Nanopartículas plasmónicas para biodeteção por Raman

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bento, Marina Rosa Clemente
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/94107
Resumo: Os biomarcadores são uma característica biológica quantificável experimentalmente que permite a avaliação de estados de doença. Os métodos atualmente disponíveis são morosos ou pouco sensíveis, pelo que a bionanotecnologia tem espaço para crescer no desenvolvimento de ferramentas para diagnóstico e deteção. O trabalho desenvolvido e apresentado nesta dissertação teve como objetivo principal o desenvolvimento de bionanoconjugados entre nanopartículas de ouro e anticorpo com vista à criação de um ensaio de imunodeteção por espetroscopia de Raman aumentada pela superfície (SERS) tipo sandwich. O ensaio de imunodeteção tipo sandwich é composto por anticorpos imobilizados numa superfície de, por exemplo, vidro e por sondas de Raman compostas por anticorpos conjugados às nanopartículas com uma molécula ativa em Raman. De forma a atingir os objetivos propostos, foram sintetizadas nanopartículas de ouroesféricas e seguidamente funcionalizadas com 4-MBA (ácido 4-mercaptobenzóico), uma conhecida molécula-repórter de Raman. Esta molécula-repórter possui, numa das extremidades, um grupo tiol (-SH) que se liga fortemente à superfície da nanopartícula e na extremidade oposta possui um grupo carboxílico (-COOH), que por sua vez permite a interação com biomoléculas. Esta é uma interação intrinsecamente fraca pelo que foi promovida uma ligação covalente entre o anticorpo e o grupo carboxílico presente no 4-MBA. com o uso de um agente de reticulação. Para tal, usaram-se agentes reticulantes e foram obtidos bionanoconjugados reprodutíveis e estáveis. O anticorpo usado foi de peroxidase de rábano (Anti-HRP), o que permitiu a determinação da atividade enzimática da peroxidase de rábano (HRP), o antigénio respetivo que se liga aos anticorpos dos bionanoconjugados, confirmando a presença dos anticorpos na superfície da nanopartícula. Os bionanoconjugados finais foram analisados por Raman tendo em conta o sinal da molécula-repórter. Para além do desenvolvimento dos bionanoconjugados, foi iniciado o desenvolvimento da imobilização de anticorpos na superfície. Foi modificada uma superfície de vidro com APTES com o objetivo de obter uma monocamada de silano, pretendendo-se conjugar posteriormente com anticorpo através de uma molécula de glutaraldeído. É necessário continuar a desenvolver o processo de modificação de superfície, explorando diferentes alternativas para a imobilização de anticorpos à superfície de vidro para a conclusão do ensaio de imunodeteção. O principal objetivo foi atingido, tendo sido obtidos bionanoconjugados com actividade enzimática, o que demonstra a ligação do anticorpo, e com sinal em Raman, o que demonstra que é possível serem detetados usando esta técnica espetroscópica. A obtenção destes bionanoconjugados abre a possibilidade à utilização dos mesmos em biossensores em testes rápidos de diagnóstico.
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