Literacia em saúde e o autocuidado e autocontrolo no idoso com diabetes tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Maria Edite Rua
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/2199
Resumo: A diabetes sendo uma doença crónica, torna-se um grave problema de saúde pública a nível mundial, pelo aumento da sua incidência, e também pela sua elevada taxa de morbilidade e mortalidade. Capacitar a pessoa diabética para a gestão do regime terapêutico da doença crónica, é um objetivo da enfermagem. A diabetes tem uma prevalência superior na faixa etária dos 65 ou mais anos, sendo necessário difundir a literacia em saúde para capacitação deste grupo (Sousa, Peixoto e Martins, 2008). O enfermeiro e particularmente o enfermeiro especialista em enfermagem de saúde comunitária, tem grande responsabilidade em fomentar no utente a obtenção de conhecimentos e aptidões para o seu próprio autocuidado. A pertinência deste estudo prende-se com o facto de a diabetes ser uma doença crónica com fortes repercussões na vida da pessoa e tem como objetivo geral analisar os efeitos de um programa de literacia em saúde sobre a capacidade de controlo da diabetes no idoso. Este trabalho de investigação pretende avaliar os conhecimentos dos diabéticos acerca da sua doença e da sua capacidade para as atividades de autocuidado. Optamos por um estudo quasi-experimental de grupo único, com 2 momentos de avaliação, antes e após a intervenção. Recorremos a diferentes instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Clínica, construído para o efeito, Questionário de Conhecimentos sobre Diabetes (DKQ-24), Escala de Atividade de Autocuidado com a Diabetes, e o Questionário de Literacia “Newest Vital Sign” e uma Checklist de Conhecimentos. Estes instrumentos foram aplicados em uma amostra emparelhada (n = 40) de pessoas diabéticas tipo 2, com 65 ou mais anos de idade e autónomas que se deslocaram à consulta de Enfermagem no ACES Cávado III Barcelos/Esposende em três momentos distintos. O perfil sociodemográfico dos inquiridos carateriza-se por ser maioritariamente constituído por pessoas do sexo feminino (52,5%), possuir o ensino básico (60,0%) como habilitações académicas e uma idade média de 72 anos. A situação profissional é predominante reformado(a) (92,5%), utilizando antidiabéticos orais (92,5%) como tipo de tratamento para a sua doença. Na vertente clinica, os inquiridos apresentaram valores médios anos como diabético de 10,1 anos. A hemoglobina glicada média é de 6,9 e IMC 29,6 kg/m2. Os resultados demonstraram a existência de diferenças estatisticamente significativas a nível dos conhecimentos sobre diabetes, sendo de realçar o facto de as mulheres no momento 1 terem 52,1% de respostas corretas, aumentando para 84,3% no momento 2, nos homens verificou-se a mesma tendência, tendo no 1 momento 59,0% de respostas corretas, evoluindo para 84,0% de respostas corretas no momento 2. Relativamente às atividades de autocuidado com a diabetes foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas atividades alimentação, alimentação específica e cuidados com os pés. A nível da literacia em saúde na 1ª avaliação os idosos que constituem a amostra situavam-se a um nível de alta probabilidade de literacia limitada e após a intervenção evoluíram para o nível de possibilidade de literacia limitada. Na Checklist de Conhecimentos em termos globais, as mulheres e os homens apresentam, respetivamente, 91,2% e 94,2% de respostas corretas.
