Comunicação de notícias difíceis: efeito de intervenção educativa em unidades de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta, Vanise Barros Rodrigues
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/34169
Resumo: INTRODUÇÃO: Pode-se definir uma notícia difícil como qualquer informação que afete de forma relevante, negativa e adversa, a visão de um indivíduo sobre seu presente e futuro. Existem protocolos que objetivam auxiliar os profissionais de saúde na Comunicação de Notícias Difíceis tratando simultaneamente os fatos médicos traduzidos pela informação, com acolhimento das respostas emocionais do paciente e/ou família, destacando-se entre eles o protocolo SPIKES. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de uma intervenção educativa sobre Comunicação de Notícias Difíceis para profissionais de nível superior, que trabalham em Terapia Intensiva. MÉTODO: Estudo do tipo antes e depois (quase experimental) de metodologia quantitativa. Realizado com profissionais de nível superior das UTIs (cardiológica, geral, pediátrica e neonatal) de um Hospital Universitário. A amostra foi de 103 profissionais entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos, com coleta de dados entre março a julho de 2017. Realizou-se uma intervenção educativa sobre Comunicação de Notícias Difíceis (CND), baseada no protocolo SPIKES. O estudo foi composto por três momentos: um momento pré-intervenção (teste para avaliação do conhecimento prévio), um momento de intervenção (15 minutos de explanação oral sobre o tema, 10 minutos para seção de simulação de caso com a comunicação de uma notícia difícil e 15 minutos para o Debriefing com discussão do caso entre os participantes), e o momento pós-intervenção (teste para avaliação dos resultados da intervenção). Resultados: Observou-se inicialmente que a CND predominava entre médicos e enfermeiros. Entre os médicos, maior frequência dessa prática comunicacional e o reconhecimento de não se sentir capacitado e compreendido. Além disso, foram os que mais admitiram não ter recebido essa formação na graduação. Após a intervenção, o grau de entendimento (0 a 10) dos profissionais de saúde sobre comunicação de notícias difíceis aumentou nas UTIs selecionadas, e o entendimento apresentou aumento de 50,0% dos valores mais centrais da distribuição, e essa diferença foi estatisticamente significante. CONCLUSÃO: Os resultados revelaram que a intervenção educativa produziu mudanças estatisticamente significativas entre os sujeitos do estudo, em suas práticas de CND.
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