Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequito
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/24193
Resumo: Desde a súbita nacionalização em 1976, o setor elétrico português tem sido progressivamente privatizado e liberalizado. Dando cumprimento a diretivas europeias, os últimos vinte e cinco anos foram prolíferos em alterações estruturais. O monopólio natural verticalmente integrado deu lugar à separação de atividades cuja exploração foi concedida a privados. A estrutura atual do setor encontra-se dividida entre segmentos concorrenciais e segmentos de monopólio natural explorados sob a supervisão de regulação setorial independente. A Lei n.º 31/2017 acarreta novas alterações que representam desafios acrescidos ao segmento da distribuição de eletricidade em baixa tensão, prenunciando um novo modelo de concessões. A partir de um problema de programação linear inteira, é proposto um modelo de concessões alternativo à proposta do regulador, com base no qual se pretende aferir se a introdução de concorrência é possível e desejável em segmentos tradicionalmente não concorrenciais. Questiona-se se o redimensionamento da atividade implícito num modelo de concessões múltiplas compromete a manutenção de economias de escala e se a promoção da concorrência pelo mercado pode atrair novos players com capacidade de competir em leilão pela concessão do serviço a preços competitivos. Porém, esse modelo adensa as dúvidas: estarão as empresas potencialmente entrantes no mercado tecnicamente preparadas? Como se relacionarão com os restantes intervenientes do setor? Nesse sentido, aprofundam-se as razões da intervenção do Estado nas public utilities com enfoque nas teorias do monopólio natural e na regulação económica, exploram-se as possíveis estruturas industriais do setor elétrico e reflete-se acerca dos futuros desafios que se lhe colocarão.
id RCAP_a97b3cdd3769af0d58bfe4f5e0f6a716
oai_identifier_str oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/24193
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continentalMonopólio naturalRegulação económica -- Economic regulationAssimetrias de informaçãoPublic utilitiesProgramação linear inteira -- Integer linear programmingNatural monopolyAsymmetric informationDesde a súbita nacionalização em 1976, o setor elétrico português tem sido progressivamente privatizado e liberalizado. Dando cumprimento a diretivas europeias, os últimos vinte e cinco anos foram prolíferos em alterações estruturais. O monopólio natural verticalmente integrado deu lugar à separação de atividades cuja exploração foi concedida a privados. A estrutura atual do setor encontra-se dividida entre segmentos concorrenciais e segmentos de monopólio natural explorados sob a supervisão de regulação setorial independente. A Lei n.º 31/2017 acarreta novas alterações que representam desafios acrescidos ao segmento da distribuição de eletricidade em baixa tensão, prenunciando um novo modelo de concessões. A partir de um problema de programação linear inteira, é proposto um modelo de concessões alternativo à proposta do regulador, com base no qual se pretende aferir se a introdução de concorrência é possível e desejável em segmentos tradicionalmente não concorrenciais. Questiona-se se o redimensionamento da atividade implícito num modelo de concessões múltiplas compromete a manutenção de economias de escala e se a promoção da concorrência pelo mercado pode atrair novos players com capacidade de competir em leilão pela concessão do serviço a preços competitivos. Porém, esse modelo adensa as dúvidas: estarão as empresas potencialmente entrantes no mercado tecnicamente preparadas? Como se relacionarão com os restantes intervenientes do setor? Nesse sentido, aprofundam-se as razões da intervenção do Estado nas public utilities com enfoque nas teorias do monopólio natural e na regulação económica, exploram-se as possíveis estruturas industriais do setor elétrico e reflete-se acerca dos futuros desafios que se lhe colocarão.Since its sudden nationalization in 1976, the portuguese electricity sector has been facing a progressively privatization and liberalization process. Due to EU directives, the last twenty-five years have been prolific in structural changes. The vertically integrated natural monopoly gave way to the split of activities whose exploration was then conceded to the private sector. Currently, the sector’s structure is divided between competing and natural monopoly segments, under the supervision of the regulatory authority. Law 31/2017 brings new challenges to the low-voltage distribution sector, anticipating the need for a new concessions model. Using an integer linear programming problem, the purpose of this work is to find an alternative design to the regulator’s model of concession, based upon whether competition is possible, or even desirable, in traditionally non-competitive sectors. It questions if the implied activity downsizing based on a multiple-concessions model will jeopardize the current economies of scale and if promoting increased competition for the market can attract powerful players to bid for the concessions, while still offering the service at a competitive price. However, that model raises more questions: will those new market participants be technically well prepared? How will they interact with the other players? Therefore, in the light of the natural monopoly theory and economic regulation, the reasons behind state intervention in public utilities will be thoroughly analysed, the possible options for the industrial framework of the electricity sector will be discussed and what might the challenges ahead bring with them will be questioned.2022-01-20T10:51:02Z2021-12-09T00:00:00Z2021-12-092021-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/24193TID:202840735porGaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequitoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:55:41Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/24193Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:28:25.421905Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
title Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
spellingShingle Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
Gaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequito
Monopólio natural
Regulação económica -- Economic regulation
Assimetrias de informação
Public utilities
Programação linear inteira -- Integer linear programming
Natural monopoly
Asymmetric information
title_short Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
title_full Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
title_fullStr Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
title_full_unstemmed Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
title_sort Regulação económica do setor elétrico: O caso da baixa tensão em Portugal continental
author Gaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequito
author_facet Gaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequito
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gaspar, Mário Nuno Mendes Alves Pequito
dc.subject.por.fl_str_mv Monopólio natural
Regulação económica -- Economic regulation
Assimetrias de informação
Public utilities
Programação linear inteira -- Integer linear programming
Natural monopoly
Asymmetric information
topic Monopólio natural
Regulação económica -- Economic regulation
Assimetrias de informação
Public utilities
Programação linear inteira -- Integer linear programming
Natural monopoly
Asymmetric information
description Desde a súbita nacionalização em 1976, o setor elétrico português tem sido progressivamente privatizado e liberalizado. Dando cumprimento a diretivas europeias, os últimos vinte e cinco anos foram prolíferos em alterações estruturais. O monopólio natural verticalmente integrado deu lugar à separação de atividades cuja exploração foi concedida a privados. A estrutura atual do setor encontra-se dividida entre segmentos concorrenciais e segmentos de monopólio natural explorados sob a supervisão de regulação setorial independente. A Lei n.º 31/2017 acarreta novas alterações que representam desafios acrescidos ao segmento da distribuição de eletricidade em baixa tensão, prenunciando um novo modelo de concessões. A partir de um problema de programação linear inteira, é proposto um modelo de concessões alternativo à proposta do regulador, com base no qual se pretende aferir se a introdução de concorrência é possível e desejável em segmentos tradicionalmente não concorrenciais. Questiona-se se o redimensionamento da atividade implícito num modelo de concessões múltiplas compromete a manutenção de economias de escala e se a promoção da concorrência pelo mercado pode atrair novos players com capacidade de competir em leilão pela concessão do serviço a preços competitivos. Porém, esse modelo adensa as dúvidas: estarão as empresas potencialmente entrantes no mercado tecnicamente preparadas? Como se relacionarão com os restantes intervenientes do setor? Nesse sentido, aprofundam-se as razões da intervenção do Estado nas public utilities com enfoque nas teorias do monopólio natural e na regulação económica, exploram-se as possíveis estruturas industriais do setor elétrico e reflete-se acerca dos futuros desafios que se lhe colocarão.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-12-09T00:00:00Z
2021-12-09
2021-09
2022-01-20T10:51:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10071/24193
TID:202840735
url http://hdl.handle.net/10071/24193
identifier_str_mv TID:202840735
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134846282366976