Depressão e memória autobiográfica em adultos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Suani da Silva
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2520
Resumo: Diversos estudos corroboram a ideia de que uma das características da memória autobiográfica de indivíduos com depressão é a de ser sobregeneralizada, ou seja, uma recordação do próprio passado demasiadamente genérica, inespecífica e difusa. Dado que a referida perturbação constitui um problema de saúde pública devido ao grande número de sujeitos atingidos por ela e devido ao grande impacto que tem na vida do paciente e dos seus familiares, pretendemos averiguar a influência da sintomatologia depressiva na memória autobiográfica dos sujeitos e, consequentemente, na recuperação dos acontecimentos de vida dos sujeitos. A nossa amostra foi recolhida por conveniência e é constituída por 79 participantes, dos quais 19 são homens (24,1%) e 60 são mulheres (75,9%), tendo como média de idades de 44,47 anos. Foram utilizados um questionário de dados gerais, a Escala de Depressão do Centro de Estudos Epidemiológicos (CES-D) e o Teste de Memória Autobiográfica (TMA), tendo sido realizada para este último uma adaptação para adultos a partir da lista de palavras seleccionadas por Afonso (2007). Salientamos que, nos sujeitos adultos da nossa amostra, a memória autobiográfica é influenciada pelas variáveis escolaridade, idade, valência das palavrasestímulo e actividade profissional. Apesar de não termos verificado diferenças estatisticamente significativas na memória autobiográfica dos indivíduos com e sem sintomatologia depressiva, notamos que os sujeitos com sintomatologia depressiva possuem mais memórias autobiográficas específicas em resposta a palavras-estímulo com valência negativa, e menos memórias autobiográficas específicas consequentes a palavras-estímulo com valência positiva, comparativamente aos sujeitos sem sintomas depressivos. Porém, os sujeitos com sintomatologia depressiva possuem mais memórias autobiográficas positivas (X = 10,78) do que negativas (X = 9,56). Os resultados sugerem que a memória autobiográfica sobregeneralizada não está relacionada com a sintomatologia depressiva.
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