Vinculação aos pais, narcisismo e regulação emocional em jovens adultos: papel da empatia e do autocontrolo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11646 |
Resumo: | Bowlby destaca a teoria da vinculação, dando relevância à propensão dos seres humanos em estabelecer fortes vínculos afetivos com as figuras cuidadoras. A ausência de qualidade na relação com figuras significativas pode potenciar em jovens adultos uma vinculação insegura que se pode traduzir em dificuldades na regulação emocional e no desenvolvimento de perturbações de personalidade, nomeadamente de traços narcísicos. O presente estudo pretende analisar o papel da vinculação aos pais na regulação emocional e no desenvolvimento do narcisismo em jovens adultos. A amostra foi constituída por 407 jovens adultos com idades compreendidas entre os 18 e os 25 anos (M = 20.90; DP = 2.32). Recorreu-se a instrumentos de autorrelato, nomeadamente o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM), a Narcissistic Gradiosity Scale (NGS) e a Affect Regulation Checklist (ARC). Os resultados sugerem associações positivas e significativas entre a qualidade do laço emocional estabelecida com ambas as figuras parentais e o narcisismo. Verificaram-se associações negativas e significativas entre a inibição de exploração e individualidade e o narcisismo e entre a qualidade do laço emocional e a falta de controlo e supressão. O sexo masculino evidencia níveis superiores de narcisismo comparativamente ao sexo feminino, assim como indivíduos com 18-19 anos em comparação a jovens mais velhos. Os resultados evidenciam que a qualidade do laço emocional em relação à mãe desempenha um papel positivo no desenvolvimento do narcisismo e um papel negativo na supressão das emoções em jovens adultos. Os dados serão discutidos à luz da teoria da vinculação, destacando a relevância das relações afetivas com os pais no desenvolvimento de traços narcísicos e da regulação emocional. |
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