Seguimento de recém-nascidos pré-termo tardios no CHUCB
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11436 |
Resumo: | Introdução: A prematuridade, definida como o nascimento que ocorre antes das 37 semanas de gestação, representa cerca de 11% de todos os nascimentos sendo que 70-74% destes correspondem ao grupo dos recém-nascidos pré-termo tardios (nascidos entre as 34-36 semanas e 6 dias de gestação). Continua a ser a principal causa de morbimortalidade no período neonatal devido à maior imaturidade fisiológica desta população. Objetivos: Avaliar os fatores de risco na gestação e no parto associados à prematuridade tardia bem como percecionar as consequências da prematuridade nos recém-nascidos e no seu desenvolvimento. Material e Métodos: Estudo transversal retrospetivo baseado na análise de processos clínicos. Obteve-se uma amostra de 201 recém-nascidos, entre janeiro e julho de 2019, no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. Foram analisadas diversas variáveis: características maternas, da gestação, do parto assim como características e complicações do recém-nascido. A análise foi realizada recorrendo ao software estatístico SPSS, versão 27.0. Procedeu-se à análise descritiva dos dados e utilizaram-se métodos de estatística inferencial, considerando-se uma significância de 5%. Resultados: Durante o período do estudo houve um total de 201 recémnascidos no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, dos quais 97,5% (n=196) eram recém-nascidos a termo e 2,5% (n=5) eram pré-termo tardios. Observou-se que as gestações prematuras tardias apresentaram uma frequência 9 vezes superior de distúrbios hipertensivos, como a hipertensão gestacional e Pré-eclâmpsia. Houve uma maior probabilidade dos prematuros tardios necessitarem de protocolos de maturação pulmonar com Corticosteróides (OR=41,571; [8,206; 210,598]) e de Sulfato de Magnésio pré-natal (OR=32,833; [7,397; 145,746]). O grupo de estudo apresentou uma média de peso inferior comparativamente aos recém-nascidos a termo (p<0,001) e maior necessidade de suporte respiratório ao nascer (p=0,035). Diversas complicações neonatais apresentaram uma relação significativa com a prematuridade tardia nomeadamente hipoglicémia (p=0,013), icterícia com critérios para fototerapia (p=0,009) e sépsis neonatal (p=0,003). A duração média da hospitalização foi superior no grupo de estudo comparativamente aos recém-nascidos a termo, resultando numa relação significativa entre as duas variáveis (p<0,001). Houve um aumento da probabilidade dos prematuros tardios desenvolverem patologia nefro-urológica durante o primeiro ano de vida (p=0,021). Conclusão: Os recém-nascidos pré-termo tardios correspondem ao maior subgrupo de prematuros. Face à sua prematuridade, configuram um grupo de risco bem definido para o desenvolvimento de complicações a curto e a longo prazo. Neste estudo comprovamos a maior morbilidade deste grupo comparativamente aos seus pares a termo demonstrando a importância de identificar fatores passíveis de intervenção através de uma adequada assistência pré e pós-natal. |
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Seguimento de recém-nascidos pré-termo tardios no CHUCBDesenvolvimentoIntercorrênciasMorbilidadeRecém-Nascidos A TermoRecém-Nascidos Pré-Termo TardiosDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: A prematuridade, definida como o nascimento que ocorre antes das 37 semanas de gestação, representa cerca de 11% de todos os nascimentos sendo que 70-74% destes correspondem ao grupo dos recém-nascidos pré-termo tardios (nascidos entre as 34-36 semanas e 6 dias de gestação). Continua a ser a principal causa de morbimortalidade no período neonatal devido à maior imaturidade fisiológica desta população. Objetivos: Avaliar os fatores de risco na gestação e no parto associados à prematuridade tardia bem como percecionar as consequências da prematuridade nos recém-nascidos e no seu desenvolvimento. Material e Métodos: Estudo transversal retrospetivo baseado na análise de processos clínicos. Obteve-se uma amostra de 201 recém-nascidos, entre janeiro e julho de 2019, no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. Foram analisadas diversas variáveis: características maternas, da gestação, do parto assim como características e complicações do recém-nascido. A análise foi realizada recorrendo ao software estatístico SPSS, versão 27.0. Procedeu-se à análise descritiva dos dados e utilizaram-se métodos de estatística inferencial, considerando-se uma significância de 5%. Resultados: Durante o período do estudo houve um total de 201 recémnascidos no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, dos quais 97,5% (n=196) eram recém-nascidos a termo e 2,5% (n=5) eram pré-termo tardios. Observou-se que as gestações prematuras