2017). Os primórdios do termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico. Tourism and Hospitality International Journal, 9(2), 4-28. Disponível no Repositório UPT, http://hdl.handle.net/11328/2074 http://hdl.handle.net/11328/2074 Silva, M. F. M. (2017). Os primórdios do termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico. Tourism and Hospitality International Journal, 9(2), 4-28. Disponível no Repositório UPT, http://hdl.handle.net/11328/2074 http://hdl.handle.net/11328/2074 |
identifier_str_mv |
Silva, M. F. M. (2017). Os primórdios do termalismo: Os balneários castrejos e o seu potencial turístico. Tourism and Hospitality International Journal, 9(2), 4-28. Disponível no Repositório UPT, http://hdl.handle.net/11328/2074 |
url |
http://hdl.handle.net/11328/2074 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
mluisa.alvim@gmail.com |
_version_ |
1817546187680514048 |