Casal, filhos, emprego: relação triangular de papéis e sua influência na qualidade de vida familiar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/13290 |
Resumo: | De acordo com dados da extinta Direcção Geral da Família (1994) o número de núcleos familiares com filhos em que ambos o s elementos do casal estão empregados são maioritários relativamente ao total da população. 0 número deste tipo de famílias passa de 35,5% em 1990 para 47% em 1994. Em Portugal e "principalmente na década de 80, registou-se um baixa significativa nas taxas de fecundidade e um forte aumento das taxas de actividade feminina. Estes dois factores influenciam fortemente as relações do casal provocando alterações nas atitudes, nos comportamentos e no equilíbrio de forças e de poder nas relações familiares" (Covas, 1993: 299). Em outros países, nomeadamente nos Estados Unidos da América, em 1970, 40% da mulheres em idade escolar trabalhavam, tendo este número evoluído para 75% em 1990 (Silverstein, 1991). Apesar de ambos os elementos do casal trabalharem, as mulheres continuam a ser as primeiras responsáveis pelas crianças e pelos trabalhos/ gestão doméstica (Scarr, Philips; McCartney, K, 1989). O facto da mulher trabalhar não é novo, esse trabalho sempre existiu. Ao longo da história não foi exigido à mulher o mesmo tipo de funções no desempenho do seu papel de mãe, sendo muitas vezes o cuidado dos seus filhos entregue a outros elementos da família nomeadamente às avós. Silverstein (1991) refere que anteriormente ao advento da industrialização nos finais do século XVIII em França, existiam crianças de todas as classes que não eram criadas no contexto familiar. Eram enviadas para amas no país, muitas vezes a 125 milhas de distância onde permaneciam por três ou quatro anos. Nestes contextos culturais a definição de mãe a tempo inteiro não existia. Nos finais do século XIX com o advento da industrialização, o trabalho começou a surgir com mais facilidade nas cidades, e a família extensa começou a dissolver-se. Apenas aí o papel de mãe se centraliza na criação / educação dos filhos. Alexandra Graça Introdução Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia O reconhecimento dos direitos da criança e o início das preocupações com a psicologia infantil, vieram despoletar grande interesse pela influência do trabalho da mãe no desenvolvimento integral da criança. o papel social que é esperado tradicionalmente das mães, ou seja o de educadoras a tempo inteiro, que salvaguardam com toda a segurança os seus filhos e lhes dedicam toda a atenção, carinho e tempo deixa de ser na maioria das vezes possível devido a inúmeros factores de ordem social, económico, laborai etc. Para além das horas de trabalho, juntam-se as deslocações, as compras, o cuidar dos filhos, quando as mães não têm outro tipo de actividade. Segundo Clark (1992) de acordo com cálculos efectuados por peritos, uma família americana gasta em média por dia: 30 minutos em exercício, 45 minutos para tratamento pessoal, 24 horas com o marido \ mulher e filhos, 45 minutos para ler o jornal, 1 hora, 1 h e 30 m para deslocações, 7-10 horas para trabalhar, 1-2 horas em trabalhos domésticos, 50 minutos para sexo e intimidades e 15 minutos para lanchar, tratar das plantas, ouvir música e o restante tempo para dormir. Estes números evidenciam que existem tarefas efectuadas simultaneamente. Todas estas questões na relação trabalho - família são de facto importantes, e embora reconheça o valor inestimável das opiniões que os vários autores teceram acerca desta problemática, esta não foi a motivação decisiva para investigar nesta área. Foi, de facto, ao longo da minha experiência profissional como Educadora de Infância e como Assistente social que me apercebeci da evolução, nesta última década, dos problemas familiares relacionados com o desempenho dos papéis e da gestão do tempo dos mesmos, bem como da afectação de todos estes factores na qualidade das interacções familiares (do casal e de cada um dos elementos com os filhos), nomeadamente no que se refere aos casais em que ambos os elementos trabalham fora de casa. Um profissional que trabalhe durante dez anos, sempre em contacto com a população, adquire uma série de aprendizagens de tal forma ricas que jamais poderão ser esquecidas. As queixas frequentes, principalmente das mães que trabalham fora de casa, de que não podem desempenhar os seus papéis como desejam, a sobrecarga de trabalho familiar e profissional, a falta de Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia colaboração por parte dos companheiros, permitiram obter observações e informações meramente empíricas, que serviram como motivação para a presente investigação. Também pude constatar, que alguns se sentem culpados por não poder dedicar o tempo e a atenção necessária aos seus filhos. Muitas das crianças por seu lado no início da manhã, quando os pais os deixam para ir para o trabalho choram