tardias apresentaram uma frequência 9 vezes superior de distúrbios hipertensivos, como a hipertensão gestacional e Pré-eclâmpsia. Houve uma maior probabilidade dos prematuros tardios necessitarem de protocolos de maturação pulmonar com Corticosteróides (OR=41,571; [8,206; 210,598]) e de Sulfato de Magnésio pré-natal (OR=32,833; [7,397; 145,746]). O grupo de estudo apresentou uma média de peso inferior comparativamente aos recém-nascidos a termo (p<0,001) e maior necessidade de suporte respiratório ao nascer (p=0,035). Diversas complicações neonatais apresentaram uma relação significativa com a prematuridade tardia nomeadamente hipoglicémia (p=0,013), icterícia com critérios para fototerapia (p=0,009) e sépsis neonatal (p=0,003). A duração média da hospitalização foi superior no grupo de estudo comparativamente aos recém-nascidos a termo, resultando numa relação significativa entre as duas variáveis (p<0,001). Houve um aumento da probabilidade dos prematuros tardios desenvolverem patologia nefro-urológica durante o primeiro ano de vida (p=0,021). Conclusão: Os recém-nascidos pré-termo tardios correspondem ao maior subgrupo de prematuros. Face à sua prematuridade, configuram um grupo de risco bem definido para o desenvolvimento de complicações a curto e a longo prazo. Neste estudo comprovamos a maior morbilidade deste grupo comparativamente aos seus pares a termo demonstrando a importância de identificar fatores passíveis de intervenção através de uma adequada assistência pré e pós-natal.Introduction: Prematurity, defined as birth that occurs before 37 weeks of gestation, represents about 11% of all births, 70-74% of which correspond to the group of late preterm newborns (born between 34-36 weeks and 6 days of gestation). It continues to be the main cause of morbidity and mortality in the neonatal period due to the greater physiological immaturity of this population. Aims: To evaluate the risk factors in pregnancy and childbirth associated with late prematurity as well as to understand the consequences of prematurity in newborns and their development. Methodology: Cross-sectional retrospective study based on the analysis of clinical processes. A sample of 201 newborns was obtained between January and July 2019 at the Cova da Beira Hospital University Center. Several variables were analyzed: maternal, pregnancy, delivery characteristics as well as characteristics and complications of the newborn. The analysis was performed using the statistical software SPSS, version 27.0. Descriptive data analysis was performed and inferential statistical methods were used, considering a significance of 5%. Results: During the study period, there were a total of 201 newborns at the Cova da Beira Hospital University Center, of which 97.5% (n = 196) were full-term newborns and 2.5% (n=5) were late preterm newborns. It was observed that late premature pregnancies presented a 9 times higher frequency of hypertensive disorders, such as gestational hypertension and preeclampsia. Late preterm newborns were more likely to require pulmonary maturation protocols with corticosteroids (OR=41.571; [8,206; 210,598]) and antenatal magnesium sulfate (OR= 32.833; [7,397; 145,746]). The study group had a lower average weight compared to full-term newborns (p <0.001) and a greater need for respiratory support at birth (p=0.035). Several neonatal complications showed a significant relationship with late prematurity, namely hypoglycemia (p=0.013), jaundice with criteria for phototherapy (p=0.009) and neonatal sepsis (p = 0.003). The average duration of hospitalization was higher in the study group compared to full-term newborns, resulting in a significant relationship between the two variables (p<0.001). There was an increase in the probability of late preterm infants to develop nephrourological pathology during the first year of life (p=0.021). Conclusion: Late preterm newborns correspond to the largest subgroup of preterm infants. In view of their prematurity, they are a well-defined risk group for the development of complications in the short and long term. In this study, we proved the greater morbidity of this group compared to its full-term peers, demonstrating the importance of identifying factors that can be intervened through adequate pre and postnatal care.Costa, Ricardo Jorge Barros daNunes, Sara Monteiro Morgado DiasuBibliorumPinto, Mariana Pereira2021-12-06T10:57:25Z2021-06-162021-04-272021-06-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11436TID:202789667porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:54Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11436Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:13.872321Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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