Otite média com efusão no 1º mês de vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/836 |
Resumo: | Introdução: a otite média com efusão é uma patologia muito comum na infância, sendo a causa mais frequente de hipoacúsia nas crianças. O rastreio sistemático em recém‐nascidos poderá contribuir para prevenir as suas repercussões tardias sobre a audição. Um dos métodos de diagnóstico de otite média com efusão é a timpanometria, exame que pode ser integrado no rastreio auditivo neonatal universal. Objectivos: estimar a prevalência de otite média com efusão em recém‐nascido no primeiro mês de vida, determinar a curva timpanométrica mais frequente em recémnascidos e verificar se existem diferenças de prevalência entre sexos e nos ouvidos direito e esquerdo. Material e métodos: estudo prospectivo sequencial de todos os recém‐nascidos submetidos ao rastreio auditivo neonatal universal no Hospital Amato Lusitano, Castelo Branco, entre os dias 23 de Outubro de 2009 e 26 de Janeiro de 2010. Avaliaram‐se 2 grupos de crianças: grupo A composto por 86 timpanogramas de 47 recém‐nascidos com idades compreendidas entre 1 e 29 dias, e grupo B composto por 27 timpanogramas de 14 lactentes com idades compreendidas entre 38 e 95 dias. A timpanometria foi efectuada com o impedanciómetro MADSEN Zodiac 901 Middle‐Ear Analyzer (GN Otometrics, Traastrup, Dinamarca), com uma sonda de 226 Hz de frequência. Resultados: no grupo A, a prevalência de otite média com efusão avaliada pela curva timpanométrica de tipo B foi de 12,8% (intervalo de confiança 95%: 5,7–19,9%). No grupo B, a prevalência foi de 7,4% (intervalo de confiança 95%: 0–17,3%). A prevalência da otite média com efusão em ouvidos de lactentes do grupo A e B não foi estatisticamente diferente (p=0,73). Também não se observaram diferenças estatisticamente significativas na prevalência de otite média com efusão entre sexos (p=0,15), nem entre o ouvido direito e o ouvido esquerdo (p=0,75). A curva timpanométrica mais frequentemente observada nos recém‐nascidos e lactentes incluídos neste estudo foi a de tipo A. Conclusão: a otite média com efusão é uma patologia frequente em lactentes, com uma prevalência de 12,8% nos recém‐nascidos. A timpanometria pode ser aliada ao rastreio auditivo neonatal universal. Os resultados deste estudo carecem de confirmação e validação prospectiva. |
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Otite média com efusão no 1º mês de vidaOtite média com efusão - Recém-nascidosTimpanometria - Recém-nascidosOtite média com efusão - LactentesIntrodução: a otite média com efusão é uma patologia muito comum na infância, sendo a causa mais frequente de hipoacúsia nas crianças. O rastreio sistemático em recém‐nascidos poderá contribuir para prevenir as suas repercussões tardias sobre a audição. Um dos métodos de diagnóstico de otite média com efusão é a timpanometria, exame que pode ser integrado no rastreio auditivo neonatal universal. Objectivos: estimar a prevalência de otite média com efusão em recém‐nascido no primeiro mês de vida, determinar a curva timpanométrica mais frequente em recémnascidos e verificar se existem diferenças de prevalência entre sexos e nos ouvidos direito e esquerdo. Material e métodos: estudo prospectivo sequencial de todos os recém‐nascidos submetidos ao rastreio auditivo neonatal universal no Hospital Amato Lusitano, Castelo Branco, entre os dias 23 de Outubro de 2009 e 26 de Janeiro de 2010. Avaliaram‐se 2 grupos de crianças: grupo A composto por 86 timpanogramas de 47 recém‐nascidos com idades compreendidas entre 1 e 29 dias, e grupo B composto por 27 timpanogramas de 14 lactentes com idades compreendidas entre 38 e 95 dias. A timpanometria foi efectuada com o impedanciómetro MADSEN Zodiac 901 Middle‐Ear Analyzer (GN Otometrics, Traastrup, Dinamarca), com uma sonda de 226 Hz de frequência. Resultados: no grupo A, a prevalência de otite média com efusão avaliada pela curva timpanométrica de tipo B foi de 12,8% (intervalo de confiança 95%: 5,7–19,9%). No grupo B, a prevalência foi de 7,4% (intervalo de confiança 95%: 0–17,3%). A prevalência da otite média com efusão em ouvidos de lactentes do grupo A e B não foi estatisticamente diferente (p=0,73). Também não se observaram diferenças estatisticamente significativas na prevalência de otite média com efusão entre sexos (p=0,15), nem entre o ouvido direito e o ouvido esquerdo (p=0,75). A curva timpanométrica mais frequentemente observada nos recém‐nascidos e lactentes incluídos neste estudo foi a de tipo A. Conclusão: a otite média com efusão é uma patologia frequente em lactentes, com uma prevalência de 12,8% nos recém‐nascidos. A timpanometria pode ser aliada ao rastreio auditivo neonatal universal. Os resultados deste estudo carecem de confirmação e validação prospectiva.Introduction: Otitis media with effusion is a very prevalent disease in childhood, being one of