Aplicação de células estaminais dentárias na medicina e na medicina dentária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Ana Mafalda Costa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5575
Resumo: A temática relativa às células estaminais inicia-se na década de 60 com a descoberta da primeira fonte viável destas células: a medula óssea. Diversos estudos permitiram definir a sua função de renovação tecidular e regeneração pós-dano, assim como a sua caraterização num grupo heterogéneo de células indiferenciadas, clonogénicas, definidas pela capacidade de auto-renovação e diferenciação em células maduras. Nos últimos anos, estas células ganharam popularidade face à alternativa terapêutica que representam para muitas doenças, tais como: diabetes, anomalias congénitas, danos do tecido nervoso, Parkinson, Alzheimer e outras alterações degenerativas, exposições pulpares, defeitos periodontais e perda do órgão dentário. Apesar do seu potencial terapêutico, apresentam vários efeitos adversos, especialmente em relação ao seu envolvimento direto (via transformação maligna das MSCs) e indireto (via efeito modulatório das MSCs) no desenvolvimento do cancro. Preconiza-se o seu uso no âmbito da Engenharia Tecidular, introduzindo o processo de regeneração tecidular através da utilização combinada de biomateriais e mediadores biológicos, a fim de proporcionar novas ferramentas para a medicina regenerativa. Mais tarde, tornou-se possível identificar cinco populações de células estaminais de origem dentária (DPSCs, SHEDs, DFPCs, SCAPs e PDLCs) que, para além da sua multipotência e capacidade de diferenciação, constituem fontes acessíveis para recolha. O isolamento destas células constitui ainda uma prática relativamente recente, na qual se torna preponderante isolar células com fenótipo pré-determinado e cultivá-las em meios de cultura adequados. Estudos comprovam que o método de isolamento e as condições de cultura utilizados podem dar origem a diferentes linhas celulares. A conservação é uma prática baseada na convicção de que a medicina regenerativa é o caminho mais promissor para o desenvolvimento da medicina personalizada. Informação adicional relativa à terapia com células estaminais é ainda necessária. Esta utiliza princípios de biomimética altamente desejáveis, pelo que os resultados obtidos têm vindo a despoletar grandes expetativas e a sua implementação na Engenharia Tecidular apresenta-se promissora.
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Apesar do seu potencial terapêutico, apresentam vários efeitos adversos, especialmente em relação ao seu envolvimento direto (via transformação maligna das MSCs) e indireto (via efeito modulatório das MSCs) no desenvolvimento do cancro. Preconiza-se o seu uso no âmbito da Engenharia Tecidular, introduzindo o processo de regeneração tecidular através da utilização combinada de biomateriais e mediadores biológicos, a fim de proporcionar novas ferramentas para a medicina regenerativa. Mais tarde, tornou-se possível identificar cinco populações de células estaminais de origem dentária (DPSCs, SHEDs, DFPCs, SCAPs e PDLCs) que, para além da sua multipotência e capacidade de diferenciação, constituem fontes acessíveis para recolha. O isolamento destas células constitui ainda uma prática relativamente recente, na qual se torna preponderante isolar células com fenótipo pré-determinado e cultivá-las em meios de cultura adequados. Estudos comprovam que o método de isolamento e as condições de cultura utilizados podem dar origem a diferentes linhas celulares. A conservação é uma prática baseada na convicção de que a medicina regenerativa é o caminho mais promissor para o desenvolvimento da medicina personalizada. Informação adicional relativa à terapia com células estaminais é ainda necessária. Esta utiliza princípios de biomimética altamente desejáveis, pelo que os resultados obtidos têm vindo a despoletar grandes expetativas e a sua implementação na Engenharia Tecidular apresenta-se promissora.Investigation into stem cells started in the 1960s with the discovery of the first viable source of these cells: the bone marrow. Several studies detailed its role in tissue renewal and regeneration after damage, as well as its characterization, namely, as a heterogeneous group of undifferentiated cells called 'clonogenic' defined by their self-renewal capacity and differentiation into mature cells. Nowadays, these cells have gained popularity as a therapeutic alternative for many diseases such as diabetes, congenital abnormalities, nervous tissue injuries, Parkinson's, pulpal exposure, periodontal defects, loss of teeth, Alzheimer's and other degenerative disorders. However, despite their therapeutic potential, there have been several adverse effects, particularly in relation to their direct (via malignant transformation of the MSCs) and indirect involvement (via modulatory effect of the MSCs) in cancer development. Studies have also helped to identify five populations of stem cells of dental origin (DPSCs, SHEDs, DFPCs, SCAPs and PDLCs). These stem cells offer the additional benefit of multipotency, differentiation capacity and ease of collection. However, isolation of these cells is still a relatively new practice, requiring the identification of pre-determined phenotypes and the growth these cells in a suitable culture media. The isolation method used and the culture conditions provided can give rise to different cell lines. Additional information and research into stem cell therapy is still required, however, the use of these cells in the field of tissue engineering is considered obligatory as it has the potential to provide new tools for regenerative medicine via the combined use of biomaterials and biological agents. It offers highly desirable biomimetic principles and, as stated by 'conservation practitioners', "regenerative medicine is the most promising way for the development of personalized medicine. For these reasons the observed results from stem cell research has triggered much debate and high expectations in the field of tissue engineering.Cardoso, Inês LopesRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaGonçalves, Ana Mafalda Costa2016-10-17T14:12:15Z2016-06-17T00:00:00Z2016-06-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/5575201482592porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:04:54Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/5575Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:42:26.760642Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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