Epífora congénita: como resolver os casos difíceis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Cristina
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Vale, Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.6634
Resumo: Objectivo: Avaliar os procedimentos adoptados pelos oftalmologistas portugueses na obstru- ção lacrimonasal congénita. Métodos: Na preparação da mesa redonda sobre como resolver os casos difíceis de epífora congénita, que decorreu na reunião do GPOPE em Outubro de 2013, os autores elaboraram um inquérito dirigido aos sócios da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia relativo a práticas habi- tuais adoptadas em relação à obstrução lacrimonasal congénita. No presente artigo pretende-se dar a conhecer os resultados obtidos. Resultados: Responderam ao inquérito 107 oftalmologistas. Destes, 10% eram internos da especialidade, 29% e 9% tinham experiência em Oftalmologia Pediátrica e Oculoplástica, res- petivamente, e 52% não se incluíam em nenhum dos 3 grupos anteriores. A maioria (68%) baseia-se na apresentação clínica para estabelecer o diagnóstico. Todos realizam sondagem como primeira intervenção (67% após os 12 meses de idade e apenas 10% ocasionalmente antes dos 6 meses), como segunda intervenção a maioria repete a sondagem (77%) e como terceira intervenção é preferida a intubação (51%), mais frequentemente bilateral. A endoscopia nasal é utilizada usualmente por 13% e 28% dos inquiridos, respetivamente na repetição da sondagem e na intubação. Entre os inquiridos, 32% têm experiência em dacriocistorrinostomia na criança, mas apenas 4% a efetuaram em mais de 10 casos. Ainda em menor número são os oftalmologis- tas portugueses que utilizam a dacrioplastia com cateter-balão, recorrendo a esta técnica mais frequentemente em caso de uma segunda falência. Conclusão: Há uma grande semelhança nos procedimentos seguidos na obstrução lacrimonasal congénita pelos oftalmologistas portugueses, avaliados pelas respostas a este inquérito, quando comparados com os adotados no Reino Unido. A grande diferença está na utilização da endos- copia nasal, que é bastante mais popular no Reino Unido.
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