Biopsia hepática - evolução numa casuística recente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Devesa, Nuno
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Guimarães, Joana, Carrola, Paulo, Reis, Rita, Dias, Patrícia, Parente, Francisco, Lourenço, Alberto, Alexandrino, Mário Borges, Moura, José Júlio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/11827
Resumo: Os A.A. estudaram os resultados das biopsias hepáticas efectuadas no seu Serviço, com o objectivo de avaliar a evolução da prática relacionada com a sua realização. Identificaram as biopsias hepáticas realizadas nos Serviços de Medicina II, desde 1989 a 2001, na base de dados do Hospital, através da pesquisa no procedimento 50.11 (CID-9). Obtiveram assim um total de 610 biopsias no período considerado. Avaliaram com mais pormenor duas populações, uma constituída pelos episódios de 1991/ 1992 (n=66) – grupo A, confrontando-a com a de 2000/2001 (n=106) - grupo B. Após o levantamento dos processos clínicos, consideraram para estudo 48 doentes no grupo A (72,7 %) e 85 no grupo B (80,2 %), sendo os restantes excluídos por insuficiência de dados. Nestes grupos foram avaliados vários parâmetros clínicos e laboratoriais, sendo efectuadas comparações entre os grupos. Dos resultados, os A.A. destacam e comentam o aumento significativo de biopsias programadas em relação às executadas em doentes já internados, no grupo mais recente, e um maior número total e percentual de casos em que se optou pela alta no dia da execução do exame. O advento da radiologia de intervenção também se fez sentir neste trabalho, pela realização de biopsias guiadas por tomografia axial computorizada (TAC) em 12 % dos casos no segundo grupo, técnica inexistente no primeiro. Nas indicações, houve diminuição do peso da avaliação para diagnóstico/estadiamento de doença hepática alcoólica, enquanto se verificou aumento das biopsias para avaliação de alterações isoladas dos enzimas hepáticos, de massas hepáticas e no contexto do pré e pós-transplante hepático. Como diagnósticos estabelecidos com a ajuda desta técnica, destacamos a prevalência da esteato-hepatite não alcoólica no grupo mais recente.
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