Caracterização de parâmetros neurotóxicos e sinalização da insulina em hipocampo de um modelo animal de diabetes tipo 2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2269 |
Resumo: | A diabetes mellitus aumenta o risco para desordens no sistema nervoso central, tais como a acidentes vasculares isquémicos, demência e declínio cognitivo. O hipocampo que desempenha um papel fundamental nos processos de aprendizagem e memória, apresenta maior susceptibilidade nestas patologias. O objectivo deste trabalho foi caracterizar, pela primeira vez, o modelo animal de diabetes mellitus tipo 2 (Zuker Diabetic Fatty) em relação à expressão proteica de marcadores estruturais e funcionais no hipocampo. Neste estudo, foram usados ratos machos Zucker Diabetic Fatty diabéticos (ZDF/Gmi fa/fa) e controlo (ZDF/Gmi +/+), com 26 semanas de idade. Os ratos diabéticos apresentaram hiperglicémia e um elevado índice de insulinoresistência (HOMA-IR) quando comparados com os ratos controlo (26 semanas). Para avaliar a disfunção do hipocampo determinou-se a expressão de proteínas sugestivas de neurotoxicidade (1-GFAP, proteína estrutural astrocítica; 2-Bax e Bcl-2, marcadores apoptóticos; 3-RAGE, receptor dos produtos de glicação avançada) e marcadores da maquinaria exocitótica (sintaxina, SNAP-25 - proteína de 25 kDa associada a sinaptossoma) por Western Blotting. Por último estudou-se a via de sinalização da insulina (IR – receptor de insulina, subunidade ; IRS-1 – substracto do receptor de insulina 1; IRS-1 pY612 – substrato do receptor de insulina 1 fosforilado na tirosina 612), utilizando a mesma metodologia. Os resultados obtidos mostraram que não existem alterações na expressão das proteínas em estudo no hipocampo dos ratos diabéticos quando comparados com os ratos controlo. Na sequência da ausência de evidência de disfunção neuronal e considerando que os teores plasmáticos de insulina são normais às 26 semanas foi avaliada a via de sinalização de insulina no hipocampo do modelo experimental em estudo. O facto de também não existirem alterações na via de sinalização da insulina pode explicar a inexistência de neurotoxicidade neste modelo animal. |
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Caracterização de parâmetros neurotóxicos e sinalização da insulina em hipocampo de um modelo animal de diabetes tipo 2Diabetes - Sistema nervoso central - HipocampoApoptoseCélulas de GliaInsulina - Hipocampo - Diabetes tipo 2Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia QuímicaA diabetes mellitus aumenta o risco para desordens no sistema nervoso central, tais como a acidentes vasculares isquémicos, demência e declínio cognitivo. O hipocampo que desempenha um papel fundamental nos processos de aprendizagem e memória, apresenta maior susceptibilidade nestas patologias. O objectivo deste trabalho foi caracterizar, pela primeira vez, o modelo animal de diabetes mellitus tipo 2 (Zuker Diabetic Fatty) em relação à expressão proteica de marcadores estruturais e funcionais no hipocampo. Neste estudo, foram usados ratos machos Zucker Diabetic Fatty diabéticos (ZDF/Gmi fa/fa) e controlo (ZDF/Gmi +/+), com 26 semanas de idade. Os ratos diabéticos apresentaram hiperglicémia e um elevado índice de insulinoresistência (HOMA-IR) quando comparados com os ratos controlo (26 semanas). Para avaliar a disfunção do hipocampo determinou-se a expressão de proteínas sugestivas de neurotoxicidade (1-GFAP, proteína estrutural astrocítica; 2-Bax e Bcl-2, marcadores apoptóticos; 3-RAGE, receptor dos produtos de glicação avançada) e marcadores da maquinaria exocitótica (sintaxina, SNAP-25 - proteína de 25 kDa associada a sinaptossoma) por Western Blotting. Por último estudou-se a via de sinalização da insulina (IR – receptor de insulina, subunidade ; IRS-1 – substracto do receptor de insulina 1; IRS-1 pY612 – substrato do receptor de insulina 1 fosforilado na tirosina 612), utilizando a mesma metodologia. Os resultados obtidos mostraram que não existem alterações na expressão das proteínas em estudo no hipocampo dos ratos diabéticos quando comparados com os ratos controlo. Na sequência da ausência de evidência de disfunção neuronal e considerando que os teores plasmáticos de insulina são