Maus-tratos em crianças e adolescentes com deficiência e/ou perturbações do desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Vera
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Albuquerque, Cristina P.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/47087
https://doi.org/10.1590/s1413-65382013000100002
Resumo: A presente investigação tem como principal objetivo analisar as características da associação entre deficiência e/ou perturbações do desenvolvimento e maus-tratos na população infanto-juvenil portuguesa, e destacar as respetivas implicações no domínio da educação especial. A amostra é constituída por 198 crianças e adolescentes com deficiência e/ou perturbações do desenvolvimento, que foram vítimas de maus-tratos. A informação foi recolhida através de um questionário, elaborado para este fim, e respondido por psicólogos e assistentes sociais. Em termos dos resultados obtidos, verificou-se que o maltrato misto (associação entre duas ou mais formas de maltrato) foi o mais comum, seguindo-se a negligência. Os agentes de maltrato mais frequentes foram os progenitores. A deteção dos maus-tratos foi efetuada, em regra, na etapa pré-escolar, sendo as suas principais fontes as instituições/serviços que já acompanhavam a família. Foi também detetada uma elevada percentagem de problemas de saúde física e mental, de dependências e de dificuldades de inserção social nos pais destas crianças/adolescentes. A quase generalidade das crianças e famílias beneficiou de alguma intervenção após a sinalização dos maus-tratos. No que respeita a conclusões, e uma vez que os maus-tratos tendem a ocorrer cedo e em famílias com múltiplos fatores de risco, apontam-se estratégias de intervenção familiar e sublinha-se a importância que os programas de intervenção precoce podem revestir. Também se indica o papel que os professores podem desempenhar na deteção dos maus-tratos e realça-se a relevância e a composição dos programas direcionados para o ensino de estratégias de proteção e autodefesa.
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