Recidiva tardia de carcinoma do endométrio: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Adriana Maria Madeira e
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Varela,Vasco André Gonçalves
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732021000400345
Resumo: Resumo Introdução: O carcinoma do endométrio é a neoplasia maligna ginecológica mais comum na mulher. A recorrência local ou à distância é um dos principais problemas que ocorre após o tratamento. Com este caso pretende-se alertar para a eventual recidiva tardia após tratamento do carcinoma do endométrio, evidenciando o papel do médico de família (MF) no seguimento dos doentes ao longo do tempo. Descrição do caso: Mulher, 74 anos, com história de neoplasia do endométrio submetida a cirurgia e radioterapia em 2010, recorreu à consulta do MF por ter apresentado um mês antes início súbito de disartria, alteração da coordenação motora e posterior instalação de hemiparesia direita. Foi admitido um acidente vascular cerebral isquémico em fase não aguda, tendo sido solicitados meios complementares de diagnóstico. Quando voltou à consulta para mostrar os exames, as hipóteses diagnósticas colocadas foram metástase cerebral vs glioblastoma, tendo sido encaminhada para o serviço de urgência dado o concomitante agravamento do estado neurológico. Foi avaliada pela neurocirurgia e submetida a intervenção cirúrgica, tendo ficado completamente assintomática e o resultado histológico revelou metástase de adenocarcinoma bem diferenciado de provável origem ginecológica. Comentário: O desenvolvimento de metástases no sistema nervoso central a partir de cancros ginecológicos primários é um evento raro, sendo mais frequente nos primeiros três anos após o tratamento. Contrariando os dados existentes na literatura atual, este caso demonstra o diagnóstico de doença metastática nove anos após o tratamento do carcinoma do endométrio, reforçando o papel fundamental do MF no acompanhamento dos utentes, uma vez que, conhecendo-os, está sensibilizado para identificar fatores de risco, bem como para detetar manifestações clínicas e sinais de alarme de várias patologias.
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