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A pertinência deste estudo prende-se com o facto de a diabetes ser uma doença crónica com fortes repercussões na vida da pessoa e tem como objetivo geral analisar os efeitos de um programa de literacia em saúde sobre a capacidade de controlo da diabetes no idoso. Este trabalho de investigação pretende avaliar os conhecimentos dos diabéticos acerca da sua doença e da sua capacidade para as atividades de autocuidado. Optamos por um estudo quasi-experimental de grupo único, com 2 momentos de avaliação, antes e após a intervenção. Recorremos a diferentes instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Clínica, construído para o efeito, Questionário de Conhecimentos sobre Diabetes (DKQ-24), Escala de Atividade de Autocuidado com a Diabetes, e o Questionário de Literacia “Newest Vital Sign” e uma Checklist de Conhecimentos. Estes instrumentos foram aplicados em uma amostra emparelhada (n = 40) de pessoas diabéticas tipo 2, com 65 ou mais anos de idade e autónomas que se deslocaram à consulta de Enfermagem no ACES Cávado III Barcelos/Esposende em três momentos distintos. O perfil sociodemográfico dos inquiridos carateriza-se por ser maioritariamente constituído por pessoas do sexo feminino (52,5%), possuir o ensino básico (60,0%) como habilitações académicas e uma idade média de 72 anos. A situação profissional é predominante reformado(a) (92,5%), utilizando antidiabéticos orais (92,5%) como tipo de tratamento para a sua doença. Na vertente clinica, os inquiridos apresentaram valores médios anos como diabético de 10,1 anos. A hemoglobina glicada média é de 6,9 e IMC 29,6 kg/m2. Os resultados demonstraram a existência de diferenças estatisticamente significativas a nível dos conhecimentos sobre diabetes, sendo de realçar o facto de as mulheres no momento 1 terem 52,1% de respostas corretas, aumentando para 84,3% no momento 2, nos homens verificou-se a mesma tendência, tendo no 1 momento 59,0% de respostas corretas, evoluindo para 84,0% de respostas corretas no momento 2. Relativamente às atividades de autocuidado com a diabetes foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas atividades alimentação, alimentação específica e cuidados com os pés. A nível da literacia em saúde na 1ª avaliação os idosos que constituem a amostra situavam-se a um nível de alta probabilidade de literacia limitada e após a intervenção evoluíram para o nível de possibilidade de literacia limitada. Na Checklist de Conhecimentos em termos globais, as mulheres e os homens apresentam, respetivamente, 91,2% e 94,2% de respostas corretas.Since diabetes is a chronic disease, it is a serious public health problem worldwide, due to the increasing of its incidence, and also for its high morbidity and mortality rate. Empowering the diabetic person to manage the therapeutic regimen of chronic disease becomes a nursing goal. Diabetes has a higher prevalence in the age group of 65 or over, and it is necessary to disseminate health literacy to enable this group (Sousa, Peixoto e Martins, 2008). The nurse and particularly the nurse specialist in community health nursing has a great responsibility in encouraging the patient to obtain knowledge and skills for their own self-care. The relevance of this research is knowing that diabetes is a chronic disease that has strong repercussions in the daily life of a person, therefore the general objective of this research is to analyze the effects of a health literacy program on the ability of the elderly diabetic to control the disease. This research aims to evaluate the knowledge of diabetics about their disease and their capacity for self-care activities. Therefore we optioned for a quasi-experimental study of a single group, with 2 evaluation moments, before and after the intervention. We used different instruments: Sociodemographic and clinical characterization questionnaire, constructed for this purpose, Diabetes Knowledge Questionnaire (DKQ-24), Diabetes Self-Care Activity Scale, and the "Newest Vital Sign" Literacy Questionnaire and a Checklist of Acquired Knowledge. These instruments were applied in a paired sample (n = 40) of type 2 diabetic patients, aged 65 years and older, who went to the Nursing Consultation at ACES Cávado IIII Barcelos / Esposende at three different times. The sociodemographic profile of the respondents is characterized by being mostly female (52.5%), have primary education (60.0%) and an average age of 72 years. The participants of the sample were predominantly retired (92.5%), using oral anti-diabetic medication (92.5%) as the type of treatment for their disease. On the clinical side, respondents presented mean values of 10.1 years as diabetic patients. The mean glycated hemoglobin is 6.9 and BMI 29.6 kg / m 2. The results showed statistically significant differences in knowledge about diabetes, with the women at the first evaluation presenting 52.1% of correct answers, increasing to 84.3% at the second evaluation, the men's sample demonstrated the same trend, with 59.0% of correct answers at the first evaluation, evolving to 84.0% of correct answers at the second evaluation. Regarding the self-care activities with diabetes, statistically significant differences were found on the subscale General Diet, Specific Diet and Foot Care Activities. As for the level of health literacy in the first evaluation, the elderly sample were at a high probability of limited literacy level and after the intervention, they evolved to the level of limited literacy. In overall the Checklist of Acquired Knowledge, the women and men present respectively, 91.2% and 94.2% of correct answers.2019-05-30T14:24:45Z2019-03-04T00:00:00Z2019-03-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/2199TID:202250059porCastro, Maria Edite Ruainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:38:39Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/2199Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:53.295049Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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