the most frequent causes of hearing loss in children. It is thought that the systematic screening of the newborn may contribute to the prevention of its late auditory complications. One of the diagnostic methods of otitis media with effusion is tympanometry, an exam which may be integrated in the universal neonatal hearing screening. Objectives: to estimate the prevalence of otitis media with effusion in the newborn during the first month of life, to determine the most frequent tympanometric curve in newborns and to verify the existence or absence of differences in the prevalence between genders and between the right and left ear. Materials and Methods: sequential prospective study of all newborns submitted to the universal neonatal hearing screening at the Amato Lusitano Hospital, Castelo Branco, between October 23rd 2009 and January 26th 2010. Two groups of children were evaluated: group A comprised of 86 tympanograms of 47 newborns between the ages of 1 and 29 days; and group B, consisting of 27 tympanograms of 14 infants with ages between 38 and 95 days. Tympanometry was performed with a MADSEN Zodiac 901 Middle‐Ear Analyzer (GN Otometrics, Traastrup, Denmark), which uses a probe‐ tone frequency of 226 Hz. Results: the prevalence of otitis media with effusion evaluated in group A based on the type B tympanometric curve was 12.3% (95% confidence interval: 5.7‐19.9%). In group B, a prevalence of 7.4% (95% confidence interval: 0‐17.3%) was found. The prevalence of otitis media with effusion in the ears of infants belonging to groups A and B was not statistically different (p=0.73). Furthermore, no statistical differences were observed with respect to the prevalence of otitis media with effusion between genders (p=0.15), or between the left and right ear (p=0.75). The type A tympanometric curve was the most frequently observed in the newborns and infants included in this study. Conclusion: otitis media with effusion is a frequent finding in infants, with a prevalence of 12.8% in newborns. It might be useful to combine tympanometry with universal neonatal hearing screening. The results of this study lack prospective confirmation and validation.Universidade da Beira InteriorBarros, Mário Aníbal Beato de OliveirauBibliorumOliveira, Inês Fontoura de2012-12-12T17:30:42Z2010-062010-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/836porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:12Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/836Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:49.689974Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: a otite média com efusão é uma patologia muito comum na infância, sendo a causa mais frequente de hipoacúsia nas crianças. O rastreio sistemático em recém‐nascidos poderá contribuir para prevenir as suas repercussões tardias sobre a audição. Um dos métodos de diagnóstico de otite média com efusão é a timpanometria, exame que pode ser integrado no rastreio auditivo neonatal universal. Objectivos: estimar a prevalência de otite média com efusão em recém‐nascido no primeiro mês de vida, determinar a curva timpanométrica mais frequente em recémnascidos e verificar se existem diferenças de prevalência entre sexos e nos ouvidos direito e esquerdo. Material e métodos: estudo prospectivo sequencial de todos os recém‐nascidos submetidos ao rastreio auditivo neonatal universal no Hospital Amato Lusitano, Castelo Branco, entre os dias 23 de Outubro de 2009 e 26 de Janeiro de 2010. Avaliaram‐se 2 grupos de crianças: grupo A composto por 86 timpanogramas de 47 recém‐nascidos com idades compreendidas entre 1 e 29 dias, e grupo B composto por 27 timpanogramas de 14 lactentes com idades compreendidas entre 38 e 95 dias. A timpanometria foi efectuada com o impedanciómetro MADSEN Zodiac 901 Middle‐Ear Analyzer (GN Otometrics, Traastrup, Dinamarca), com uma sonda de 226 Hz de frequência. Resultados: no grupo A, a prevalência de otite média com efusão avaliada pela curva timpanométrica de tipo B foi de 12,8% (intervalo de confiança 95%: 5,7–19,9%). No grupo B, a prevalência foi de 7,4% (intervalo de confiança 95%: 0–17,3%). A prevalência da otite média com efusão em ouvidos de lactentes do grupo A e B não foi estatisticamente diferente (p=0,73). Também não se observaram diferenças estatisticamente significativas na prevalência de otite média com efusão entre sexos (p=0,15), nem entre o ouvido direito e o ouvido esquerdo (p=0,75). A curva timpanométrica mais frequentemente observada nos recém‐nascidos e lactentes incluídos neste estudo foi a de tipo A. Conclusão: a otite média com efusão é uma patologia frequente em lactentes, com uma prevalência de 12,8% nos recém‐nascidos. A timpanometria pode ser aliada ao rastreio auditivo neonatal universal. Os resultados deste estudo carecem de confirmação e validação prospectiva. |
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