Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25759/spmfr.193 |
Resumo: | Objetivos Cada vez mais doentes com traqueostomia (DTQ) têm alta de Unidades de Cuidados Intensivos antes da descanulação; o melhor modelo de prestação destes cuidados são as equipas inter/multidisciplinares. O presente trabalho faz uma revisão da literatura acerca deste tema e apresenta um estudo numa Unidade de Doentes Agudos (UDA) hospitalar, co-coordenada por Fisiatra.Materiais e Métodos Estudo observacional retrospetivo da análise da atividade assistencial no internamento em UDA (maio/2011-2013). Recolhida informação dos processos clínicos de 40 DTQ, relativa às variáveis: proveniência, idade, diagnóstico de entrada, patologia médica/cirúrgica, duração de TQ e de internamento hospitalar, percentagem de descanulações, destino após alta. Análise da significância estatística da evolução funcional de toda a amostra e comparativa dos doentes descanulados vs não descanulados. Na revisão da literatura usou-se a base de dados eletrónica MEDLINE. Efetuou-se paralelismo entre os dados da UDA e os da literatura.Resultados 40 DTQ foram internados na UDA. A idade média dos doentes foi 59.6 anos. Descanularam-se 77.5% dos doentes, 100% com sucesso. O tempo médio de descanulação foi 35 dias e o total de internamento foi 60.9 dias. A diferença de medianas de evolução funcional à data de entrada e alta foi significativa (p<0.001), tendo os doentes descanulados tido uma evolução funcional superior à dos não descanulados (p=0.023). A idade média, os tempos de descanulação e de internamento dos doentes da UDA estão no limite superior do descrito nos artigos, o que se poderá dever a elevados índices de gravidade e mais comorbilidades dos doentes da UDA, assim como prestação de reabilitação intensiva enquanto necessária.Conclusões A criação de equipas inter/multidisciplinares que prestem cuidados a DTQ é o melhor modelo de prestação destes cuidados. A UDA apresentada representa uma experiência crescente na prestação deste tipo de cuidados. Os doentes descanulados na UDA registaram evolução funcional mais favorável do que os não descanulados. A idade média e tempos de descanulação e de internamento estão no limite superior do descrito nos artigos encontrados, provavelmente por mais comorbilidades, índices de gravidade superiores e prestação de reabilitação intensiva independentemente do tempo de internamento previsto. A UDA poderá ser inovadora evidenciando nova área de atuação da MFR. Palavras-chave:Traqueostomia, Traqueotomia, Equipa interdisciplinar / multidisciplinar. |
id |
RCAP_a80842ad7bf005ddf7b68c0946ea663e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.spmfrjournal.org:article/193 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço.Objetivos Cada vez mais doentes com traqueostomia (DTQ) têm alta de Unidades de Cuidados Intensivos antes da descanulação; o melhor modelo de prestação destes cuidados são as equipas inter/multidisciplinares. O presente trabalho faz uma revisão da literatura acerca deste tema e apresenta um estudo numa Unidade de Doentes Agudos (UDA) hospitalar, co-coordenada por Fisiatra.Materiais e Métodos Estudo observacional retrospetivo da análise da atividade assistencial no internamento em UDA (maio/2011-2013). Recolhida informação dos processos clínicos de 40 DTQ, relativa às variáveis: proveniência, idade, diagnóstico de entrada, patologia médica/cirúrgica, duração de TQ e de internamento hospitalar, percentagem de descanulações, destino após alta. Análise da significância estatística da evolução funcional de toda a amostra e comparativa dos doentes descanulados vs não descanulados. Na revisão da literatura usou-se a base de dados eletrónica MEDLINE. Efetuou-se paralelismo entre os dados da UDA e os da literatura.Resultados 40 DTQ foram internados na UDA. A idade média dos doentes foi 59.6 anos. Descanularam-se 77.5% dos doentes, 100% com sucesso. O tempo médio de descanulação foi 35 dias e o total de internamento foi 60.9 dias. A diferença de medianas de evolução funcional à data de entrada e alta foi significativa (p<0.001), tendo os doentes descanulados tido uma evolução funcional superior à dos não descanulados (p=0.023). A idade média, os tempos de descanulação e de internamento dos doentes da UDA estão no limite superior do descrito nos artigos, o que se poderá dever a elevados índices de gravidade e mais comorbilidades dos doentes da UDA, assim como prestação de reabilitação intensiva enquanto necessária.Conclusões A criação de equipas inter/multidisciplinares que prestem cuidados a DTQ é o melhor modelo de prestação destes cuidados. A UDA apresentada representa uma experiência crescente na prestação deste tipo de cuidados. Os doentes descanulados na UDA registaram evolução funcional mais favorável do que os não descanulados. A idade média e tempos de descanulação e de internamento estão no limite superior do descrito nos artigos encontrados, provavelmente por mais comorbilidades, índices de gravidade superiores e prestação de reabilitação intensiva independentemente do tempo de internamento previsto. A UDA poderá ser inovadora evidenciando nova área de atuação da MFR. Palavras-chave:Traqueostomia, Traqueotomia, Equipa interdisciplinar / multidisciplinar.Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação2017-07-29T00:00:00Zjournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://doi.org/10.25759/spmfr.193oai:ojs.spmfrjournal.org:article/193Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; v. 29, n. 1 (2017): Ano 250872-9204reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/193https://doi.org/10.25759/spmfr.193Copyright (c) 2019 Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLeal, Joana RodriguesMarques, RitaAlves, AnaGomes, JoanaMoreira, JorgeMelo, FilomenaMoreira, FernandoBranco, Catarina2022-09-20T15:28:45Zoai:ojs.spmfrjournal.org:article/193Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:20.265506Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
title |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
spellingShingle |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. Leal, Joana Rodrigues |
title_short |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
title_full |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
title_fullStr |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
title_full_unstemmed |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
title_sort |
Importância de cuidados inter /multidisciplinares em Medicina Física e de Reabilitação nos doentes agudos traqueostomizados. A experiência de um Serviço. |
author |
Leal, Joana Rodrigues |
author_facet |
Leal, Joana Rodrigues Marques, Rita Alves, Ana Gomes, Joana Moreira, Jorge Melo, Filomena Moreira, Fernando Branco, Catarina |
author_role |
author |
author2 |
Marques, Rita Alves, Ana Gomes, Joana Moreira, Jorge Melo, Filomena Moreira, Fernando Branco, Catarina |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leal, Joana Rodrigues Marques, Rita Alves, Ana Gomes, Joana Moreira, Jorge Melo, Filomena Moreira, Fernando Branco, Catarina |
description |
Objetivos Cada vez mais doentes com traqueostomia (DTQ) têm alta de Unidades de Cuidados Intensivos antes da descanulação; o melhor modelo de prestação destes cuidados são as equipas inter/multidisciplinares. O presente trabalho faz uma revisão da literatura acerca deste tema e apresenta um estudo numa Unidade de Doentes Agudos (UDA) hospitalar, co-coordenada por Fisiatra.Materiais e Métodos Estudo observacional retrospetivo da análise da atividade assistencial no internamento em UDA (maio/2011-2013). Recolhida informação dos processos clínicos de 40 DTQ, relativa às variáveis: proveniência, idade, diagnóstico de entrada, patologia médica/cirúrgica, duração de TQ e de internamento hospitalar, percentagem de descanulações, destino após alta. Análise da significância estatística da evolução funcional de toda a amostra e comparativa dos doentes descanulados vs não descanulados. Na revisão da literatura usou-se a base de dados eletrónica MEDLINE. Efetuou-se paralelismo entre os dados da UDA e os da literatura.Resultados 40 DTQ foram internados na UDA. A idade média dos doentes foi 59.6 anos. Descanularam-se 77.5% dos doentes, 100% com sucesso. O tempo médio de descanulação foi 35 dias e o total de internamento foi 60.9 dias. A diferença de medianas de evolução funcional à data de entrada e alta foi significativa (p<0.001), tendo os doentes descanulados tido uma evolução funcional superior à dos não descanulados (p=0.023). A idade média, os tempos de descanulação e de internamento dos doentes da UDA estão no limite superior do descrito nos artigos, o que se poderá dever a elevados índices de gravidade e mais comorbilidades dos doentes da UDA, assim como prestação de reabilitação intensiva enquanto necessária.Conclusões A criação de equipas inter/multidisciplinares que prestem cuidados a DTQ é o melhor modelo de prestação destes cuidados. A UDA apresentada representa uma experiência crescente na prestação deste tipo de cuidados. Os doentes descanulados na UDA registaram evolução funcional mais favorável do que os não descanulados. A idade média e tempos de descanulação e de internamento estão no limite superior do descrito nos artigos encontrados, provavelmente por mais comorbilidades, índices de gravidade superiores e prestação de reabilitação intensiva independentemente do tempo de internamento previsto. A UDA poderá ser inovadora evidenciando nova área de atuação da MFR. Palavras-chave:Traqueostomia, Traqueotomia, Equipa interdisciplinar / multidisciplinar. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-07-29T00:00:00Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
journal article journal article info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25759/spmfr.193 oai:ojs.spmfrjournal.org:article/193 |
url |
https://doi.org/10.25759/spmfr.193 |
identifier_str_mv |
oai:ojs.spmfrjournal.org:article/193 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/193 https://doi.org/10.25759/spmfr.193 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; v. 29, n. 1 (2017): Ano 25 0872-9204 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130377201123328 |