compulsivamente, agarrando-se ao pescoço de quem a traz, e muitas mães não tendo alternativa argumentavam "A mãe tem que ir trabalhar, e tu tens que ficar aqui, que é o teu trabalho ", e assim abandonam a instituição deixando os seus filhos entregues ás educadoras, algumas vezes com uma lágrima no olho. Ao fim da tarde quando os pais vão buscar, há crianças que tecem afirmações acusativas como "Demoraste muito tempo !", ou praticam acções que demonstravam que não compreendem por que razão os deixam ali, como por exemplo atirar as mochilas de propósito ao chão para os pais as irem buscar, uma vez que o que eles queriam mesmo era ficar em casa. Mas o factor mais referido por todos é a falta de tempo, que devido aos inúmeros papéis que desempenham, e deveres que têm de cumprir não lhes permite sentirem-se satisfeitos. Este tipo de observações conduziram a várias questões: |
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Apesar de ambos os elementos do casal trabalharem, as mulheres continuam a ser as primeiras responsáveis pelas crianças e pelos trabalhos/ gestão doméstica (Scarr, Philips; McCartney, K, 1989). O facto da mulher trabalhar não é novo, esse trabalho sempre existiu. Ao longo da história não foi exigido à mulher o mesmo tipo de funções no desempenho do seu papel de mãe, sendo muitas vezes o cuidado dos seus filhos entregue a outros elementos da família nomeadamente às avós. Silverstein (1991) refere que anteriormente ao advento da industrialização nos finais do século XVIII em França, existiam crianças de todas as classes que não eram criadas no contexto familiar. Eram enviadas para amas no país, muitas vezes a 125 milhas de distância onde permaneciam por três ou quatro anos. Nestes contextos culturais a definição de mãe a tempo inteiro não existia. Nos finais do século XIX com o advento da industrialização, o trabalho começou a surgir com mais facilidade nas cidades, e a família extensa começou a dissolver-se. Apenas aí o papel de mãe se centraliza na criação / educação dos filhos. Alexandra Graça Introdução Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia O reconhecimento dos direitos da criança e o início das preocupações com a psicologia infantil, vieram despoletar grande interesse pela influência do trabalho da mãe no desenvolvimento integral da criança. o papel social que é esperado tradicionalmente das mães, ou seja o de educadoras a tempo inteiro, que salvaguardam com toda a segurança os seus filhos e lhes dedicam toda a atenção, carinho e tempo deixa de ser na maioria das vezes possível devido a inúmeros factores de ordem social, económico, laborai etc. Para além das horas de trabalho, juntam-se as deslocações, as compras, o cuidar dos filhos, quando as mães não têm outro tipo de actividade. 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Foi, de facto, ao longo da minha experiência profissional como Educadora de Infância e como Assistente social que me apercebeci da evolução, nesta última década, dos problemas familiares relacionados com o desempenho dos papéis e da gestão do tempo dos mesmos, bem como da afectação de todos estes factores na qualidade das interacções familiares (do casal e de cada um dos elementos com os filhos), nomeadamente no que se refere aos casais em que ambos os elementos trabalham fora de casa. Um profissional que trabalhe durante dez anos, sempre em contacto com a população, adquire uma série de aprendizagens de tal forma ricas que jamais poderão ser esquecidas. As queixas frequentes, principalmente das mães que trabalham fora de casa, de que não podem desempenhar os seus papéis como desejam, a sobrecarga de trabalho familiar e profissional, a falta de Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia colaboração por parte dos companheiros, permitiram obter observações e informações meramente empíricas, que serviram como motivação para a presente investigação. Também pude constatar, que alguns se sentem culpados por não poder dedicar o tempo e a atenção necessária aos seus filhos. Muitas das crianças por seu lado no início da manhã, quando os pais os deixam para ir para o trabalho choram compulsivamente, agarrando-se ao pescoço de quem a traz, e muitas mães não tendo alternativa argumentavam "A mãe tem que ir trabalhar, e tu tens que ficar aqui, que é o teu trabalho ", e assim abandonam a instituição deixando os seus filhos entregues ás educadoras, algumas vezes com uma lágrima no olho. Ao fim da tarde quando os pais vão buscar, há crianças que tecem afirmações acusativas como "Demoraste muito tempo !", ou praticam acções que demonstravam que não compreendem por que razão os deixam ali, como por exemplo atirar as mochilas de propósito ao chão para os pais as irem buscar, uma vez que o que eles queriam mesmo era ficar em casa. Mas o factor mais referido por todos é a falta de tempo, que devido aos inúmeros papéis que desempenham, e deveres que têm de cumprir não lhes permite sentirem-se satisfeitos. 