Consumo de substâncias na população universitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Gonçalo
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Andrade, Graça, Coelho, André
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/6755
Resumo: Os estudantes universitários representam uma população jovem e, à partida, saudável. Contudo, comparando com a população em geral, o grupo etário entre os 15 e 24 anos apresenta maior consumo de substâncias psicoactivas (CS). De acordo com o estudo de Balsa et al. (2013) para a população portuguesa, a prevalência do consumo de álcool e de binge drinking é, respetivamente, de 75% e de 41% nos jovens portugueses entre os 19 e os 30 anos. O consumo de tabaco entre os 18 e 24 anos varia, em função da idade, entre os 14.7% e os 34.5%. No mesmo grupo etário cerca de 30% consumiu sedativos, tranquilizantes ou hipnóticos nos últimos 5 anos, cerca de 45% consumiu marijuana e 75,7% utilizou ecstasy. Como é sabido, o uso de substâncias pode afetar negativamente não só a saúde física e psicológica, como o próprio desempenho académico, podendo ter um impacto social negativo. A perspectiva desenvolvimentista contextualiza o CS nas características psicológicas e sociais deste período de desenvolvimento psicológico. Nas últimas décadas tem sido amplamente aceite a diferenciação de um período de desenvolvimento específico que ocorre depois da adolescência e que precede a plena entrada na adultidade. Arnett (2000, 2006) salienta que este período, que designa de Adultidade Emergente (AE), se caracteriza por um aumento significativo de liberdade com pouca responsabilidade acrescida. Por outro lado, o jovem dispõe ainda de um leque alargado de possibilidades de escolha (e.g., profissionais, amorosas), sem compromissos definitivos assumidos, os quais ocorrem geralmente mais tarde (i.e., entrada no mundo do trabalho, criação de um relação estável com um parceiro e/ou constituição de família). O presente estudo incide sobre o consumo de substâncias psicoactivas, em particular tabaco, medicamentos sem receita médica, tranquilizantes, estimulantes, álcool e bingedrinking, em estudantes do Ensino Superior. Tem como objetivo o estudo da relação destes comportamentos com algumas das características contextuais do período da AE (local de habitação, trabalhador estudante e presença em situações de consumo) e com crenças relacionadas com o consumo (percepções de risco, desaprovação pessoal e de terceiros relativa ao CS).
id RCAP_a7626390af36d5fd5d1094cc49421054
oai_identifier_str oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/6755
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Consumo de substâncias na população universitáriaConsumo de substânciasSubstância psicoactivaEnsino superiorOs estudantes universitários representam uma população jovem e, à partida, saudável. Contudo, comparando com a população em geral, o grupo etário entre os 15 e 24 anos apresenta maior consumo de substâncias psicoactivas (CS). De acordo com o estudo de Balsa et al. (2013) para a população portuguesa, a prevalência do consumo de álcool e de binge drinking é, respetivamente, de 75% e de 41% nos jovens portugueses entre os 19 e os 30 anos. O consumo de tabaco entre os 18 e 24 anos varia, em função da idade, entre os 14.7% e os 34.5%. No mesmo grupo etário cerca de 30% consumiu sedativos, tranquilizantes ou hipnóticos nos últimos 5 anos, cerca de 45% consumiu marijuana e 75,7% utilizou ecstasy. Como é sabido, o uso de substâncias pode afetar negativamente não só a saúde física e psicológica, como o próprio desempenho académico, podendo ter um impacto social negativo. A perspectiva desenvolvimentista contextualiza o CS nas características psicológicas e sociais deste período de desenvolvimento psicológico. Nas últimas décadas tem sido amplamente aceite a diferenciação de um período de desenvolvimento específico que ocorre depois da adolescência e que precede a plena entrada na adultidade. Arnett (2000, 2006) salienta que este período, que designa de Adultidade Emergente (AE), se caracteriza por um aumento significativo de liberdade com pouca responsabilidade acrescida. Por outro lado, o jovem dispõe ainda de um leque alargado de possibilidades de escolha (e.g., profissionais, amorosas), sem compromissos definitivos assumidos, os quais ocorrem geralmente mais tarde (i.e., entrada no mundo do trabalho, criação de um relação estável com um parceiro e/ou constituição de família). O presente estudo incide sobre o consumo de substâncias psicoactivas, em particular tabaco, medicamentos sem receita médica, tranquilizantes, estimulantes, álcool e bingedrinking, em estudantes do Ensino Superior. Tem como objetivo o estudo da relação destes comportamentos com