Linhas do Tempo: a representação gráfica rumo a uma experiência topológica de Tempo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boechat, Marina
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.34624/sopcom.v0i0.15430
Resumo: As representações visuais do tempo estabelecem-se tradicionalmente como organizações sequenciais e estáveis, de característica majoritariamente unidimensional, onde não há muito espaço para a problematização do encadeamento temporal. Por conta deste aparente contraste com o contexto atual descrito, tomamos as linhas do tempo como nosso objeto de interesse, discutindo como, especialmente nas suas variantes interativas, há uma quebra sua tendência tradicional. Trabalha-se para a constituição de uma experiência temporal mais complexa que comporta, inclusive, uma ênfase maior na representação visual como modelo de pensamento. Pretendemos fazer um pequeno apanhado histórico de alguns formatos de representação visual do tempo, começando pelas listas, tabelas e cronologias, como estruturas precursoras da linha do tempo moderna, que também participam dos processos atuais de construção de representações visuais do tempo. Vincularemos o formato moderno da linha do tempo com os gráficos quantitativos de série histórica e, em última instância com o plano cartesiano, para finalmente discutir algumas características dessas representações conforme mobilizadas e transformadas pelas visualizações de informação interativas atuais. A primeira parte do percurso envolve em especial uma referência a Serres e a Lévy, ao discutir a abstração da experiência do tempo quando é transferido para objetos de registro ou aparelhos de medição. A partir daí discutiremos a instituição da representação visual do tempo como linha e a constituição de um plano de representação e de eventos isolados como evidências visuais. Neste ponto faremos referência especialmente a Latour, a Goody e a Roque, relacionando nossa discussão com os métodos de constituição de objetos de conhecimento por meio de representações visuais. Por fim, discutiremos alguns níveis de experiência do tempo, conforme a reflexão de Deleuze, procurando apontar para sua constituição em conjunto com métodos de visualização do tempo.
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