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Apesar de ambos os elementos do casal trabalharem, as mulheres continuam a ser as primeiras responsáveis pelas crianças e pelos trabalhos/ gestão doméstica (Scarr, Philips; McCartney, K, 1989). O facto da mulher trabalhar não é novo, esse trabalho sempre existiu. Ao longo da história não foi exigido à mulher o mesmo tipo de funções no desempenho do seu papel de mãe, sendo muitas vezes o cuidado dos seus filhos entregue a outros elementos da família nomeadamente às avós. Silverstein (1991) refere que anteriormente ao advento da industrialização nos finais do século XVIII em França, existiam crianças de todas as classes que não eram criadas no contexto familiar. Eram enviadas para amas no país, muitas vezes a 125 milhas de distância onde permaneciam por três ou quatro anos. Nestes contextos culturais a definição de mãe a tempo inteiro não existia. Nos finais do século XIX com o advento da industrialização, o trabalho começou a surgir com mais facilidade nas cidades, e a família extensa começou a dissolver-se. Apenas aí o papel de mãe se centraliza na criação / educação dos filhos. Alexandra Graça Introdução Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia O reconhecimento dos direitos da criança e o início das preocupações com a psicologia infantil, vieram despoletar grande interesse pela influência do trabalho da mãe no desenvolvimento integral da criança. o papel social que é esperado tradicionalmente das mães, ou seja o de educadoras a tempo inteiro, que salvaguardam com toda a segurança os seus filhos e lhes dedicam toda a atenção, carinho e tempo deixa de ser na maioria das vezes possível devido a inúmeros factores de ordem social, económico, laborai etc. Para além das horas de trabalho, juntam-se as deslocações, as compras, o cuidar dos filhos, quando as mães não têm outro tipo de actividade. Segundo Clark (1992) de acordo com cálculos efectuados por peritos, uma família americana gasta em média por dia: 30 minutos em exercício, 45 minutos para tratamento pessoal, 24 horas com o marido \ mulher e filhos, 45 minutos para ler o jornal, 1 hora, 1 h e 30 m para deslocações, 7-10 horas para trabalhar, 1-2 horas em trabalhos domésticos, 50 minutos para sexo e intimidades e 15 minutos para lanchar, tratar das plantas, ouvir música e o restante tempo para dormir. Estes números evidenciam que existem tarefas efectuadas simultaneamente. Todas estas questões na relação trabalho - família são de facto importantes, e embora reconheça o valor inestimável das opiniões que os vários autores teceram acerca desta problemática, esta não foi a motivação decisiva para investigar nesta área. Foi, de facto, ao longo da minha experiência profissional como Educadora de Infância e como Assistente social que me apercebeci da evolução, nesta última década, dos problemas familiares relacionados com o desempenho dos papéis e da gestão do tempo dos mesmos, bem como da afectação de todos estes factores na qualidade das interacções familiares (do casal e de cada um dos elementos com os filhos), nomeadamente no que se refere aos casais em que ambos os elementos trabalham fora de casa. Um profissional que trabalhe durante dez anos, sempre em contacto com a população, adquire uma série de aprendizagens de tal forma ricas que jamais poderão ser esquecidas. As queixas frequentes, principalmente das mães que trabalham fora de casa, de que não podem desempenhar os seus papéis como desejam, a sobrecarga de trabalho familiar e profissional, a falta de Universidade de Évora - Mestrado em Sociologia colaboração por parte dos companheiros, permitiram obter observações e informações meramente empíricas, que serviram como motivação para a presente investigação. Também pude constatar, que alguns se sentem culpados por não poder dedicar o tempo e a atenção necessária aos seus filhos. Muitas das crianças por seu lado no início da manhã, quando os pais os deixam para ir para o trabalho choram compulsivamente, agarrando-se ao pescoço de quem a traz, e muitas mães não tendo alternativa argumentavam "A mãe tem que ir trabalhar, e tu tens que ficar aqui, que é o teu trabalho ", e assim abandonam a instituição deixando os seus filhos entregues ás educadoras, algumas vezes com uma lágrima no olho. Ao fim da tarde quando os pais vão buscar, há crianças que tecem afirmações acusativas como "Demoraste muito tempo !", ou praticam acções que demonstravam que não compreendem por que razão os deixam ali, como por exemplo atirar as mochilas de propósito ao chão para os pais as irem buscar, uma vez que o que eles queriam mesmo era ficar em casa. Mas o factor mais referido por todos é a falta de tempo, que devido aos inúmeros papéis que desempenham, e deveres que têm de cumprir não lhes permite sentirem-se satisfeitos. Este tipo de observações conduziram a várias questões: |
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