Caraterização e determinantes das altas hospitalares proteladas por incapacidade de transferência em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Alexandre José Lourenço
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/119190
Resumo: RESUMO - Introdução: O protelamento de altas é um fenómeno identificado desde os anos 50 do século passado, com efeitos conhecidos sobre a deterioração do estado de saúde dos doentes, e implicações para o funcionamento do sistema de saúde, acarretando custos sociais e económicos elevados. Este estudo tem como objetivo estudar a sua dimensão e determinantes para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Metodologia: Os dados resultam de um inquérito aplicado aos hospitais do SNS em quatro anos distintos. A análise incide sobre as diferenças entre regiões e caraterísticas dos hospitais através de análise univariada, e verificação de variáveis explicativas através de dados de painel e regressão linear múltipla. Resultados: Foram observados 3912 internamentos e 303 180 dias de internamento após alta clínica para os quatro anos em análise, correspondendo a 6,7% dos doentes internados e uma duração média de 77,5 dias. Cerca de três quartos dos doentes têm mais de 65 anos. A maior causa de protelamento corresponde a aguardar admissão na rede nacional de cuidados continuados (RNCCI) (58%). Contudo, as durações de internamento mais extensas devem- se a falta de resposta de familiar/cuidador (29,8%). Os hospitais gerais de maior diferenciação apresentam durações de internamento mais elevadas, tal como os hospitais com mais de 600 camas. A oferta de camas na RNCCI influencia positivamente o número de altas, mas reduz a sua duração média. Discussão/Conclusões: O estudo aponta para pistas concretas sobre diferenças regionais e determinantes que influenciam o protelamento de altas. Os dados apurados permitam apoiar a definição de políticas de saúde e priorização de medidas.
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