Olho seco: abordagem terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barroso, Andreia Soares
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Torrão, Luis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.14681
Resumo: Resumo Introdução: O olho seco é uma doença multifatorial onde há inflamação da superfície ocular e aumento da osmolaridade do filme lacrimal, podendo ser classificada com base na etiologia, mecanismos e estadio da doença. É uma doença comum que afeta principalmente o sexo feminino e acarreta elevada morbilidade, sobretudo nas formas graves da doença. Objetivo: O objetivo principal deste trabalho consiste numa revisão bibliográfica das modalidades terapêuticas, de forma a identificar qual o tratamento mais eficaz consoante o estadio da doença. Métodos: Efetuou-se uma revisão de artigos publicados na literatura científica, após seleção criteriosa na PubMed e UpToDate. Resultados: A história clínica é fundamental para o diagnóstico, assim como outros testes que avaliam a superfície ocular e a estabilidade do filme lacrimal. As lágrimas artificiais são o tratamento de primeira linha para olho seco ligeiro a moderado. A higiene palpebral é útil no olho seco por perda evaporativa, mas para estados hipossecretores graves prefere-se uma terapia de conservação de lágrimas. O tratamento anti-inflamatório mostrou benefício terapêutico em todos os estadios da doença, por isso é considerado indispensável ao tratamento. O consumo de ácidos gordos ómega-3 é aconselhável, principalmente em doentes com disfunção meibomiana associada. Conclusões: O tratamento é altamente variável, desde a suplementação única com lágrimas artificiais até a um algoritmo terapêutico complexo. Atualmente várias questões permanecem em aberto quanto à toxicidade a longo prazo e efetividade de alguns regimes terapêuticos. No futuro, a biologia molecular e a genética poderão oferecer um melhor entendimento fisiopatológico da doença, o que ajudará na tomada de decisão clínica.
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