Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Joana Rodrigues
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Marques, Rita, Alves, Ana, Gomes, Joana, Moreira, Jorge, Melo, Filomena, Moreira, Fernando, Branco, Catarina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25759/spmfr.193
Resumo: Objetivos Cada vez mais doentes com traqueostomia (DTQ) têm alta de Unidades de Cuidados Intensivos antes da descanulação; o melhor modelo de prestação destes cuidados são as equipas inter/multidisciplinares. O presente trabalho faz uma revisão da literatura acerca deste tema e apresenta um estudo numa Unidade de Doentes Agudos (UDA) hospitalar, co-coordenada por Fisiatra.Materiais e Métodos Estudo observacional retrospetivo da análise da atividade assistencial no internamento em UDA (maio/2011-2013). Recolhida informação dos processos clínicos de 40 DTQ, relativa às variáveis: proveniência, idade, diagnóstico de entrada, patologia médica/cirúrgica, duração de TQ e de internamento hospitalar, percentagem de descanulações, destino após alta. Análise da significância estatística da evolução funcional de toda a amostra e comparativa dos doentes descanulados vs não descanulados. Na revisão da literatura usou-se a base de dados eletrónica MEDLINE. Efetuou-se paralelismo entre os dados da UDA e os da literatura.Resultados 40 DTQ foram internados na UDA. A idade média dos doentes foi 59.6 anos. Descanularam-se 77.5% dos doentes, 100% com sucesso. O tempo médio de descanulação foi 35 dias e o total de internamento foi 60.9 dias. A diferença de medianas de evolução funcional à data de entrada e alta foi significativa (p<0.001), tendo os doentes descanulados tido uma evolução funcional superior à dos não descanulados (p=0.023). A idade média, os tempos de descanulação e de internamento dos doentes da UDA estão no limite superior do descrito nos artigos, o que se poderá dever a elevados índices de gravidade e mais comorbilidades dos doentes da UDA, assim como prestação de reabilitação intensiva enquanto necessária.Conclusões A criação de equipas inter/multidisciplinares que prestem cuidados a DTQ é o melhor modelo de prestação destes cuidados. A UDA apresentada representa uma experiência crescente na prestação deste tipo de cuidados. Os doentes descanulados na UDA registaram evolução funcional mais favorável do que os não descanulados. A idade média e tempos de descanulação e de internamento estão no limite superior do descrito nos artigos encontrados, provavelmente por mais comorbilidades, índices de gravidade superiores e prestação de reabilitação intensiva independentemente do tempo de internamento previsto. A UDA poderá ser inovadora evidenciando nova área de atuação da MFR. Palavras-chave:Traqueostomia, Traqueotomia, Equipa interdisciplinar / multidisciplinar.
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