algumas das características contextuais do período da AE (local de habitação, trabalhador estudante e presença em situações de consumo) e com crenças relacionadas com o consumo (percepções de risco, desaprovação pessoal e de terceiros relativa ao CS).Sociedade Portuguesa de Psicologia da SaúdeRCIPLFerreira, GonçaloAndrade, GraçaCoelho, André2017-01-19T15:07:39Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/6755porFerreira G, Andrade G, Coelho A. Consumo de substâncias na população universitária. In: Leal I, Godinho C, Marques S, Vitória P, Pais-Ribeiro JL. editors. Atas do 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde; 2016. p. 287-95.9789899885530info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:51:53Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/6755Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:15:50.837401Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Consumo de substâncias na população universitária
title Consumo de substâncias na população universitária
spellingShingle Consumo de substâncias na população universitária
Ferreira, Gonçalo
Consumo de substâncias
Substância psicoactiva
Ensino superior
title_short Consumo de substâncias na população universitária
title_full Consumo de substâncias na população universitária
title_fullStr Consumo de substâncias na população universitária
title_full_unstemmed Consumo de substâncias na população universitária
title_sort Consumo de substâncias na população universitária
author Ferreira, Gonçalo
author_facet Ferreira, Gonçalo
Andrade, Graça
Coelho, André
author_role author
author2 Andrade, Graça
Coelho, André
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv RCIPL
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Gonçalo
Andrade, Graça
Coelho, André
dc.subject.por.fl_str_mv Consumo de substâncias
Substância psicoactiva
Ensino superior
topic Consumo de substâncias
Substância psicoactiva
Ensino superior
description Os estudantes universitários representam uma população jovem e, à partida, saudável. Contudo, comparando com a população em geral, o grupo etário entre os 15 e 24 anos apresenta maior consumo de substâncias psicoactivas (CS). De acordo com o estudo de Balsa et al. (2013) para a população portuguesa, a prevalência do consumo de álcool e de binge drinking é, respetivamente, de 75% e de 41% nos jovens portugueses entre os 19 e os 30 anos. O consumo de tabaco entre os 18 e 24 anos varia, em função da idade, entre os 14.7% e os 34.5%. No mesmo grupo etário cerca de 30% consumiu sedativos, tranquilizantes ou hipnóticos nos últimos 5 anos, cerca de 45% consumiu marijuana e 75,7% utilizou ecstasy. Como é sabido, o uso de substâncias pode afetar negativamente não só a saúde física e psicológica, como o próprio desempenho académico, podendo ter um impacto social negativo. A perspectiva desenvolvimentista contextualiza o CS nas características psicológicas e sociais deste período de desenvolvimento psicológico. Nas últimas décadas tem sido amplamente aceite a diferenciação de um período de desenvolvimento específico que ocorre depois da adolescência e que precede a plena entrada na adultidade. Arnett (2000, 2006) salienta que este período, que designa de Adultidade Emergente (AE), se caracteriza por um aumento significativo de liberdade com pouca responsabilidade acrescida. Por outro lado, o jovem dispõe ainda de um leque alargado de possibilidades de escolha (e.g., profissionais, amorosas), sem compromissos definitivos assumidos, os quais ocorrem geralmente mais tarde (i.e., entrada no mundo do trabalho, criação de um relação estável com um parceiro e/ou constituição de família). O presente estudo incide sobre o consumo de substâncias psicoactivas, em particular tabaco, medicamentos sem receita médica, tranquilizantes, estimulantes, álcool e bingedrinking, em estudantes do Ensino Superior. Tem como objetivo o estudo da relação destes comportamentos com algumas das características contextuais do período da AE (local de habitação, trabalhador estudante e presença em situações de consumo) e com crenças relacionadas com o consumo (percepções de risco, desaprovação pessoal e de terceiros relativa ao CS).
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016
2016-01-01T00:00:00Z
2017-01-19T15:07:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.21/6755
url http://hdl.handle.net/10400.21/6755
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Ferreira G, Andrade G, Coelho A. Consumo de substâncias na população universitária. In: Leal I, Godinho C, Marques S, Vitória P, Pais-Ribeiro JL. editors. Atas do 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde; 2016. p. 287-95.
9789899885530
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133417233711104