Sabedoria e experiência de humilhação

• Autor(a) principal: Morais, João Pedro Fernandes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11960

A presente dissertação tem como objetivo a conclusão do 2º ciclo de estudos em Psicologia Clínica, abrangendo, para esse fim, dois artigos distintos. O artigo 1, denominado “relação da sabedoria com a humilhação, mal-estar psicológico e amargura”, teve como objetivos compreender se a sabedoria desempenha um efeito significativo nestas três variáveis e se existe relação entre a humilhação sofrida e amargura sentida, numa amostra constituída por participantes com idades compreendidas entre os 18 e 70 anos, dos quais 121 do género masculino, 527 do género feminino e 3 do género outro. Para tal, foram definidos níveis de classificação da sabedoria com base na Brief Wisdom Screening Scale (BWSS). Tomados estes passos, recorrendo à Escala de Distress Psicológico de Kessler, ao Inventário de Humilhação e ao Inventário de Consequências da Humilhação, foi analisada a relação existente entre a sabedoria, o mal-estar psicológico, a humilhação e a amargura, concluindo que a sabedoria desempenha um efeito de diminuição nas mesmas, e que existe relação entre a humilhação sofrida e a amargura sentida. O artigo 2, denominado “relação da sabedoria com o género, idade e nível de escolaridade”, teve como objetivo realizar a análise fatorial confirmatória (AFC) e psicométrica da Escala de Sabedoria Existencial e compreender se a sabedoria tem relação com estas variáveis. A amostra é constituída por participantes entre os 18 e 70 anos de idade, dos quais 121 do género masculino, 527 do género feminino e 3 do género outro. A presente escala foi definida com base na análise de componentes principais da Brief Wisdom Screening Scale (BWSS) realizada, da qual resultou a retenção de dez itens. Os resultados permitiram verificar que a Escala de Sabedoria Existencial apresenta elevados valores de confiabilidade e de validade interna, e que não existem diferenças significativas entre géneros relativamente à sabedoria. Foi possível concluir que a sabedoria varia consoante a idade e que os participantes na meia-idade apresentam valores de sabedoria superiores aos jovens-adultos. Quanto à sabedoria e nível de escolaridade, não foi encontrada uma relação entre as variáveis