Acidente Vascular Cerebral Isquémico Neonatal no Registo Nacional da Unidade de Vigilância Pediátrica: Como Estão Estas Crianças Seis Anos Depois?
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2018.11663 |
Resumo: | Introdução: Pretendeu-se avaliar uma coorte de recém-nascidos com acidente vascular cerebral isquémico neonatal sintomático, incluindo o seguimento até aos 5-7 anos. Métodos: Estudo de coorte prospetivo e descritivo, baseado em dados retirados do registo nacional de acidente vascular cerebral neonatal, entre 2009-2011. Foram incluídos os casos de acidente vascular cerebral isquémico neonatal sintomático confirmados por ressonância magnética crânio-encefálica. Resultados: Analisaram-se 21 recém-nascidos, 12 do sexo masculino, mediana da idade gestacional 39 semanas e do peso ao nascer 3389 g. Apresentaram antecedentes obstétricos ou perinatais significativos 18 recém-nascidos, salientando-se reanimação neonatal (n = 9), encefalopatia hipóxico-isquémica (n = 2), parto traumático (n = 1), sépsis precoce (n = 2), cardiopatia congénita (n = 4) e potenciais fatores de risco protrombóticos (n = 8). Todos apresentaram convulsões entre as 6-72 horas de vida (focais em 18), associando-se hipotonia (n = 11), apneia (n = 5) e dificuldade alimentar (n = 4). O diagnóstico foi confirmado por ressonância magnética crânio-encefálica, sendo realizada angiografia por ressonância magnética em três recém-nascidos. O hemisfério esquerdo foi o mais afetado (n = 13). Foi possível obter dados de seguimento aos 2-3 anos em 18 crianças: 10 tinham défice motor, quatro atraso global de desenvolvimento, duas epilepsia e oito sem sequelas. Dos 11 casos com seguimento mais longo (5-7 anos), sete apresentaram défice motor, três atraso global do desenvolvimento e perturbações da linguagem, uma epilepsia e quatro sem sequelas. Discussão: O seguimento longitudinal das crianças com acidente vascular cerebral neonatal é fundamental, uma vez que as sequelas se tornam evidentes a médio / longo prazo. Apesar da existência de fatores de risco significativos nos recém-nascidos com acidente vascular cerebral, a determinação de fatores agudos preditivos da evolução é ainda difícil. |
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