Da rave ao neo-ritual multimédia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simão, Emília
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Magalhães, Sérgio, Silva, Armando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.15316
Resumo: Esta comunicação insere-se no âmbito de uma investigação enquadrada tendo por base a comunicação multimédia e as ciências da informação e da comunicação, contextualizada no fenómeno das aglomerações neotribais associadas à cultura da música eletrónica. O aparecimento de movimentos culturais alternativos dos finais do séc.XX, alguns dos quais associados à cultura rave originaram a emergência de vários géneros musicais alternativos, como é o caso do Psy Trance (Transe Psicadélico). O fenómeno do Transe Psicadélico traz consigo eventos de contornos neo-rituais simultaneamente arcaicos e futuristas, em que as novas tecnologias multimédia assumem um papel fundamental enquanto criadoras e mediadoras de realidades paralelas. Através de uma pesquisa essencialmente qualitativa baseada em revisão de literatura, entrevistas a painel de peritos do universo da cultura Transe, e observação participante em vários eventos de referência, foram tiradas algumas conclusões que conferem às novas tecnologias e à comunicação multimédia um papel estratégico. Apesar da música eletrónica ser o elemento central desse universo, o próprio contexto onde esta se consome foi sendo aliado a novos conceitos estéticos através da comunicação multimédia. Estes elementos exclusivamente concebidos e mediados por computador funcionam assim como um todo concebido para despertar experiências e sensações, ao reforçar a intenção dos sujeitos nesse sentido. A comunicação multimédia, enquanto promotora de experiências multisensoriais, pode potenciar experiências psicadélicas transversalmente pela experiência multimédia, associadas à assimilação das sonoridades específicas deste estilo musical, em simultâneo com imagens projetadas em consonância com as variações rítmicas da música. Alguns DJ´s (Disc Jockeys) e VJ´s (Vídeo Jockeys) assumem-se metaforicamente como xamãs pósmodernos, ao proporcionarem a indução de estados de consciência alternativos (de transe) aos participantes no neo-ritual. Através da multimédia, eles comunicam com o público no limiar da manipulação. Considerando o xamanismo uma técnica arcaica do êxtase, explorasse neste trabalho a viabilidade de considerar o papel da multimédia como uma técnica pós-moderna do êxtase neste tipo de cenários, criados especialmente para remeter para mundos imaginários e realidades alternativas.
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