Percepção de estado de saúde e de qualidade de vida da população activa : contributo para a definição de normas portuguesas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Pedro Lopes
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Santana, Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/100625
Resumo: RESUMO - Várias são as iniciativas de investigação que têm tentado compreender as causas das assimetrias em saúde. De entre os inúmeros factores relacionados com estas variações, este artigo trata os factores demográficos e sócio-económicos, nomeadamente o género, a idade, o estado marital, o nível de instrução, o tipo de actividade profissional e o local de residência. A versão portuguesa do instrumento de medição SF-36 foi usada para medir a percepção do estado de saúde e da qualidade de vida dos portugueses. A grande vantagem dos dados normais é o poder interpretativo que proporcionam, permitindo contextualizar as respostas obtidas de vários indivíduos. Neste estudo utilizámos uma amostra (n = 2459), tornada representativa da população portuguesa com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, recolhida em entrevistas ao longo de oito meses em 1999. Os valores são apresentados para a amostra total de adultos em idade activa, para homens e mulheres e, em cada um destes grupos, por grupo etário e por tipo de actividade profissional. Em geral, os indivíduos do sexo masculino, jovens, solteiros, com níveis de instrução mais elevados, trabalhadores não manuais e vivendo em áreas urbanas apresentam valores médios mais elevados do que os indivíduos do sexo feminino, mais idosos, casados, com níveis mais baixos de instrução, trabalhadores manuais e vivendo em áreas urbanas. A idade não está relacionada com a dimensão de desempenho emocional nem o estado de saúde com as dimensões correspondentes à função social e ao desempenho emocional. O local de residência é um factor importante apenas no que respeita às dimensões «função física», «saúde em geral» e «vitalidade». Em conclusão, as normas portuguesas são úteis para colocar em contexto as pontuações obtidas nas dimensões de percepção de estado de saúde e de qualidade de vida sempre que o instrumento SF-36 é aplicado a doentes ou mesmo a cidadãos portugueses saudáveis.
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Neste estudo utilizámos uma amostra (n = 2459), tornada representativa da população portuguesa com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, recolhida em entrevistas ao longo de oito meses em 1999. Os valores são apresentados para a amostra total de adultos em idade activa, para homens e mulheres e, em cada um destes grupos, por grupo etário e por tipo de actividade profissional. Em geral, os indivíduos do sexo masculino, jovens, solteiros, com níveis de instrução mais elevados, trabalhadores não manuais e vivendo em áreas urbanas apresentam valores médios mais elevados do que os indivíduos do sexo feminino, mais idosos, casados, com níveis mais baixos de instrução, trabalhadores manuais e vivendo em áreas urbanas. A idade não está relacionada com a dimensão de desempenho emocional nem o estado de saúde com as dimensões correspondentes à função social e ao desempenho emocional. O local de residência é um factor importante apenas no que respeita às dimensões «função física», «saúde em geral» e «vitalidade». Em conclusão, as normas portuguesas são úteis para colocar em contexto as pontuações obtidas nas dimensões de percepção de estado de saúde e de qualidade de vida sempre que o instrumento SF-36 é aplicado a doentes ou mesmo a cidadãos portugueses saudáveis.ABSTRACT - The attempt to understand the causes of health differences has been the reason of an increasing number of research initiatives. Among the various factors related to this variation, this paper addresses the demographic and socio-economic ones, namely gender, age, marital status, education level, type of professional activity and place of residence. The Portuguese version of the SF-36 health survey was used to measure the perception of the health status and quality of life. The major advantage of normative data is the interpretation power they provide to contextually analyze a respondent’s score among scores from several individuals. In this study we used a representative sample (n = 2,459) of the Portuguese population aged between 18 and 64 years, collected from September 1998 through April 1999. Norms are presented for the total sample of the adults of working age population, for males and females and, for each of these strata, by age group as well as by type of professional activity. In general, males, young citizens, single, higher educated and white collar workers living in urban areas show mean scores higher than females, elderly, married, low educated and blue collar workers living in rural areas. Age is not related to the «emotional role» dimension, and the variable marital status in not related to the «social function» and «emotional role» dimensions. The place of residence is an important factor only as far as the «physical function», «general health» and «vitality» dimensions are concerned. In conclusion, the Portuguese norms will be useful to put the dimensions’ scores of health status perception and quality of life in context when the SF-36 instrument is administered to samples of patients or of healthy subjects.Universidade Nova de Lisboa, Escola Nacional de Saúde PúblicaRUNFerreira, Pedro LopesSantana, Paula2020-07-10T13:28:32Z2003-072003-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/100625porFerreira, Pedro Lopes; Santana, Paula - Percepção de estado de saúde e de qualidade de vida da população activa : contributo para a definição de normas portuguesas = Health status perception and quality of life in the working population : towards a definition of normative data. Revista Portuguesa de Saúde Pública. ISSN 0870-9025. Vol. 21, Nº 2 (Julho/Dezembro 2003), p. 15-300870-9025info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:47:01Zoai:run.unl.pt:10362/100625Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:39:23.658681Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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