normais às 26 semanas foi avaliada a via de sinalização de insulina no hipocampo do modelo experimental em estudo. O facto de também não existirem alterações na via de sinalização da insulina pode explicar a inexistência de neurotoxicidade neste modelo animal.Diabetes mellitus increases the risk for central nervous system disorders like ischemic stroke, dementia and cognitive deficit. In such pathologies, the hippocampus, being an important player on learning and memory processes, presents more susceptibility. The purpose of this work was to characterize, for the first time, the Zuker Diabetic Fatty rats - a diabetes mellitus type 2 animal model - in terms of structural and functional changes in hippocampus. To this end, 26-weeks-old male Zucker Diabetic Fatty rats (ZDF/Gmi fa/fa) and control rats (ZDF/Gmi +/+) were used. The diabetic rats showed hyperglycaemia and high levels of insulin resistance (HOMA-IR), when compared with controls. In order to verify the hippocampus dysfunction, several proteins expression was determined by Western Blotting including neurotoxicity markers (1-GFAP, astrocytic structural protein; 2-BAX, Bcl-2, apoptotic proteins; 3- RAGE, receptor for advanced glycation end products) and exocytotic machinery markers (syntaxin and SNAP-25) by Western Blot. Insulin signalization pathway proteins (IRβ; IRS-1; IRS-1 pY612) were also scrutinized. The results showed no changes in protein expression in the rat’s hippocampus when compared with controls. As there was no evidence of neuronal dysfunction, and considering that insulin plasmatic levels are normal at 26 weeks, the insulin signalization pathway was studied in these animals. There were no abnormalities in this pathway, which can explain the lack of neurotoxicity in this specific animal model.Pereira, FredericoPereira, Maria Petronila Jorge Frade RochauBibliorumMelo, Andreia Alexandra Machado20102010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2269porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:38:11Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2269Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:57.174451Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A diabetes mellitus aumenta o risco para desordens no sistema nervoso central, tais como a acidentes vasculares isquémicos, demência e declínio cognitivo. O hipocampo que desempenha um papel fundamental nos processos de aprendizagem e memória, apresenta maior susceptibilidade nestas patologias. O objectivo deste trabalho foi caracterizar, pela primeira vez, o modelo animal de diabetes mellitus tipo 2 (Zuker Diabetic Fatty) em relação à expressão proteica de marcadores estruturais e funcionais no hipocampo. Neste estudo, foram usados ratos machos Zucker Diabetic Fatty diabéticos (ZDF/Gmi fa/fa) e controlo (ZDF/Gmi +/+), com 26 semanas de idade. Os ratos diabéticos apresentaram hiperglicémia e um elevado índice de insulinoresistência (HOMA-IR) quando comparados com os ratos controlo (26 semanas). Para avaliar a disfunção do hipocampo determinou-se a expressão de proteínas sugestivas de neurotoxicidade (1-GFAP, proteína estrutural astrocítica; 2-Bax e Bcl-2, marcadores apoptóticos; 3-RAGE, receptor dos produtos de glicação avançada) e marcadores da maquinaria exocitótica (sintaxina, SNAP-25 - proteína de 25 kDa associada a sinaptossoma) por Western Blotting. Por último estudou-se a via de sinalização da insulina (IR – receptor de insulina, subunidade ; IRS-1 – substracto do receptor de insulina 1; IRS-1 pY612 – substrato do receptor de insulina 1 fosforilado na tirosina 612), utilizando a mesma metodologia. Os resultados obtidos mostraram que não existem alterações na expressão das proteínas em estudo no hipocampo dos ratos diabéticos quando comparados com os ratos controlo. Na sequência da ausência de evidência de disfunção neuronal e considerando que os teores plasmáticos de insulina são normais às 26 semanas foi avaliada a via de sinalização de insulina no hipocampo do modelo experimental em estudo. O facto de também não existirem alterações na via de sinalização da insulina pode explicar a inexistência de neurotoxicidade neste modelo animal. |
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