O desacerto transatlântico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/4425 |
Resumo: | Este é o tema que nunca pensei que sentiria vontade de abordar: o desacerto transatlântico. E nunca pensei porque o tema não me é grato e, sobretudo, porque não imaginei que se viesse a colocar neste ciclo histórico. De facto tudo parecia sugerir que, mesmo não devendo ser compreendida como definitivamente eterna, a comunidade transatlântica, composta pela Europa e pelos Estados Unidos da América e Canadá, era intrinsecamente coesa e por essa razão inquestionável no horizonte temporal que somos razoavelmente capazes de perspetivar. Vários parâmetros pareciam corroborar e suportar essa visão. Em primeiro lugar uma comunalidade de paradigmas civilizacionais, de princípios e interesses. Consequência nomeadamente da matriz predominantemente europeia da Nação americana e da adoção de modelos essencialmente idênticos de organização política, social e económica. Mas também e de modo muito vivo, um trajeto conjunto e bem sucedido em períodos difíceis e marcantes, como foram as duas Guerras Mundiais e a Guerra Fria. E ainda compromissos partilhados como os correspondentes à criação das Nações Unidas e da NATO, à construção do ordenamento financeiro, monetário e comercial do Mundo no pós 2ª Guerra Mundial, ao empenhamento americano na Segurança e Defesa da Europa. E, mais modernamente, à reconfiguração e aggiornamento da Aliança Atlântica após o colapso da União Soviética, e cujo propósito e utilidade estão já demonstrados. Ao que se pode e deve juntar o esforço comum na pacificação das Balcãs Ocidentais e a singular expressão de solidariedade que se seguiu aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. |
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