Consequência da inclusão canina maxilar no incisivo lateral: uma revisão narrativa

• Autor(a) principal: Teixeira, Andreia Lima
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/11530
• topic: Inclusão canina; Reabsorção radicular; Incisivo lateral; Tomografia computorizada; Impacted canine; Root resorption; Lateral incisor; Computed tomography; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Clínica

A seguir aos terceiros molares, os caninos são os dentes mais suscetíveis de sofrerem inclusão. Esta denominação é utilizada para referenciar uma falha no processo de erupção, quando o órgão dentário não apresenta uma posição funcional na arcada dentária apesar do seu desenvolvimento estar completo. A complicação mais frequente decorrente da inclusão canina é a reabsorção radicular dos dentes adjacentes, podendo envolver também o incisivo central. Devido às complicações problemáticas que esta anomalia gere, o seu tratamento requer uma abordagem terapêutica judiciosa multidisciplinar, existindo várias opções de tratamento, desde o tratamento intercetivo até à exodontia do dente. O objetivo desta revisão foi obter uma visão panorâmica sobre a inclusão canina, abordando a sua etiologia, o seu diagnóstico e as consequências dessa má-oclusão no incisivo lateral. Uma pesquisa bibliográfica eletrónica foi efetuada, no portal Pubmed, da base de dados Medline e na Cochrane Library, onde foram selecionados artigos, de acordo com as palavras-chaves previamente definidas e a palavra AND como operador booleano. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão obtiveram-se 32 artigos. A reabsorção externa dos dentes adjacentes à inclusão canina deriva de um fenómeno complexo, de origem multifatorial e é a consequência mais frequente, a qual pode prejudicar a vitalidade do dente e influenciar a integridade da arcada dentária. A severidade da reabsorção radicular não pode ser rigorosamente avaliada nas imagens bidimensionais. O uso da tomografia computorizada permite avaliar o percurso eruptivo desfavorável do canino, adotar medidas preventivas e evitar complicações durante o tratamento.