Áreas protegidas e/ou zonas de desenvolvimento turístico em Cabo Verde?: o caso da Boa Vista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Liza Helena Alves
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/558
Resumo: O Ambiente é um elemento essencial nas nossas vidas. Interagimos com ele em todas ocasiões e também dele dependemos. As regiões insulares possuem um conjunto de características que as enquadram na categoria de ecossistemas frágeis e vulneráveis, tanto no que diz respeito a aspectos ambientais, culturais, como socioeconómicos. Estas particularidades fizeram emergir o turismo como uma das poucas oportunidades para a diversificação económica. Todavia, visto que muitas vezes as actividades turísticas se tornam na actividade única ou predominante, e dada a sensibilidade dos ecossistemas e da biodiversidade insulares, suscitam inúmeros problemas relativos à sobreexploração de recursos escassos e extinção de actividades tradicionais. Em Cabo Verde, o isolamento característico das regiões insulares, contribuiu de forma significativa para as baixas diversidade e abundância de recursos, para a exploração intensiva destes e para o aparecimento de algumas espécies endémicas. Com vista à preservação do valioso património natural, foram declaradas áreas protegidas que na sua maioria ainda não têm sido implementadas. A escassez de recursos naturais do país tem limitado a diversificação dos sectores de actividade económica potenciadores de estratégias e políticas de desenvolvimento. Assim, na última década, o sector turístico emergiu como uma das principais apostas para a prossecução desse objectivo. Devido ao facto das ilhas também se caracterizarem pela exiguidade de território, a competição pelo espaço físico tem suscitado, neste país, conflitos de interesses entre algumas actividades, principalmente entre as áreas destinadas à conservação da natureza e as destinadas ao desenvolvimento do sector turístico. Neste sentido, dada a sensibilidade e vulnerabilidade das regiões insulares, o planeamento e a gestão integrada é essencial para a minimização de impactes negativos, dos conflitos e para maior rentabilidade dos recursos e do espaço a longo prazo. A escolha da ilha da Boa Vista deve-se ao facto de esta se perspectivar como o segundo destino turístico cabo-verdiano e ser uma das ilhas mais ricas em termos de biodiversidade marinha, sendo contemplada com o maior número de áreas protegidas.
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Em Cabo Verde, o isolamento característico das regiões insulares, contribuiu de forma significativa para as baixas diversidade e abundância de recursos, para a exploração intensiva destes e para o aparecimento de algumas espécies endémicas. Com vista à preservação do valioso património natural, foram declaradas áreas protegidas que na sua maioria ainda não têm sido implementadas. A escassez de recursos naturais do país tem limitado a diversificação dos sectores de actividade económica potenciadores de estratégias e políticas de desenvolvimento. Assim, na última década, o sector turístico emergiu como uma das principais apostas para a prossecução desse objectivo. Devido ao facto das ilhas também se caracterizarem pela exiguidade de território, a competição pelo espaço físico tem suscitado, neste país, conflitos de interesses entre algumas actividades, principalmente entre as áreas destinadas à conservação da natureza e as destinadas ao desenvolvimento do sector turístico. Neste sentido, dada a sensibilidade e vulnerabilidade das regiões insulares, o planeamento e a gestão integrada é essencial para a minimização de impactes negativos, dos conflitos e para maior rentabilidade dos recursos e do espaço a longo prazo. A escolha da ilha da Boa Vista deve-se ao facto de esta se perspectivar como o segundo destino turístico cabo-verdiano e ser uma das ilhas mais ricas em termos de biodiversidade marinha, sendo contemplada com o maior número de áreas protegidas.The environment is an essential element in our lives. We interact with it in all occasions and also rely on it. The islands have a number of features that fall into the category of fragile ecosystems and vulnerable in environmental, cultural and socio-economic aspects. These features have forced tourism to emerge as one of the few opportunities for economic diversification. However, since tourism activities often become the only or predominant activity, and given the ecosystems and biodiversity sensitivity in islands, raise many problems relating to the over exploitation of scarce resources and extinction of traditional activities. The isolation characteristic of island regions such as Cape Verde, contributed significantly to the low diversity and abundance of resources, to the intensive exploitation of these and also to the emergence of some endemic species. In Cape Verde, for the preservation of valuable natural heritage has been declared protected areas that mostly have not yet been implemented. The scarcity of natural resources of the country has limited the diversification of economic activity sectors, enhancers of strategies and development policies. Thus, in the last decade, the tourism sector emerged as one of the main challenges to achieve this goal. Because these islands are also characterised by territory scarcity the competition for space in this country has aroused conflicts of interests between some activities, especially among areas intended to nature conservation and those for tourism sector development. In this sense, given the sensitivity and vulnerability of these islands, the planning and integrated management is essential to minimise the negative impacts of conflicts and to enhance resources and space profitability in the long term. Boa Vista island choice, as case-study, was due to the fact that it’s perspective as second tourist destination of Cape Verde archipelago and is one of the richest islands in terms of marine biodiversity, and covered by the largest number of protected areas.Universidade de Aveiro2011-04-19T13:23:14Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/558porLima, Liza Helena Alvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T10:55:18Zoai:ria.ua.pt:10773/558Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:39:25.641277Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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